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  • Cachorro Baleado em Abordagem Policial: Polícia Investiga Circunstâncias e Possíveis Maus-Tratos em Maceió

    Um caso alarmante envolvendo um cachorro baleado está sendo investigado pela Polícia Civil de Alagoas, após o incidente ter ocorrido no bairro Chã de Bebedouro, em Maceió, nesta terça-feira (15). O que chama a atenção é o fato de que o animal foi encontrado com uma pata gravemente ferida e ensanguentada. Essa situação levantou sérias preocupações quando a tutora do cachorro, ao sair de casa, deparou-se com o sofrimento do seu pet.

    O delegado Robervaldo Davino, responsável pela investigação, informou que a corporação compareceu ao local do ocorrido após a divulgação de vídeos que documentam o momento imediatamente posterior ao incidente. “Estamos intimando a tutora para que ela possa relatar em detalhes o que aconteceu”, afirmou Davino, enfatizando a importância do depoimento no processo investigativo.

    Um aspecto crítico da investigação diz respeito à determinação se o disparo foi realizado intencionalmente ou se se tratou de um acidente. O delegado destacou ainda que a falta de câmeras de segurança na área pode dificultar a elucidação dos fatos. “Vamos apurar se os dois policiais presentes no local efetuaram disparos. Se isso se confirmar, eles poderão responder pelo crime de maus-tratos, que prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos, além de possíveis agravantes por disparo de arma de fogo em área pública”, esclareceu.

    Além do depoimento da tutora, o delegado mencionou que testemunhas que estavam próximas no momento dos fatos também serão convocadas para prestar esclarecimentos. Esse aspecto é fundamental para o fortalecimento das evidências que podem corroborar o que realmente ocorreu.

    O caso levanta não apenas questões sobre a segurança pública, mas também sobre a necessidade de proteção aos animais. A expectativa é que a investigação traga à tona todos os detalhes do ocorrido e que os responsáveis, se houver, sejam responsabilizados de acordo com a lei. A sociedade, por sua vez, aguarda para que episódios de violência como esse sejam severamente tratados e que a justiça para os animais seja sempre uma prioridade.

  • Policial civil é baleado por sargento da Rota em São Paulo; inquérito investiga se houve excesso em ação de legítima defesa putativa.

    Na última sexta-feira, 11 de julho, a violência se manifestou de forma alarmante no Campo Limpo, zona sul de São Paulo, quando o policial civil Rafael Moura da Silva foi atingido por disparos efetuados pelo sargento da Rota, Marcus Augusto Costa Mendes. O incidente ocorreu por volta das 17h48, e um vídeo gravado por um colega mostra Rafael caminhando perto da viela onde foi ferido, trajando camiseta e boné pretos, além de calça cinza.

    De acordo com o boletim de ocorrência oficial, Rafael, que faz parte da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), foi insuficientemente avisado da abordagem. Ele recebeu três tiros: um no braço e dois no abdômen, e atualmente encontra-se internado em estado gravíssimo no Hospital das Clínicas. Outro policial civil também foi ferido, mas informações sobre seu estado de saúde não foram divulgadas.

    Após o ocorrido, o delegado Antonio Giovanni Neto ordenou a abertura de um inquérito para investigar se os disparos foram resultado de uma reação desproporcional por parte do sargento da Rota. A análise inicial sugere que o caso poderia ser classificado como uma legítima defesa putativa, uma situação em que um indivíduo acredita, equivocadamente, estar sob ameaça. No entanto, a autoridade policial reconhece que a dinâmica do incidente é complexa e requer uma investigação mais aprofundada.

    O sargento Mendes alegou ter confundido os policiais com traficantes, desencadeando os disparos ao pensar que estava agindo em defesa. No entanto, testemunhas relatam que os policiais civis tentaram alertá-lo de sua verdadeira identidade antes dos tiros, mas foram ignorados.

    A delegada Raquel Gallinati, diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, criticou o sistema que permitiu que esse tipo de incidente ocorresse, afirmando que é um reflexo de “um sistema que opera no improviso” e ressoando a necessidade urgente de uma integração mais eficaz entre as diferentes forças policiais.

    Gallinati enfatizou que a falta de treinamento adequado dos policiais é um fator que contribui para tragédias como essa. “Que o policial que efetuou os disparos seja rigorosamente investigado e, se culpado, punido com severidade”, declarou, destacando que as lideranças devem assumir a responsabilidade institucional por suas ações.

    Este episódio doloroso não apenas expõe falhas nas operações diárias das forças de segurança, mas também aponta para uma crise estrutural na forma como a polícia atua em situações de emergência, evidenciando a necessidade de mudanças que garantam a segurança tanto dos cidadãos quanto dos próprios agentes de segurança pública.