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  • Comissão da Câmara Aprova Projeto que Permite Divulgação de Imagens de Presos com Condições para Respeitar Direitos Humanos e Integridade Moral

    A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados deu um passo significativo ao aprovar um projeto de lei que regulamenta a veiculação de imagens e informações de pessoas presas, estabelecendo um novo parâmetro legal nesse contexto. A proposta, que busca equilibrar o direito à informação com a proteção dos direitos fundamentais dos detidos, almeja garantir que a divulgação de dados em reportagens e programas de polícia seja realizada de maneira responsável, sem, no entanto, configurar a violação da integridade moral dos indivíduos.

    A matéria em questão é um substitutivo apresentado pelo relator, deputado Ossesio Silva, do Republicanos de Pernambuco, ao projeto original de autoria do deputado Alberto Fraga, do PL do Distrito Federal. A versão inicial da proposta previa uma divulgação sem restrições das imagens dos detidos, mas o relator optou por estabelecer limites, permitindo a divulgação somente quando não houver intenção maliciosa ou dolo. Em suas declarações, Silva enfatizou que “o direito à informação não deve ser um pretexto para prejudicar alguém”, refletindo uma preocupação com a ética na mídia.

    Além disso, o relator decidiu descartar outra proposta associada, apresentada pelo deputado Chico Alencar, do PSOL do Rio de Janeiro, que previa a necessidade de autorização judicial prévia para a veiculação de imagens e informações. Para Silva, essa exigência poderia saturar o sistema judiciário com solicitações consideradas desnecessárias, uma vez que essa proposta já havia enfrentado barreiras na Comissão de Segurança Pública anteriormente.

    O projeto segue agora para análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), onde será discutido em caráter conclusivo. Se passar nessa fase, a matéria será encaminhada ao Senado antes de eventualmente ser sancionada e transformada em lei. Em contrapartida, o Ministério Público Federal (MPF) se posicionou de maneira crítica em relação ao projeto, sugerindo a implementação de normas mais rígidas para a exposição de presos na mídia. O MPF propõe requisitos como a consulta prévia a um advogado, a ocultação de rostos e vozes, e a proibição da divulgação de dados pessoais, além de sugerir multas diárias de R$ 10 mil para emissoras que não respeitarem essas diretrizes. A discussão sobre o equilíbrio entre informação e direitos individuais continua em pauta, refletindo as tensões entre liberdade de imprensa e proteção à dignidade humana.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados Aprova Urgência para Projeto de Lei que Define Padrões em Benefícios Tributários e Busca Reduzir Desigualdades Regionais.

    Em uma decisão que promete acelerar o trâmite legislativo, a Câmara dos Deputados aprovou, em sessão na última terça-feira, o regime de urgência para o Projeto de Lei Complementar 41/19. Este projeto, que anteriormente tramitava no Senado, visa estabelecer critérios mínimos para a concessão e renovação de benefícios tributários. A proposta inclui a definição de metas de desempenho e um forte foco na redução das desigualdades regionais.

    O projeto altera a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei 101/00), que regula a administração das finanças públicas em diversas esferas governamentais. A nova legislação exige que as metas estabelecidas sejam não apenas objetivas, mas também quantificáveis em três dimensões fundamentais: econômica, social e ambiental. Além disso, haverá a necessidade de uma estimativa da quantidade de beneficiários e a adoção de mecanismos de monitoramento que garantam transparência nas ações do governo.

    A aprovação do regime de urgência possibilita que o projeto seja votado diretamente no plenário da Câmara, sem a necessidade de passar pelas comissões antes de sua deliberação. Essa tramitação acelerada é distinta das práticas regulares, onde os projetos costumam ser analisados em etapas com discussões mais prolongadas nas comissões pertinentes.

    Essa medida busca, segundo os defensores do projeto, garantir que os benefícios tributos alcancem efetivamente a população mais vulnerável e que as políticas sejam monitoradas com rigor. O objetivo é evitar distorções e assegurar que os recursos públicos sejam utilizados de maneira eficaz, resguardando a responsabilidade fiscal.

    A expectativa é que essa reforma não apenas agilize a implementação de políticas públicas, mas também promova um ambiente mais justo em relação à distribuição de recursos e oportunidades entre as diferentes regiões do país. A proposta agora avança para as próximas etapas legislativas, onde receberá maior atenção e debate entre os parlamentares.