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  • Cachorro Baleado em Abordagem Policial: Polícia Investiga Circunstâncias e Possíveis Maus-Tratos em Maceió

    Um caso alarmante envolvendo um cachorro baleado está sendo investigado pela Polícia Civil de Alagoas, após o incidente ter ocorrido no bairro Chã de Bebedouro, em Maceió, nesta terça-feira (15). O que chama a atenção é o fato de que o animal foi encontrado com uma pata gravemente ferida e ensanguentada. Essa situação levantou sérias preocupações quando a tutora do cachorro, ao sair de casa, deparou-se com o sofrimento do seu pet.

    O delegado Robervaldo Davino, responsável pela investigação, informou que a corporação compareceu ao local do ocorrido após a divulgação de vídeos que documentam o momento imediatamente posterior ao incidente. “Estamos intimando a tutora para que ela possa relatar em detalhes o que aconteceu”, afirmou Davino, enfatizando a importância do depoimento no processo investigativo.

    Um aspecto crítico da investigação diz respeito à determinação se o disparo foi realizado intencionalmente ou se se tratou de um acidente. O delegado destacou ainda que a falta de câmeras de segurança na área pode dificultar a elucidação dos fatos. “Vamos apurar se os dois policiais presentes no local efetuaram disparos. Se isso se confirmar, eles poderão responder pelo crime de maus-tratos, que prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos, além de possíveis agravantes por disparo de arma de fogo em área pública”, esclareceu.

    Além do depoimento da tutora, o delegado mencionou que testemunhas que estavam próximas no momento dos fatos também serão convocadas para prestar esclarecimentos. Esse aspecto é fundamental para o fortalecimento das evidências que podem corroborar o que realmente ocorreu.

    O caso levanta não apenas questões sobre a segurança pública, mas também sobre a necessidade de proteção aos animais. A expectativa é que a investigação traga à tona todos os detalhes do ocorrido e que os responsáveis, se houver, sejam responsabilizados de acordo com a lei. A sociedade, por sua vez, aguarda para que episódios de violência como esse sejam severamente tratados e que a justiça para os animais seja sempre uma prioridade.

  • SAÚDE – Cavalos morrem em série após consumo de ração contaminada da Nutratta; Ministério apura irregularidades e proíbe fabricação de produtos.

    Um preocupante episódio envolvendo a Nutratta Nutrição Animal resultou na morte de pelo menos 245 cavalos em diferentes estados do Brasil, incluindo Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas. As investigações iniciais indicam que a causa das mortes está relacionada ao consumo de rações contaminadas, levando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a realizar uma análise detalhada sobre a origem e a composição dos insumos utilizados pela empresa.

    Conforme apurado, todos os equinos que apresentaram problemas de saúde ou morreram haviam consumido produtos da Nutratta, enquanto aqueles que não ingeriram essas rações permaneceram saudáveis, mesmo compartilhando o mesmo espaço físico. Os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária identificaram a presença de alcalóides pirrolizidínicos, sendo a monocrotalina uma das substâncias tóxicas detectadas. Essa substância é conhecida por ocasionar danos severos à saúde dos animais, afetando principalmente o sistema nervoso e o fígado.

    O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, enfatizou em comunicado oficial que a legislação proíbe categoricamente a presença de substâncias tóxicas nas rações para animais, afirmando que, mesmo em doses mínimas, esses compostos podem ser extremamente prejudiciais. Em função dessa grave situação, o Mapa instaurou um processo administrativo fiscalizatório, que resultou em um auto de infração contra a empresa e na suspensão cautelar da fabricação e comercialização de rações para equídeos.

    Como resposta à gravidade da situação, essa suspensão foi subsequentemente ampliada para incluir rações destinadas a todas as espécies de animais. No entanto, em um desdobramento controverso, a Nutratta conseguiu autorização judicial para retomar parcialmente a produção de ração que não é destinada a equinos. O Mapa já contestou essa decisão judicial, apresentando novas evidências que corroboram a necessidade de manutenção das medidas preventivas em vigor, dada a gravidade do risco sanitário envolvido.

    Além disso, o ministério está monitorando a situação para assegurar o recolhimento das rações contaminadas, ressaltando a importância de garantir a saúde animal e a segurança do sistema agropecuário brasileiro. A Nutratta Nutrição Animal também foi contatada para apresentar suas considerações sobre os eventos em questão.

  • POLÍTICA – Câmara dos Deputados aprova projeto que proíbe testes em animais em produtos de higiene e cosméticos, aguardando sanção presidencial.

    Na última quarta-feira, a Câmara dos Deputados deu um passo significativo em direção à proteção dos direitos dos animais ao aprovar um projeto de lei que proíbe o uso de vertebrados vivos em testes de ingredientes e produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Com a aprovação, o texto agora aguarda a sanção presidencial, o que pode torná-lo uma lei definitiva.

    A nova legislação altera a Lei 11.794/08, que regulamenta o uso científico de animais, trazendo uma mudança de paradigma ao afirmar que, após sua publicação, dados obtidos de experimentos com animais não poderão mais ser utilizados para a autorização de comercialização desses produtos e seus ingredientes. Essa medida visa promover práticas mais éticas e responsáveis no desenvolvimento de cosméticos, tornando obsoletos métodos que eram considerados tradicionais.

    Entretanto, a proposta apresenta uma exceção: os dados provenientes de testes realizados para atender a regulamentações não ligadas à estética ou à higiene poderão ser utilizados. Contudo, as empresas interessadas deverão apresentar provas documentais que justifiquem essa exceção, evitando qualquer uso indevido desta medida.

    Importante ressaltar que, mesmo que uma empresa obtenha autorização para utilizar dados antigos de testes em animais, ela estará proibida de apresentar-se como “não testada em animais” ou usar expressões similares no rótulo de seus produtos. Essa clausula visa evitar confusão e garantir que os consumidores tenham acesso à informação clara e precisa sobre a origem dos testes.

    O deputado Ruy Carneiro, relator do projeto, destaca que a continuidade da experimentação animal não é apenas uma questão ética, mas um retrocesso no campo da ciência. Segundo ele, métodos alternativos, como modelos computacionais e culturas celulares, têm se mostrado efetivos, sustentando que essa evolução representa um avanço na pesquisa e no desenvolvimento de produtos mais seguros e éticos.

    Vale destacar que os produtos e ingredientes cujos testes foram realizados antes da entrada em vigor da nova legislação poderão continuar a ser vendidos, garantindo uma transição justa para os fabricantes.

    Essa nova legislação representa um relevante marco na luta pela proteção animal e impulsiona uma discussão mais ampla sobre a ética na ciência e no consumo.

  • SAÚDE – Raiva em Morcegos no DF: Saúde Alerta para Risco e Intensifica Vigilância Sanitária

    A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF) confirmou recentemente a ocorrência de dois casos de raiva em morcegos, alertando a população sobre os riscos associados ao vírus. Em um comunicado oficial, a pasta informou que, no dia 5 deste mês, um laudo laboratorial atestou a presença do vírus em um morcego da espécie Artibeus lituratus, conhecido popularmente como morcego-da-cara-branca, que foi encontrado na região administrativa de Sobradinho. Três dias antes, outro laudo indicou resultado positivo em um espécime da mesma espécie recolhido em Planaltina.

    Os morcegos em questão tiveram contato apenas com cães e não houve registro de exposição humana, segundo a secretaria. Contudo, a detecção do vírus na população de morcegos do DF representa um importante alerta de saúde pública, dado o caráter altamente fatal da raiva, que possui uma taxa de letalidade de aproximadamente 100%. A Secretaria de Saúde enfatizou a necessidade de intensificar as ações de prevenção, vigilância e controle da doença.

    Em resposta ao cenário epidemiológico, a vigilância sanitária planeja a instalação de armadilhas para a captura de morcegos, a fim de realizar estudos adicionais sobre a situação. A população é orientada a relatar imediatamente qualquer contato com morcegos ou avistamentos de animais em áreas comuns ou residenciais.

    As recomendações da Secretaria incluem acionar a equipe de zoonoses através dos números disponibilizados, evitar o contato direto com animais silvestres e assegurar a vacinação anual de cães e gatos. Além disso, os agripecuaristas devem manter a imunização de seus rebanhos sob supervisão da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

    Em caso de acidentes com morcegos ou animais desconhecidos, é vital higienizar a ferida com água e sabão e procurar uma unidade de saúde para avaliação da necessidade de profilaxia vacinal. Informações adicionais sobre a raiva e orientações para vacinação e manejo de animais podem ser obtidas por meio dos canais de comunicação da secretaria.

    A raiva, ressaltou a secretaria, é uma doença viral que causa encefalite progressiva e é potencialmente fatal em mamíferos, incluindo humanos. O vírus se transmite principalmente por mordidas, arranhaduras ou lambeduras de animais contaminados, sendo vital a realização de esquemas de profilaxia vacinal para o controle da doença em seres humanos.