Tag: América do Sul

  • ESPORTE – Equador e Uruguai empatas em 2 a 2 na emocionante abertura da Copa América de Futebol Feminino 2025 em Quito. Ambas as equipes somam um ponto.

    Na noite dessa sexta-feira (11), o Estádio Banco Guayaquil, em Quito, foi palco de uma partida eletrizante que marcou a abertura da Copa América de Futebol Feminino de 2025. O Equador e o Uruguai protagonizaram um intenso duelo que terminou empatado em 2 a 2, deixando ambas as equipes com um ponto e dividindo a liderança do Grupo A.

    O jogo começou com uma surpresa: mesmo jogando fora de casa, o Uruguai se destacou e abriu o placar logo aos 11 minutos do primeiro tempo. A atacante Belén Aquino, do Internacional, demonstrou seu talento ao desferir um potente chute de fora da área que encontrou as redes no canto superior direito do gol defendido pela goleira Morán.

    Após o gol uruguaio, o Equador quase igualou o marcador aos 20 minutos, quando a volante Cedeño cobrou uma falta com precisão impecável. A bola dançou pelo ar e explodiu no travessão, refletindo a pressão que as donas da casa estavam exercitando sobre suas adversárias.

    O segundo tempo começou com o Uruguai ampliando a vantagem. Às 7 minutos, a centroavante Pamela González mostrou frieza ao converter um pênalti, tornando o cenário ainda mais difícil para o Equador. Porém, as equatorianas não se deixaram abater. Aos 26 minutos, uma cobrança de falta de Cedeño resultou em um gol contra da zagueira Yannel Correa, reduzindo a desvantagem para 2 a 1 e reacendendo a esperança no Estádio.

    Seis minutos depois, a celebração equatoriana foi completa. Emily Arias, que havia entrado no segundo tempo, aproveitou uma bola cruzada na área e, com um chute certeiro, deixou tudo igual no placar. O empate foi um alívio e um prêmio para a equipe da casa, que lutou bravamente durante os 90 minutos de jogo.

    Esse resultado não apenas deu um gostinho especial à estreia do torneio, mas também demonstrou a força da competitividade entre as seleções. Agora, tanto Equador quanto Uruguai se preparam para os próximos desafios, conscientes de que a caminhada na Copa América está apenas começando.

  • ESPORTE – Copa América de Futebol Feminino: Brasil inicia sua jornada contra a Venezuela enquanto árbitra brasileira marca presença na abertura do torneio em Quito.

    A expectativa é alta para o início da Copa América de Futebol Feminino, que terá seu apito inicial às 21h (horário de Brasília) desta sexta-feira, 11 de julho. O duelo de abertura será entre Equador e Uruguai, realizado no Estádio Banco Guayaquil, em Quito. De forma inusitada, mesmo sem a participação direta da seleção brasileira neste primeiro jogo, o país fará presença significativa na competição através da arbitragem. A juíza Daiane Muniz, acompanhada de suas assistentes Leila Moreira e Maíra Mastella, será a responsável por comandar a partida.

    A seleção brasileira, uma das favoritas ao título, dará início à sua trajetória na Copa América no próximo domingo, 13 de julho, enfrentando a Venezuela às 21h no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda. Os torcedores poderão acompanhar todos os jogos do Brasil por meio da transmissão da TV Brasil, garantindo que a torcida esteja conectada a cada lance.

    A Copa América é um torneio que reúne as 10 seleções afiliadas à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), organizadas em duas chaves com cinco equipes cada. O Brasil se encontra no Grupo B, onde enfrentará também a Bolívia (16 de julho, 18h), o Paraguai (21 de julho, 21h) e a Colômbia (25 de julho, 21h). As seleções no Grupo A incluem Argentina, Chile, Peru, Uruguai e Equador.

    O formato do torneio prevê que os dois primeiros colocados de cada grupo avancem para as semifinais, que ocorrerão nos dias 28 e 29 de julho. A grande final está marcada para o dia 2 de agosto, coroando a equipe que se destacar ao longo da competição. A Copa América Feminina é uma oportunidade valiosa para fortalecer o futebol feminino na região e proporcionar mais visibilidade a essas atletas que, a cada ano, conquistam o espaço que merecem no cenário esportivo. Com grandes expectativas e promessas de jogos emocionantes, a competição se apresenta como um marco importante para o esporte na América do Sul.

  • NDB: Dilma Rousseff destaca expansão do Banco do BRICS e respeito à soberania dos países na 10ª Reunião Anual, no Rio de Janeiro.

    O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), comumente referenciado como Banco do BRICS, se consolida como uma figura proeminente no cenário financeiro internacional, especialmente entre nações do Sul Global. A instituição, que foi criada por nações em desenvolvimento para servir às suas próprias necessidades, prioriza a igualdade de seus membros e busca promover um ambiente de cooperação financeira. Recentemente, a presidente do NBD, Dilma Rousseff, destacou esses aspectos em uma coletiva de imprensa realizada durante a 10ª Reunião Anual do banco, que teve lugar no Rio de Janeiro.

    Dilma Rousseff enfatizou que o NBD está atualmente focado em duas principais prioridades: a expansão do número de seus membros, incorporando nações estratégicas, e a ampliação dos financiamentos com recursos em moedas locais. Ela anunciou a adesão recente de dois novos países ao banco: Uzbequistão e Colômbia. Rousseff fez questão de ressaltar que a adesão ao banco, assim como a concessão de empréstimos, é feita sem exigências de condicionalidade. Essa abordagem respeitosa à soberania dos países membros é um dos pilares fundamentais da governança do NBD.

    Em suas palavras, Dilma ilustrou a postura do banco, afirmando que não seria correto impor condições sobre investimentos em infraestrutura, como a privatização de empresas estatais, para viabilizar suporte financeiro. Esse compromisso em respeitar as decisões soberanas de cada país membro é fundamental para a credibilidade e sustentação do NBD.

    Outro ponto abordado pela presidente foi a importância do financiamento em moedas locais. Embora Dilma não tenha afirmado categoricamente que um processo de desdolarização esteja em andamento, observou-se que o dólar perdeu parte de sua antiga reputação como um “porto seguro” em tempos de crise. De acordo com Dilma, a dinâmica atual é distinta, já que não houve uma corrida para o dólar em momentos de turbulência econômica, ao contrário do que ocorreu em crises anteriores, como a de 2008.

    Com essas declarações, Dilma Rousseff reafirmou o papel do NBD como uma alternativa viável e respeitosa às práticas tradicionais de instituições financeiras internacionais, colocando as necessidades dos países do Sul Global em primeiro plano.

  • Dilma Rousseff: “NBD é um banco do Sul Global, focado em soberania e financiamento em moedas locais”

    Novo Banco de Desenvolvimento: Um Marco para o Sul Global

    No último sábado, durante a 10ª Reunião Anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco do BRICS, Dilma Rousseff, atual presidenta da instituição, reafirmou o compromisso do NBD com os países do Sul Global. Com sede no Rio de Janeiro, Rousseff enfatizou que “somos um banco feito pelo Sul Global, para o Sul Global”, destacando a essência e a missão do NBD em atender as necessidades específicas desses países, sem impor condicionantes que possam comprometer sua soberania.

    Dilma Rousseff anunciou a entrada de dois novos membros na instituição: o Uzbequistão e a Colômbia. Segundo a líder do banco, a adesão e os empréstimos são realizados com absoluto respeito à autonomia dos estados, o que é um pilar fundamental da governança do NBD. “Não podemos exigir mudanças estruturais em nossos parceiros apenas para conceder financiamentos”, afirmou Rousseff, ressaltando que o banco se diferencia de outras instituições financeiras internacionais por garantir uma abordagem mais equitativa e colaborativa.

    Além da expansão da adesão de novos membros, a presidenta destacou outra prioridade: o financiamento em moedas locais. Embora não se possa afirmar que a desdolarização tenha acontecido de forma efetiva, Dilma observou que a busca pelo dólar como um “porto seguro” não se manifestou na atual crise, diferentemente do que ocorreu em crises anteriores, como a de 2008.

    “Neste episódio, as pessoas não correram para o dólar”, observou Dilma, sinalizando uma possível mudança nas dinâmicas financeiras globais. Essa tendência de diversificação na utilização de moedas locais representa uma nova abordagem em um cenário econômico global em transformação, onde a volatilidade da moeda americana pode não ser mais vista como uma proteção garantida.

    A reunião do NBD não apenas evidenciou a determinação do banco em se fortalecer como uma alternativa viável para os países em desenvolvimento, mas também sinalizou que uma nova era de cooperação financeira está se formando, centrada na autonomia, igualdade e mutualidade entre os membros do Sul Global.

  • Em Debate no Mercosul, Lula Reforça Proteção do Bloco e Contrapõe Críticas de Milei sobre Burocracia e Efeitos no Comércio Regional

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou, em uma declaração feita nesta quinta-feira, 3, a importância do Mercosul para a proteção das economias dos países que fazem parte do bloco. Sua fala emerge em meio a um discurso oposto do presidente argentino, Javier Milei, que argumenta que a união de esforços dos membros do Mercosul tem prejudicado a população em geral, beneficiando apenas alguns setores específicos.

    Lula enfatizou que a integração no Mercosul proporciona segurança econômica, ressaltando que a tarifa externa comum serve como uma proteção contra guerras comerciais que não envolvem os países do continente. Ele afirmou que essa robustez institucional credencia os membros do bloco como parceiros confiáveis no cenário internacional. “Estar no Mercosul nos protege”, afirmou, destacando a importância de ter regras claras e equilibradas para o livre comércio na América do Sul.

    Por outro lado, Milei criticou a burocracia presente no bloco, referindo-se à convivência dos países membros como uma “cortina de ferro”. O presidente argentino acredita que, apesar das intenções nobres que deram origem ao Mercosul, a prática comercial conjunta se afastou de seus objetivos iniciais, resultando em exclusão e na oferta de produtos e serviços de qualidade inferior à população.

    Durante uma cúpula realizada em Buenos Aires, Lula assumiu o comando do Mercosul por um período de seis meses. Neste encontro, ficou evidente a divisão entre os países sobre a possibilidade de formar acordos comerciais fora dos limites do bloco. O Mercosul, que é composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, já possui diversas parcerias comerciais e políticas ao redor do mundo.

    Lula também mencionou a intenção de expandir as negociações com diversos países, entre eles Canadá, Emirados Árabes, Panamá e República Dominicana, além de atualizar acordos vigentes com Colômbia e Equador. Em um cenário de crescente tensão comercial entre Estados Unidos e China, ele sugeriu uma orientação do bloco em direção aos países asiáticos, propondo que o Mercosul se aprofunde nas relações com economias dinâmicas como Japão, China e Índia.

    Além das pautas comerciais, Lula refletiu sobre a Conferência do Clima da ONU (COP 30), que ocorrerá em Belém, sugerindo que a América do Sul pode se posicionar como um centro de soluções para a crise climática, dada sua matriz energética relativamente limpa. O presidente brasileiro reiterou a necessidade de ações conjuntas entre os países membros para atrair investimentos em tecnologia e combater o crime organizado, apontando assim uma visão abrangente e integrada para o futuro do Mercosul.

  • Brasil Reforça Integração do Mercosul em Meio a Críticas de Javier Milei e Desafios Globais

    Brasil Reposiciona Mercosul em Meio a Tensões e Divergências

    Recentemente, o Brasil assumiu a presidência temporária do Mercosul, uma transição que ocorre em um cenário internacional repleto de desafios e tensões. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio dessa posição, reafirma seu compromisso com a integração regional como uma estratégia vital para enfrentar essas adversidades. Em suas declarações, Lula destacou que “estar no Mercosul nos protege” e qualificou a Tarifa Externa Comum como uma “blindagem” contra as guerras comerciais, um discurso que contrasta claramente com as críticas do novo presidente argentino, Javier Milei, que tem atacado enfaticamente o bloco, chamando-o de uma “cortina de ferro”.

    De acordo com analistas, essa postura de Lula reflete uma confiança nas soluções multilaterais, mesmo diante das divergências internas que permeiam o bloco. Beatriz Bandeira, do Observatório Político Sul-Americano, ressalta que o governo brasileiro crê que mecanismos multilaterais são a principal salvaguarda contra as oscilações do comércio internacional. Contudo, essa perspectiva não é necessariamente compartilhada por todos os membros do Mercosul, especialmente com a Argentina, que busca acordos mais flexíveis, inclusive com os Estados Unidos.

    A diplomacia brasileira também tem se voltado para novas parcerias, ampliando relações com países asiáticos como Japão, China e Índia. Essa estratégia visa não apenas diversificar as opções comerciais, mas também responder às chamadas por maior liberalização dentro do bloco, sem descartar sua lógica de união aduaneira. Bandeira observa que essa busca por diversificação deve-se em grande parte às instabilidades provocadas pelas guerras comerciais globais.

    Além da perspectiva econômica, o governo brasileiro está advogando por uma pauta mais ampla, que inclui agendas socioambientais. A ideia é modernizar o Mercosul para incluir questões sustentáveis, preparando o caminho para investimentos que visem o desenvolvimento sustentável na região e para a adaptação às mudanças climáticas. Uma das inovações esperadas é o relançamento do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul, que visa oferecer suporte à integração econômica e social.

    Em seu discurso, Lula não deixou de enfatizar a importância do Mercosul, especialmente em tempos de incerteza. Ao se referir ao bloco, afirmou que a presença no Mercosul representa uma forma de blindagem contra as turbulências externas, se comprometendo ainda a acelerar as negociações para a conclusão do acordo com a União Europeia. Um cenário de cooperação fortalecido entre os países sul-americanos é visto como essencial para enfrentar os desafios futuros, mostrando que, apesar das difíceis dinâmicas políticas, a união regional continua a ser uma prioridade para a administração brasileira.

  • INTERNACIONAL – Lula Visita Cristina Kirchner em Prisão Domiciliar e Manifesta Solidariedade em Meio a Controvérsia Política na Argentina

    Na última quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a ex-presidente argentina Cristina Kirchner, atualmente sob prisão domiciliar em Buenos Aires, em decorrência de uma condenação por corrupção. A ex-mandatária sempre se defendeu, alegando ser alvo de uma forte perseguição política. Em uma mensagem divulgada em suas redes sociais, Lula relatou que Cristina se encontra bem e demonstrou determinação em levar adiante sua luta política, mesmo diante das dificuldades.

    Durante a visita, Lula expressou sua solidariedade a Kirchner, reconhecendo a importância do apoio popular que ela tem recebido, especialmente em momentos desafiadores. No discurso, o presidente brasileiro enfatizou que sua amizade com a ex-presidente transcende questões institucionais, e que ambos compartilham ideais voltados para a justiça social e o combate às desigualdades.

    Lula viajou à Argentina para participar da Cúpula do Mercosul, cujo presidente atual, Javier Milei, é um opositor de Kirchner. Durante a cúpula, o Brasil assumiu a presidência do bloco sul-americano para o segundo semestre deste ano, o que marca uma fase de nova liderança regional em um ambiente político conturbado.

    Cristina Kirchner, de 72 anos, já ocupou a presidência da Argentina por dois mandatos, de 2007 a 2015, e foi vice-presidente de 2019 a 2023. A Suprema Corte da Argentina confirmou, em junho passado, a condenação de Kirchner a seis anos de prisão por corrupção. Este caso, que ficou conhecido como “Caso Vialidad”, envolveu acusações de favorecimento ao empresário Lázaro Báez em contratos públicos de obras na Patagônia. Além da pena privativa de liberdade, a decisão judicial impediu que a ex-presidente exercesse cargos públicos a vida toda.

    Cristina tentou manter sua relevância política ao anunciar planos de concorrer a uma vaga no Congresso nas eleições legislativas marcadas para setembro, visando um distrito importante na província de Buenos Aires, bastião do peronismo.

    A visita de Lula à Cristina Kirchner não apenas demonstra laços pessoais e políticos, mas também revela as complexidades das relações políticas na América Latina, onde questões de condenações judiciais e alegações de perseguição política permeiam a vida de diversos líderes regionais. A história recente de ambos os políticos reflete um contexto de disputas ideológicas que seguem moldando o cenário político no hemisfério sul.