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  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara aprova proibição de promoção automática de alunos no ensino fundamental e médio, gerando polêmica sobre a qualidade da educação no Brasil.

    A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados avançou na aprovação de um projeto de lei que visa restringir a promoção automática de alunos nos ensinos fundamental e médio. Essa medida proíbe as escolas de promoverem estudantes que não atingirem as notas mínimas necessárias para a passagem de ano, exceto em situações que envolvam problemas de saúde dos alunos.

    Caso a proposta se transforme em lei, estará em vigor a proibição do chamado regime de progressão continuada, que organizava a educação básica em ciclos mais longos do que um ano. O novo texto, que é um substitutivo de relatoria do deputado Nikolas Ferreira, altera pontos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para reforçar a eficácia da proibição da promoção automática.

    A deliberação gerou intenso debate na Comissão de Educação, resultando em uma votação dividida, com 17 votos a favor e 17 contrários. O voto de qualidade do relator foi decisivo para a aprovação. Ferreira argumentou que a promoção automática pode estar contribuindo para a deterioração da qualidade do ensino. Ele destacou que esse modelo permite que os alunos avancem sem total compreensão dos conteúdos, criando lacunas no aprendizado que se acumulam ao longo dos anos. Além disso, relatos de professores evidenciam que muitos se sentem desmotivados ao observar alunos que progridem sem ter alcançado as metas mínimas de aprendizado.

    Os críticos da proposta, por outro lado, enxergam na proibição do ensino por ciclos um retrocesso. Eles argumentam que o modelo tradicional de séries acentua desigualdades, ao punir com a repetência alunos que não conseguem acompanhar o ritmo esperado, ignorando as causas estruturais que levam a essa defasagem.

    Agora, o projeto seguirá para uma nova análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em um rito de tramitação que pode dispensar a deliberação do Plenário, dependendo das decisões nas comissões. Para que a proposta se torne lei, ainda precisa ser aprovada na Câmara e, posteriormente, no Senado.

    A discussão sobre a eficácia dos métodos de ensino e suas implicações na qualidade da educação continua relevante no debate educacional brasileiro.

  • EDUCAÇÃO – Inscrições para Fies 2023: Estudantes podem se cadastrar até 18 de julho para financiamento de até 100% em instituições privadas de ensino superior.

    As inscrições para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre de 2023 têm início nesta segunda-feira, 14 de julho, e se estendem até as 23h59 do dia 18 de julho no horário de Brasília. Os interessados devem realizar a inscrição exclusivamente através do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, uma plataforma do Ministério da Educação (MEC), onde o processo pode ser acompanhado.

    Conforme estipulado em edital divulgado pelo MEC no dia 9 de julho, as inscrições são isentas de taxas. O Fies, que visa ampliar a inclusão educacional, financia a graduação em instituições de ensino superior privadas que possuem avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Para o ano de 2023, o governo oferece um total de 112.168 vagas para o programa, sendo 67.301 disponibilizadas no primeiro semestre e 44.867 na segunda metade do ano.

    Para se qualificar ao financiamento, os candidatos precisam atender a uma série de requisitos, entre eles, ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, ter uma média das provas igual ou superior a 450 pontos e não ter zerado a redação. Além disso, a renda bruta familiar mensal deve ser de até três salários mínimos, ou seja, R$ 4.554 em 2025.

    Uma novidade é a introdução do Fies Social, que destina 50% das vagas a candidatos com inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal. Essa modalidade permite o financiamento integral das mensalidades e prioriza candidatos em situação de vulnerabilidade social, incluindo cotas para grupos específicos, como pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.

    A seleção será realizada com base nas notas do Enem, priorizando candidatos que ainda não concluíram o ensino superior ou que não receberam financiamento anteriormente. É importante destacar que não será permitido um novo financiamento para aqueles que não quitaram dívidas anteriores.

    O Fies opera com uma chamada única e também com uma lista de espera, cuja pré-seleção será divulgada no dia 29 de julho. Os selecionados deverão validar suas informações entre os dias 30 de julho e 1º de agosto. Aqueles que não forem pré-selecionados serão automaticamente incluídos na lista de espera, com um segundo trecho de classificações que ocorrerá de 5 de agosto a 19 de setembro.

    O MEC enfatiza a importância de que todos os inscritos estejam atentos aos prazos e às diretrizes estabelecidas no edital, a fim de não perder a chance de garantir uma vaga nesta edição do Fies.