Tag: Alimentação

  • Salário mínimo será reajustado para R$ 1.630 em 2026, o maior valor real em 50 anos, segundo anunciamento da ministra Simone Tebet.

    Na última terça-feira, 8 de agosto, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, fez um anúncio de grande impacto durante uma audiência pública na Comissão Mista de Orçamento. Após anos de estagnação, o salário mínimo brasileiro passará de R$ 1.518 para R$ 1.630 a partir de 2026. Este é um reajuste que promete ser o maior ganho real em meio século, levantando expectativas de mudança e evolução nas condições de vida da população.

    Simone enfatizou que a elevação do salário mínimo não se trata apenas de um incremento nominal, mas sim de uma recuperação do poder de compra, algo fundamental para resgatar a dignidade dos trabalhadores. Com um aumento de aproximadamente 7,38%, essa correção visa fortalecer o mercado interno e possibilitar que os brasileiros tenham mais acesso a bens essenciais. “Esse aumento significa mais comida na mesa, mais dignidade no fim do mês e mais justiça para quem sempre foi deixado para trás”, destacou o deputado Cauê Castro durante a audiência.

    Essa política de valorização do salário mínimo representa não apenas uma promessa, mas uma ação concreta do governo, que prioriza o bem-estar social em vez de optar por medidas austeras que poderiam castigar ainda mais os cidadãos. A Ministra desafiou os críticos, especialmente aqueles que promovem soluções de arrocho, afirmando que este governo opta pela valorização do povo, mostrando-se comprometido com a classe trabalhadora.

    O marco do reajuste reflete a retórica do presidente Lula sobre a necessidade de retomar as políticas que garantem a dignidade dos trabalhadores brasileiros. Em tempos em que o salário mínimo não conseguia cobrir as necessidades básicas, o novo patamar representa uma mudança significativa, simbolizando esperança e uma nova era de oportunidades. “Quando o governo é sério, quando governa com o povo e para o povo, as mudanças acontecem”, finalizou Cauê Castro, ressaltando que essa proposta poderá gerar descontentamento entre as elites e políticos tradicionais, mas é um passo necessário para criar um Brasil mais justo e igualitário.

  • ECONOMIA – Cesta básica apresenta quedas em 11 capitais, mas São Paulo continua com o maior custo do país; variações entre produtos chamam atenção na pesquisa do Dieese.

    A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, revelou um cenário misto em relação ao custo da cesta básica em diversas capitais brasileiras. O estudo, que percorreu os meses de maio e junho, apontou que em 11 localidades os preços diminuíram, enquanto em seis capitais foi registrada alta.

    As principais reduções foram observadas em Aracaju, com uma queda de 3,84%, seguida de Belém e Goiânia, que tiveram uma diminuição de 2,39% e 1,90%, respectivamente. Outras capitais que também apresentaram queda significativa foram São Paulo (-1,49%) e Natal (-1,25%). Apesar da diminuição, São Paulo ainda lidera como a capital com a cesta básica mais cara, avaliada em R$ 831,37. Florianópolis e Rio de Janeiro vêm logo em seguida, com valores de R$ 867,83 e R$ 843,27.

    Por outro lado, as capitais com os custos mais baixos têm uma composição de produtos diferente. Aracaju, por exemplo, apresenta uma cesta que custa R$ 557,28, enquanto Salvador e João Pessoa têm preços de R$ 623,85 e R$ 636,16, respectivamente.

    Ao se analisar a variação anual entre junho do ano passado e junho deste ano, a maioria das capitais viu um aumento no preço da cesta. Salvador e Recife, por exemplo, tiveram altas de 1,73% e 9,39%. Contudo, Aracaju foi a exceção, apresentando uma leve redução de 0,83%. No acumulado do ano, entre dezembro de 2024 e junho de 2025, todas as cidades pesquisadas registraram alta, variando de 0,58% em Aracaju a 9,10% em Fortaleza.

    Dentre os produtos analisados, a batata apresentou forte queda de preços em capitais do centro-sul, com diminuições significativas de 12,62% em Belo Horizonte e 0,51% em Porto Alegre. Já o açúcar teve um comportamento misto: caiu em 12 cidades, mas teve alta em quatro, sendo Campo Grande a que registrou a maior alta, de 1,75%. Ao mesmo tempo, o preço do leite integral caiu em 11 capitais, com aumentos em cinco cidades, destacando Recife com uma alta expressiva de 8,93%.

    Outro produto que se destacou nas variações de preço foi o tomate, que aumentou em dez capitais, com uma elevação notável de 16,90% em Porto Alegre. Contudo, em outras sete capitais, os preços caíram, especialmente em Aracaju, onde a redução foi de 21,43%. Nos últimos 12 meses, o tomate teve uma queda expressiva em 16 capitais, com Aracaju novamente liderando as reduções, com -25,29%.

    Esta pesquisa evidencia a complexidade do mercado de alimentos e as disparidades regionais significativas, refletindo como a inflação e as condições econômicas impactam a cesta básica no Brasil.

  • SAÚDE – Anvisa determina recolhimento de polpas, champignon e molho de alho por testes insatisfatórios e proíbe azeite sem origem definida.

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu diretrizes importantes para a saúde pública ao determinar o recolhimento de lotes de polpa de frutas, champignon em conserva e molho de alho de diferentes marcas. Essa medida foi motivada por resultados insatisfatórios encontrados em análises realizadas por laboratórios públicos, evidenciando a necessidade de um rigoroso controle de qualidade nos produtos alimentícios disponíveis no mercado.

    Entre os produtos afetados, destaca-se a polpa de fruta de morango da marca De Marchi. O lote 09437-181, que tem validade até 1º de novembro de 2026, foi alvo de recolhimento após a detecção de materiais estranhos, conforme laudo do Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC). A presença de substâncias indesejadas em alimentos é uma preocupação constante, e a decisão da Anvisa exemplifica seu compromisso com a saúde do consumidor.

    Outro produto que teve loco recolhido é o champignon inteiro em conserva da marca Imperador, fabricado pela Indústria e Comércio Nobre. O lote 241023CHI, com validade até outubro de 2026, foi identificado com níveis de dióxido de enxofre acima do permitido, também em laudo do Lacen-DF. O dióxido de enxofre, frequentemente utilizado como conservante, pode ser prejudicial à saúde em quantidades excessivas.

    O molho de alho da marca Qualitá, fabricado pela Sakura Nakaya Alimentos, também foi envolvido na medida, devido a resultados insatisfatórios no mesmo critério de estudo. O lote 29, com validade até 1º de janeiro de 2026, apresenta quantidades acima do aceitável de dióxido de enxofre, reiterando a seriedade da situação.

    Em uma ação ainda mais drástica, a Anvisa determinou a apreensão total e a proibição da comercialização do azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos. Esse produto foi condenado por apresentar origem desconhecida e por não atender aos padrões estabelecidos de rotulagem e análises físico-químicas, conforme apurado em laudo da agência.

    A Intralogística Distribuidora Concept, responsável pela comercialização do azeite em questão, foi notificada de que seu Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) encontra-se suspenso devido a inconsistências nos registros da Receita Federal.

    A Anvisa continua monitorando a situação e está atenta à qualidade dos produtos que chegam às prateleiras. A reportagem está em contato com as marcas mencionadas para coletar declarações que possam esclarecer a posição delas em relação às medidas adotadas.

  • Alimentação Influencia Sonhos: Estudo Revela Ligação entre Dieta e Pesadelos em Quase 2 Mil Estudantes de Psicologia da Universidade de Montreal

    A relação entre alimentação e qualidade do sono foi recentemente explorada em um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá, revelando que certos alimentos podem influenciar significativamente a natureza dos sonhos e até mesmo causar pesadelos. Os resultados, publicados na revista “Frontiers in Psychology”, indicam que a ingestão de laticínios e doces está associada a uma maior ocorrência de sonhos perturbadores.

    Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores entrevistaram quase dois mil estudantes de psicologia, que forneceram informações detalhadas sobre seus hábitos alimentares, horários das refeições, qualidade do sono e a frequência e tipos de sonhos que experimentavam. Este extenso questionário online permitiu uma análise abrangente das interações entre o que se come e como isso impacta os ciclos de sono.

    Entre as descobertas, uma conexão notável foi identificada entre alergias alimentares, intolerância à lactose e a intensidade dos pesadelos. Especialmente, indivíduos que enfrentam problemas gastrointestinais severos relataram uma qualidade de sono reduzida, correlacionando esses incômodos físicos a experiências oníricas negativas.

    Os dados sugerem que não apenas a dieta, mas também a forma como o corpo reage a certos alimentos pode ter um efeito profundo sobre a saúde mental e o bem-estar emocional dos indivíduos. Isso inclui a qualidade do sono, que é crucial para o funcionamento diário e para o estado psicológico geral.

    Essas descobertas trazem à tona a importância de uma alimentação equilibrada e consciente, não apenas para o bem-estar físico, mas também para a saúde mental. Compreender como diferentes alimentos afetam nossos sonhos pode ser um passo vital para melhorar a qualidade do sono e, consequentemente, a qualidade de vida. A pesquisa propõe um olhar mais atento às escolhas alimentares, convidando tanto indivíduos quanto profissionais de saúde a considerar a dieta como um fator relevante na redução de distúrbios do sono e na promoção de um descanso mais reparador.