Tag: Agricultura

  • ECONOMIA – Setor Agropecuário Emite Alerta: Taxação dos EUA Pode Gerar Perdas Milionárias e Crise no Comércio Brasileiro a Partir de Agosto

    Na última terça-feira, 15 de agosto, representantes do setor agropecuário brasileiro se reuniram em Brasília com membros do governo federal, incluindo os ministros Geraldo Alckmin, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária. O foco do encontro foi a recente decisão dos Estados Unidos de impor uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida que ameaça a competitividade e viabilidade das exportações de diversas commodities nacionais.

    Durante a reunião, os produtores expressaram seu apoio e confiança nas ações do governo para reverter a medida punitiva, porém alertaram sobre as graves consequências que a imposição dessa taxa poderá causar. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Perosa, a nova taxa tornaria a exportação de carne bovina para o mercado norte-americano praticamente inviável, resultando em prejuízos significativos para a indústria. Ele destacou que muitos frigoríficos já suspenderam a produção, embora cerca de 30 mil toneladas de carne estejam atualmente em trânsito para os Estados Unidos.

    Perosa sugeriu que o governo busque a prorrogação do início da taxação, ressaltando que a maioria dos contratos já está em andamento. Ele defendeu que não é justo implementar um novo imposto em um setor que já enfrenta uma carga tributária de cerca de 36%. O clima de apreensão não se limita à carne; o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, evidenciou a preocupação entre os produtores de manga, que já planejaram sua safra e contrataram 2,5 mil contêineres para atender à demanda do mercado americano.

    Coelho enfatizou a necessidade de excluir os alimentos do pacote de taxas, alertando que alternativas logísticas não são viáveis. Ele insistiu que a colheita não pode ser descartada ou realocada para outros mercados, dado o potencial colapso na demanda interna e o consequente desemprego em massa.

    Os produtores de laranja, por sua vez, também levantaram preocupações relevantes, já que 40% das suas exportações têm como destino os Estados Unidos. O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto, ressaltou que 70% do suco de laranja consumido nos EUA é brasileiro. Ele mostrou-se esperançoso de que haja tempo para negociações e que o governo consiga um resultado favorável.

    Por fim, o setor de café, representado por Márcio Ferreira, presidente do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), destacou a importância do café brasileiro para o mercado americano, com 33% do consumo total nos EUA oriundo do Brasil. Ferreira elogiou os esforços do governo em abrir mercados e manifestou confiança em que uma solução benéfica para todos será alcançada.

    O encontro, portanto, refletiu a seriedade da situação em que se encontram os setores afetados e a necessidade urgente de ações decisivas por parte do governo para mitigar os riscos associados a essa nova taxação.

  • ARAPIRACA – Arapiraca Lança Projeto Inovador de Irrigação que Promove Sustentabilidade em Áreas Urbanas e Rurais com Aspersores em Praças e Ciclovias.

    Arapiraca avança de maneira significativa em sua estratégia de preservação e manutenção de espaços verdes, tanto nas áreas urbanas quanto rurais. Recentemente, a Secretaria Municipal de Infraestrutura deu início à instalação de um moderno sistema de aspersores de irrigação, que será implementado primeiramente na Ciclovia do Trabalhador e, em seguida, em diversas praças públicas da cidade. Essa iniciativa visa não apenas a conservação dos espaços, mas também a otimização do uso da água e a gestão eficiente de recursos públicos.

    Os aspersores são dispositivos que simulam a chuva, permitindo uma irrigação uniforme e controlada dos gramados. Conectados ao sistema de abastecimento de água, esses equipamentos são programáveis, podendo ser acionados em horários estratégicos para reduzir a necessidade de intervenções manuais. Essa abordagem não apenas proporciona economia de água, mas também libera as equipes responsáveis pela manutenção para se concentrarem em outras tarefas essenciais.

    O projeto inaugural está sendo desenvolvido na etapa do bairro Primavera, que foi inaugurada em março de 2024. Após a implementação inicial na ciclovia, os aspersores serão gradativamente instalados nas demais fases da obra, como também nas praças públicas da cidade. Essa ação marca uma fase promissora na gestão ambiental do município, trazendo benefícios imediatos e a longo prazo. Além de melhorar a estética e a qualidade do ambiente urbano, o projeto contribui para a sustentabilidade, valorizando os espaços públicos e oferecendo uma melhor experiência de lazer para a população.

    A participação da comunidade é fundamental para o sucesso dessa iniciativa. Os cidadãos têm um papel ativo na preservação das áreas verdes, sendo aconselhados a não descartar lixo nas ruas e a respeitar a coleta seletiva. Caso identificações de problemas como vandalismo ou necessidade de reparos surjam, é crucial que a população avise as autoridades competentes, garantindo que medidas apropriadas sejam tomadas rapidamente.

    Para facilitar a comunicação com a administração municipal, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos disponibilizou um serviço automatizado via WhatsApp, onde os moradores podem solicitar assistência para questões como iluminação, limpeza e coleta de lixo. Este sistema é uma ferramenta prática e eficiente para a promoção de um ambiente urbano limpo e bem cuidado. Com este esforço coletivo, Arapiraca se destaca não apenas na preservação de seus espaços verdes, mas também na promoção de uma cidadania mais consciente e atuante.

  • SAÚDE – Cavalos morrem em série após consumo de ração contaminada da Nutratta; Ministério apura irregularidades e proíbe fabricação de produtos.

    Um preocupante episódio envolvendo a Nutratta Nutrição Animal resultou na morte de pelo menos 245 cavalos em diferentes estados do Brasil, incluindo Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas. As investigações iniciais indicam que a causa das mortes está relacionada ao consumo de rações contaminadas, levando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a realizar uma análise detalhada sobre a origem e a composição dos insumos utilizados pela empresa.

    Conforme apurado, todos os equinos que apresentaram problemas de saúde ou morreram haviam consumido produtos da Nutratta, enquanto aqueles que não ingeriram essas rações permaneceram saudáveis, mesmo compartilhando o mesmo espaço físico. Os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária identificaram a presença de alcalóides pirrolizidínicos, sendo a monocrotalina uma das substâncias tóxicas detectadas. Essa substância é conhecida por ocasionar danos severos à saúde dos animais, afetando principalmente o sistema nervoso e o fígado.

    O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, enfatizou em comunicado oficial que a legislação proíbe categoricamente a presença de substâncias tóxicas nas rações para animais, afirmando que, mesmo em doses mínimas, esses compostos podem ser extremamente prejudiciais. Em função dessa grave situação, o Mapa instaurou um processo administrativo fiscalizatório, que resultou em um auto de infração contra a empresa e na suspensão cautelar da fabricação e comercialização de rações para equídeos.

    Como resposta à gravidade da situação, essa suspensão foi subsequentemente ampliada para incluir rações destinadas a todas as espécies de animais. No entanto, em um desdobramento controverso, a Nutratta conseguiu autorização judicial para retomar parcialmente a produção de ração que não é destinada a equinos. O Mapa já contestou essa decisão judicial, apresentando novas evidências que corroboram a necessidade de manutenção das medidas preventivas em vigor, dada a gravidade do risco sanitário envolvido.

    Além disso, o ministério está monitorando a situação para assegurar o recolhimento das rações contaminadas, ressaltando a importância de garantir a saúde animal e a segurança do sistema agropecuário brasileiro. A Nutratta Nutrição Animal também foi contatada para apresentar suas considerações sobre os eventos em questão.

  • Prefeitura e Governo de Alagoas colhem mais de 300 toneladas de milho e impulsionam agricultura familiar em Penedo, fortalecendo a economia local

    A colaboração entre a Prefeitura de Penedo e o Governo do Estado, através do programa Planta Alagoas, apresenta um impacto significativo na agricultura familiar do município, com a previsão de colheita de mais de 300 toneladas de milho. Este esforço beneficiará 263 agricultores familiares, com a colheita programada para ocorrer no final de julho e uma expectativa de injeção de mais de R$ 100 mil na economia local.

    O superintendente de Agricultura de Penedo, Genildo Gomes, destacou que o projeto envolve o cultivo de 429 tarefas de milho, abrangendo vários povoados e agricultores cadastrados. Cada um dos beneficiários recebeu 10 quilos de sementes de milho de alta qualidade, que poderão ser utilizados tanto para consumo humano quanto para ração animal. Essas sementes foram fornecidas pelo Governo de Alagoas, enquanto a Prefeitura se encarregou da assistência técnica, garantindo que os produtores tivessem o suporte necessário durante todo o processo.

    O programa é estruturado de forma a otimizar recursos e eficiência. O Governo do Estado doou um total de 2.630 quilos de sementes, enquanto a Prefeitura ficou responsável pelo preparo do solo, plantio e fornecimento de horas-máquina, totalizando 526 horas de trabalho. O envolvimento de técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos foi fundamental para garantir a adequada execução do plantio.

    A participação de 263 agricultores no projeto reflete um esforço coletivo em prol do desenvolvimento local, onde cada agricultor está cultivando em média 1,8 tarefa, resultando em um total de 429 tarefas cultivadas. A expectativa de colheita de 300 mil quilos de milho representa não apenas uma alternativa de renda para as famílias envolvidas, mas também contribui para a diversificação das culturas na região, com o plantio de milho e feijão.

    Valdinho Monteiro, secretário de Agricultura e vice-prefeito, enfatizou a importância dessa parceria, ressaltando que, além de gerar renda, o programa Planta Alagoas é um passo em direção ao fortalecimento da agricultura local. Com a ambição de ampliar as operações no próximo ano, o governo municipal mostra seu compromisso com o crescimento da agricultura familiar, promovendo a sustentabilidade e economicidade para os pequenos produtores.

  • INTERNACIONAL – Lula defende Brasil contra sanções de Trump e critica Bolsonaro por tentações golpistas durante evento em Linhares, Espírito Santo. País não se curvará a chantagens.

    Na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a determinação do Brasil em enfrentar as sanções econômicas impostas pelo governo dos Estados Unidos, destacando que a nação não se submeterá a chantagens e ameaças, especialmente vindas do ex-presidente Donald Trump. Durante uma cerimônia em Linhares, no Espírito Santo, que marcou o lançamento de indenizações para os afetados pela tragédia da barragem de Mariana, Lula enfatizou a resistência do povo brasileiro.

    “Esse país não baixará a cabeça para ninguém. Ninguém porá medo nesse país com discurso e bravata. E, nesse aspecto, contamos com o apoio do povo, que não aceita provocações”, afirmou Lula. Sua fala se alinha com as críticas generalizadas à decisão do governo Trump de taxar produtos brasileiros em 50%, uma medida que causou descontentamento em diversos setores da sociedade, incluindo entidades empresariais e trabalhadores.

    Lula também sugeriu a possibilidade de utilizar a Lei de Reciprocidade como resposta às tarifas impostas por Trump, especialmente se as negociações diplomáticas não apresentarem resultados favoráveis. O presidente brasileiro contestou a alegação de Trump sobre um suposto déficit comercial dos EUA em relação ao Brasil, afirmando que, na verdade, há uma diferença de cerca de 410 bilhões de dólares em termos comerciais e de serviços nos últimos dez anos.

    Em outro ponto da cerimônia, Lula criticou seu antecessor, Jair Bolsonaro, que atualmente enfrenta investigações por supostas articulações para promover sanções contra o Brasil como forma de escapar de julgamento no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro é acusado de tentativas de golpe de Estado, e enquanto Lula o confrontava, ele questionou a postura de Bolsonaro e de seu filho Eduardo, que buscou apoio nos Estados Unidos, solicitando a Trump ações contra o Brasil.

    “Que tipo de homem é esse, que não tem vergonha de encarar um processo de cabeça erguida e demonstrar sua inocência? Quem o denuncia não é a oposição, mas seus próprios generais e assistentes”, criticar Lula.

    As tensões entre os ex-presidentes não param por aí. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Bolsonaro teria tentado anular as eleições de 2022 e pressionado militares a se unirem a um golpe. Enquanto isso, em postagens nas redes sociais, Bolsonaro comparou a tarifa imposta por Trump ao distanciamento do Brasil de compromissos históricos com a liberdade, pedindo ação urgente dos poderes para restaurar a “normalidade institucional”.

    Analistas acreditam que a sanção imposta por Trump pode representar uma tentativa de interferir na política interna e de direção ao emergente bloco BRICS. As consequências das tarifas seguem incertas, mas os desdobramentos políticos e econômicos certamente seguirão em debate nos próximos meses.

  • ECONOMIA – BNDES Anuncia R$ 70 Bilhões para Financiamento do Plano Safra 2025/2026, o Maior Valor na História do Banco de Fomento.

    Na última sexta-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a liberação de R$ 70 bilhões em linhas de financiamento para o Plano Safra 2025/2026. Este valor marca o maior montante já disponibilizado pelo banco em apoio ao setor agropecuário, apresentando um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Porém, o aumento nominal não reflete um crescimento real, uma vez que esse montante está aquém da inflação acumulada nos últimos 12 meses, o que levanta preocupações sobre o real impacto dessa medida.

    O Plano Safra constitui uma das principais estratégias do governo federal para financiar produtores rurais, oferecendo empréstimos com taxas de juros inferiores às praticadas pelas instituições financeiras privadas. O BNDES atua como um pilar financeiro fundamental nessa política de incentivos. Nos próximos 12 meses, estimam-se que R$ 39,7 bilhões estarão disponíveis através de programas agropecuários do governo, além de R$ 30 bilhões advindos de recursos próprios do BNDES, voltados para o custeio da produção, investimento e comercialização.

    Das verbas acessíveis via programas governamentais, R$ 26,3 bilhões são direcionados a médios e grandes agricultores empresariais, com juros que variam de 8,5% a 14% ao ano. Em contrapartida, pequenos produtores da agricultura familiar poderão contar com R$ 13,4 bilhões, com taxas de juros que vão de 0,5% a 8% ao ano, oferecendo um suporte essencial para esse segmento.

    A estruturação do financiamento inclui R$ 14,4 bilhões atrelados ao dólar, direcionados ao agronegócio. Essa estratégia visa alinhar o custo da dívida à evolução das receitas geradas por exportações, que são em moeda estrangeira. O apoio do BNDES será disponibilizado de maneira direta, com a contratação de dívidas junto ao banco, ou indiretamente, através de suas 80 instituições financeiras parceiras espalhadas pelo Brasil.

    O Plano Safra, lançado em 1º de julho, prevê um total de R$ 516,2 bilhões em crédito rural, englobando diversas outras modalidades de financiamento além das oferecidas pelo BNDES. O planejamento e a execução desta ação estão sob a coordenação do Ministério da Agricultura e Pecuária, abrangendo operações de custeio, comercialização e investimento, demonstrando o compromisso do governo com o fortalecimento do setor.

    Adicionalmente, o Brasil se prepara para uma safra recorde em 2025, com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projetando uma produção de cereais, leguminosas e oleaginosas que deve atingir 333,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 13,9% em relação à colheita do ano anterior. Esse cenário otimista é um indicativo de que, mesmo diante das dificuldades financeiras, o setor agrícola pode continuar a prosperar em um contexto global cada vez mais desafiador.

  • ECONOMIA – Brasil se prepara para safra recorde de grãos com aumento de 339,6 milhões de toneladas, impulsionada por tecnologia e políticas públicas eficazes.

    O Brasil se prepara para uma safra histórica de grãos, com projeções que indicam um aumento considerável na produção em relação aos ciclos anteriores. Impulsionado por um clima favorável, ampliação da área cultivada e investimentos em tecnologia, o país deve colher aproximadamente 339,6 milhões de toneladas nesta temporada. Essa estimativa representa um crescimento de 14,2% em comparação com a safra do ano passado, refletindo um panorama otimista para o setor agrícola brasileiro.

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destaca que a área plantada atingiu 81,8 milhões de hectares, aumentando 2,3% em relação ao ano anterior. Embora as condições climáticas tenham impactado negativamente o plantio de culturas de inverno, como trigo e aveia, outros cultivos progrediram de maneira satisfatória em seus ciclos.

    Entre as principais culturas, a soja se destaca com uma produção prevista de 169,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior. Essa elevação na produção se deve, em parte, ao recorde na produtividade média. O milho também se mostra promissor, com a expectativa de alcançar 132 milhões de toneladas nas três safras, aumentando 14,3%.

    No que diz respeito ao algodão, a produção está estimada em 3,9 milhões de toneladas, refletindo um crescimento de 6,4% em virtude do maior incentivo à área cultivada. O arroz, que já teve sua colheita finalizada, mostra sinais de recuperação, alcançando 12,3 milhões de toneladas, um aumento significativo de 16,5%. Este crescimento é atribuído tanto ao aumento da área plantada quanto às condições climáticas favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul.

    Entretanto, nem todas as culturas estão apresentando resultados positivos. O feijão, por exemplo, deve produzir 3,15 milhões de toneladas, o que representa uma ligeira queda de 1,3%. Contudo, a primeira safra teve um desempenho encorajador, com um crescimento de 12,8%.

    No âmbito comercial, a recente elevação na mistura obrigatória de biodiesel deve beneficiar o mercado de soja, com uma demanda em ascensão por esmagamento. As previsões indicam um aumento na produção de óleo e farelo, enquanto as exportações de soja em grão devem se manter estáveis.

    Em relação ao milho, a forte demanda interna, especialmente para a produção de etanol, deve absorver a maior parte do aumento na oferta. A estimativa é de que 90 milhões de toneladas sejam direcionadas ao consumo doméstico, com exportações podendo ter uma leve queda. A produção de arroz, por sua vez, poderá reverter este cenário, viabilizando um crescimento nas exportações à medida que os estoques finais aumentam.

    Esse cenário positivo reforça a importância do agronegócio para a economia brasileira, evidenciando não apenas a capacidade do país em aumentar sua produção, mas também a relevância do setor na dinâmica de comércio internacional e no fortalecimento da segurança alimentar.

  • Créditos Rurais São Liberados em Coruripe Após Regularização do Cadastro Ambiental, Impulsionando Economia e Fortalecendo Agricultura Familiar na Região

    Na última sexta-feira, 11 de agosto, um marco significativo foi alcançado na economia de Coruripe, com a regularização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) da região. Essa medida reabre as portas para que os produtores rurais locais, especialmente os pequenos agricultores associados à Cooperativa Pindorama, possam novamente acessar créditos rurais essenciais. A limitação anterior, que havia mantido muitos destes agricultores sem recursos financeiros, agora se transforma em uma oportunidade de revitalização e crescimento para a agricultura local.

    O prefeito da cidade, Marcelo Beltrão, expressou sua satisfação ao acompanhar, junto ao secretário de Articulação Institucional, Marcos Beltrão, as últimas negociações em Maceió que culminaram nesta conquista. Com o desbloqueio do CAR, há uma expectativa de movimentação de cerca de R$ 50 milhões em crédito rural, o que representa um impulso significativo para a economia de Coruripe e região como um todo. Esse investimento não se limita apenas a fortalecer a agricultura familiar, mas também a promover uma geração de renda que impactará a vida de muitas famílias.

    “O desbloqueio do CAR é um benefício colossal para Coruripe e para toda a nossa região. Com os recursos anteriormente indisponíveis, milhares de produtores estavam em um impasse, sem acesso a linhas de financiamento que são indispensáveis para a continuidade de suas atividades. Agora, a força da agricultura pode pulsar com ainda mais vigor”, comentou o prefeito em um discurso entusiasmado.

    Beltrão também fez questão de reconhecer o trabalho coletivo que possibilitou essa conquista, agradecendo ao superintendente do IBAMA, Rivaldo Couto Júnior, ao Governo de Alagoas, à diretoria da Cooperativa Pindorama, à prefeitura e ao deputado federal Marx Beltrão pela atuação imprescindível nesse processo. Segundo ele, o resultado é fruto de um diálogo contínuo e de um compromisso com os agricultores e a preservação ambiental.

    Neste novo cenário, a liberação do CAR não apenas transforma a realidade econômica agrícola, mas solidifica a posição de Coruripe como um exemplo em gestão, sustentabilidade e desenvolvimento responsável. O Cadastro Ambiental Rural é um registro eletrônico obrigatório que busca integrar informações ambientais dos imóveis rurais, servindo como base para um controle e planejamento eficaz no combate ao desmatamento e na promoção do desenvolvimento sostenible no setor agrícola. A inscrição no CAR é uma chave que abre portas para acesso a créditos, seguros, transações comerciais, benefícios fiscais e monitoramento ambiental, destacando a importância desta ferramenta para os municípios brasileiros.

  • Preço do café arábica sobe 1,6% após EUA anunciarem tarifas de 50% sobre produtos brasileiros

    Na última quinta-feira, o mercado de café arábica viu um aumento significativo de quase 1,6% em seus preços nas bolsas globais, uma reação direta ao anúncio feito pelos Estados Unidos sobre a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros. Estes tributos, que entrarão em vigor em 1º de agosto, serão de 50% sobre todas as mercadorias provenientes do Brasil, país que desempenha um papel essencial na produção de café arábica em nível mundial.

    Com a nova política comercial, os futuros de café arábica para setembro apresentaram um crescimento de 1,55%, atingindo o patamar de R$ 18 por libra-peso, o que equivale a aproximadamente R$ 38,2 mil por tonelada. Essa alta nos preços do arábica contrasta com a situação da variedade robusta, que, por outro lado, enfrentou uma queda de 3,17%, alcançando seu valor mais baixo desde maio do ano anterior,iferindo-se a R$ 20,160 por tonelada.

    O presidente dos EUA, Donald Trump, justificou a imposição das tarifas em uma carta oficial, enfatizando preocupações econômicas que, segundo ele, justificam a medida. Em resposta, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente brasileiro, declarou que o Brasil não hesitará em adotar contramedidas apropriadas sob a Lei de Reciprocidade Econômica, alertando sobre as possíveis repercussões da decisão americana.

    Esses eventos não ocorrem em um vácuo. A relação comercial entre os dois países tem sido marcada por tensões, e o agronegócio brasileiro, um dos pilares da economia nacional, está no centro desse embate. O café, principal produto de exportação do Brasil, representa não apenas uma fonte de renda para milhões de produtores, mas também é cuidadosamente monitorado por seus impactos nas economias globais.

    A resposta do mercado ao anúncio de tarifas evidencia a sensibilidade dos preços agrícolas a mudanças políticas e comerciais. A continua interdependência entre as economias dos EUA e do Brasil, especialmente no setor de commodities, sugere que mudanças adicionais podem ocorrer à medida que ambos os países buscam equilibrar seus interesses econômicos e comerciais. Assim, o futuro próximo pode ser crucial para o mercado de café e suas dinâmicas comerciais.

  • MUNICIPIOS – “Pão de Açúcar Lança Programa ‘Rural Legal’ para Regularização de Títulos e Benefícios a Mais de 300 Famílias Rurais”

    Programa “Rural Legal” em Pão de Açúcar: Uma Oportunidade para Mais de 300 Famílias

    O município de Pão de Açúcar se prepara para um avanço significativo na regularização fundiária com o lançamento da segunda fase do programa “Rural Legal”. A partir da próxima terça-feira, 8 de julho, e durante o mês de agosto, a iniciativa possibilitará a mais de 300 famílias de agricultores a obtenção de títulos de posse de propriedades rurais de até 50 hectares. Esse programa é um marco na luta por dignidade e segurança jurídica para os trabalhadores do campo, muitas vezes marginalizados e sem acesso a direitos básicos.

    Na etapa anterior, foram entregues 90 títulos, proporcionando a essas famílias a certeza de que suas terras são reconhecidas por lei, após longos anos de espera. Instituído em 2023, o “Rural Legal” se destaca como o maior programa de regularização fundiária da história de Alagoas, resultado de uma colaboração entre o Governo de Alagoas, o Tribunal de Justiça e a Associação dos Notários e Registradores de Alagoas.

    O impacto dessa iniciativa vai além da simples formalização. A posse de títulos habilita os trabalhadores rurais a acessarem linhas de crédito e programas de apoio, essenciais para o desenvolvimento da agricultura familiar e para o fortalecimento da economia rural. O prefeito Jorge Dantas ressalta que essa ação não apenas confere segurança jurídica, mas busca também promover dignidade e um futuro melhor para as famílias no campo.

    Com um cronograma de atendimento que abrange mais de 30 comunidades, o programa atenderá localidades como Povoado Meirus, Povoado Impoeiras e Assentamento Pacu, promovendo maior organização na coleta de documentação necessária para a regularização. Os interessados devem apresentar documentos pessoais e, se disponíveis, os do imóvel.

    O “Rural Legal” reflete um comprometimento do Governo e da Prefeitura em avançar na justiça social e no desenvolvimento sustentável, transformando realidades e trazendo esperança para muitos.