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  • Desaprovação de Lula se mantém em 51,8%, mostra pesquisa; avaliação do governo permanece estável entre os brasileiros.

    O panorama político brasileiro mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um desafio significativo em relação à sua popularidade. De acordo com os dados mais recentes que surgiram de uma pesquisa realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, a desaprovação do desempenho de Lula atingiu 51,8% entre os entrevistados, enquanto a aprovação se estabeleceu em 47,3%. Um pequeno percentual, de 0,9%, optou por não responder à questão.

    Ao comparar essas cifras com a pesquisa anterior, realizada em maio, observa-se uma estabilidade incômoda. Naquela ocasião, a desaprovação era um pouco superior, atingindo 53,7%, com a aprovação se posicionando em 45,4%. Esses resultados refletem um estado de paralisia na percepção popular do governo, uma vez que a margem de erro da pesquisa, fixada em dois pontos percentuais, não permite conclusões brutas sobre uma evolução ou regressão acentuada na apreciação da administração.

    Além da aprovação e desaprovação, um aspecto importante a ser considerado é a avaliação geral do governo. Os números indicam que 51,2% dos entrevistados classificam a gestão como ruim ou péssima, uma leve diminuição em relação aos 52,1% encontrados na pesquisa anterior. Em contrapartida, 41,6% dos cidadãos acreditam que a gestão é ótima ou boa, alinhando-se de forma similar aos 41,9% reportados anteriormente. Esses dados corroboram uma tendência de insatisfação significativa com o governo Lula, que já enfrenta uma série de desafios socioeconômicos e políticos em seu terceiro mandato.

    A pesquisa, que ouviu 2.612 pessoas entre os dias 27 e 30 de junho, revela um panorama que abre espaço para discussões sobre o futuro político do país e a capacidade do presidente de reverter essa insatisfação num momento em que as expectativas da população são cada vez mais exigentes. A capacidade de Lula de ainda reverter ou melhorar esses índices será essencial não apenas para a continuidade do seu governo, mas também para o clima político até as próximas eleições. O cenário atual é um reflexo das complexidades que marcam o atual contexto político e econômico do Brasil.

  • ECONOMIA – Produção de Veículos Cresce 7,8% em 2025, Mas Setor Enfrenta Desafios no Segundo Semestre e Preocupa com Quedas em Junho

    No primeiro semestre de 2025, a produção de veículos no Brasil aumentou 7,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando a marca de 1,226 milhões de unidades. A divulgação desse dado foi realizada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e representa uma recuperação significativa em um setor que enfrentou dificuldades nos últimos anos. Contudo, a entidade alerta que o cenário para o segundo semestre pode ser desafiador, guiando preocupações sobre a continuidade desse crescimento.

    As vendas de veículos durante os primeiros seis meses do ano totalizaram 1,199 bilhão de unidades, o que corresponde a um aumento de 4,8% se comparado com o primeiro semestre de 2024. O resultado é positivo, mas as projeções para os próximos meses indicam que podem surgir obstáculos, levando a uma cautela por parte dos fabricantes e do mercado como um todo.

    Outro destaque do balanço foi a impressionante alta de 59,8% nas exportações, atingindo 264,1 mil unidades. Esse aumento é parcialmente atribuído à recuperação do mercado argentino, que se tornou um destino cada vez mais importante para os veículos brasileiros. Na verdade, 60% dos veículos exportados no semestre foram enviados para a Argentina, o que revela a crescente dependência do Brasil em relação ao país vizinho.

    Em contrapartida, as importações também cresceram, com um aumento de 15,6%, totalizando 228,5 mil unidades. O presidente da Anfavea, Igor Calvet, expressou sua preocupação com a entrada de veículos chineses no mercado nacional, alertando para o risco de desindustrialização. Ele enfatizou que esse crescimento nas importações representa um volume equivalente à produção anual de uma grande fábrica nacional, o que levanta questões sobre a sustentabilidade do setor.

    Em junho, a produção caiu para 200,8 mil unidades, uma redução de 6,5% em relação a maio e uma queda de 4,9% comparado ao mesmo mês do ano anterior. Da mesma forma, as vendas no último mês totalizaram 212,9 mil, apresentando diminuições sob as mesmas comparações. As exportações também sofreram queda, embora ainda tenham se mostrado superiores aos números de junho de 2024.

    Calvet criticou as quedas em junho, considerando que o dia útil a menos em relação a maio não justifica a diminuição nas atividades do setor. Ele destacou a perda de mais de 600 empregos diretos, um sinal preocupante para a saúde do mercado automotivo. A expectativa é que o setor se mobilize para enfrentar esses desafios e busque novas estratégias para garantir sua estabilidade e crescimento no futuro.

  • ECONOMIA – Crescimento do Mercado de Veículos Novos em 2023 é Impulsionado por Motocicletas, Apesar de Queda Mensal nas Vendas Geralmente Registadas em Junho.

    O mercado de veículos novos apresentou um crescimento de 4,82% entre janeiro e junho deste ano, com 1.143.657 unidades emplacadas. No entanto, em junho, os números não foram tão favoráveis, registrando uma queda de 5,66% em relação a maio e um leve declínio de 0,63% comparado ao mesmo mês do ano anterior. No total, foram 212.897 novos veículos vendidos em junho, refletindo uma tendência de desaceleração.

    Ao analisar apenas a categoria dos automóveis e utilitários leves, o segmento teve um desempenho positivo, com um incremento de 5,05% sobre o mesmo semestre do ano anterior, contabilizando 1.076.896 emplacamentos. Porém, assim como no mercado geral, junho trouxe um contraste negativo, apresentando uma redução de 5,69% em relação ao mês anterior e uma queda de 0,14% comparado ao mesmo mês de 2022, totalizando 202.164 veículos vendidos.

    Quando abrange todos os segmentos, incluindo caminhões, ônibus e motocicletas, o crescimento no primeiro semestre foi ainda mais expressivo, alcançando 6,99% com 2.187.738 veículos comercializados. Contudo, houve uma queda mensal de 6,36% de maio a junho. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o mercado mostrou um leve crescimento de 2,62%.

    Um dos pontos positivos destacados pelo setor é o aumento nas vendas de motocicletas. Com a crescente demanda por entregas e transporte de pessoas, espera-se que o segmento ultrapasse a marca de 2 milhões de unidades vendidas até o final do ano. Em junho, 179.358 motocicletas foram comercializadas, representando um crescimento significativo de 8,14% em relação ao ano passado. No acumulado do ano, foram 932.932 unidades comercializadas, com um aumento de 10,33%.

    Os especialistas atribuem as quedas registradas em junho, em parte, à redução no número de dias úteis. Além disso, a elevada taxa de juros, fixada em 15% para a Selic, tem impactado negativamente o mercado de veículos, especialmente nas categorias de caminhões e implementos rodoviários, levando a uma revisão nas expectativas de crescimento.

    De acordo com as autoridades do setor, a previsão para a distribuição de veículos automotores é um crescimento de cerca de 6,2% para o ano, embora essa expectativa tenha sido ajustada para baixo, refletindo a previsão de queda nas vendas de caminhões. Para automóveis e utilitários leves, espera-se um crescimento modesto, podendo chegar a 4,4%.

    Apesar dos desafios enfrentados, o cenário permanece otimista para a maior parte dos segmentos, com destaque para motocicletas, automóveis e ônibus, que devem manter uma trajetória de crescimento ao longo de 2023.