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  • MUNICIPIOS – Maior taxa de alfabetização no Brasil: índice sobe para 59,2% em 2024, com 18 estados registrando avanços significativos na educação infantil.

    Em um cenário que revela avanços significativos na educação básica, o Indicador Criança Alfabetizada, relacionado à alfabetização de crianças nas redes públicas de ensino, registrou uma evolução notável em 2024, subindo de 56% para 59,2%. Este dado, apresentado pelo Ministério da Educação (MEC), destaca o esforço continuo para promover a alfabetização na idade adequada, conforme as avaliações realizadas nas escolas do Brasil. A medição atual leva em conta os resultados obtidos em 2023 e mostra que dezoito estados atingiram melhorias em seus índices de alfabetização, com metas que se aproximam dos objetivos previamente estabelecidos.

    O crescimento de 3,2 pontos percentuais é um indicativo positivo, embora o ministério tenha reconhecido que a meta de 60% poderia ter sido alcançada se não fosse a queda acentuada do Rio Grande do Sul, devido a circunstâncias climáticas excepcionais que afetaram a educação na região. Camilo Santana, ministro da Educação, enfatizou a necessidade de um olhar cuidadoso sobre as dificuldades enfrentadas por estados em situações adversas.

    O MEC traçou um plano audacioso para o futuro, com metas progressivas que visam elevar a taxa de alfabetização para 64% em 2025 e 80% até 2030. O objetivo é garantir que todos os estados alcancem pelo menos 80% de crianças alfabetizadas, com uma ambição maior de atingir 100%. Entre os resultados mais expressivos, estados como Ceará, Goiás e Minas Gerais destacaram-se, alcançando percentuais superiores a 70% de crianças alfabetizadas.

    Do total de 5.312 municípios avaliados, 58% mostraram incremento na proporção de alunos alfabetizados. Além disso, o compromisso dos municípios e dos estados em participar do processo se traduziu em um investimento significativo, superior a R$ 1 bilhão, com a finalidade de promover a alfabetização eficaz e duradoura das crianças.

    Com a introdução de novas avaliações e o fortalecimento dos sistemas educacionais, o MEC espera não apenas manter, mas também melhorar a alfabetização entre as crianças brasileiras, ressaltando a importância de um esforço conjunto entre governo, educadores e comunidades. O resultado dessa estratégia será de crucial importância para o futuro educacional do Brasil.

  • EDUCAÇÃO – Brasil registra 59,2% de crianças alfabetizadas até o 2º ano do ensino fundamental, mas não atinge meta de 60% estabelecida para 2024.

    O Brasil enfrenta desafios significativos em sua trajetória de alfabetização infantil, conforme os dados mais recentes apresentados pelo Ministério da Educação (MEC). A taxa de crianças alfabetizadas até o final do 2º ano do ensino fundamental na rede pública ficou em 59,2%. Essa cifra, embora expressiva, não alcançou a meta proposta pelo governo federal, que visava uma taxa de pelo menos 60% até 2024. A análise dos resultados provém de avaliações aplicadas durante o último trimestre do ano passado em diversas instituições de ensino.

    O ministro da Educação, Camilo Santana, explicou que as recentes chuvas intensas no Rio Grande do Sul impactaram negativamente o desempenho das crianças no estado, o que se refletiu na média nacional. Ele destacou que, se a taxa de alfabetização no Rio Grande do Sul tivesse se mantido em níveis anteriores, o Brasil teria alcançado uma média de 60,2%. A queda abrupta, que fez com que o estado registrasse uma alfabetização de apenas 44,7% — um declínio em relação aos 63,4% de 2023 — foi atribuída a condições de calamidade que afastaram as crianças das salas de aula.

    Para a alfabetização, conforme definido pelo Inep, considera-se que a criança está alfabetizada quando consegue ler textos simples e compreender informações básicas, além de redigir pequenos textos. As avaliações envolveram 2 milhões de estudantes distribuídos em 42 mil escolas, em 5.450 municípios.

    Entre os 5.312 municípios que apresentaram comparações dos dados de 2023 e 2024, 58% registraram aumento na taxa de alfabetização, e 53% atingiram a meta estabelecida. O Ceará destacou-se com um índice de 85,3%, superando a meta de 80% para 2030. No entanto, em contrapartida, oito estados ainda apresentam menos da metade de suas crianças alfabetizadas, destacando a necessidade urgente de ações focadas nessas áreas.

    O MEC tem voltado sua atenção para as regiões que apresentam os piores índices de alfabetização, desenvolvendo estratégias específicas para reverter esse quadro. A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, enfatiza que a diversidade de contextos nos estados deve ser monitorada atentamente para otimizar a alfabetização. Há um compromisso nacional que visa aumentar gradualmente a alfabetização nas escolas, com metas intermediárias estabelecidas até 2030, e o apoio do governo tem sido crucial para reverter os efeitos das perdas educacionais ocasionadas pela pandemia.

    O ministro Camilo Santana chamou a atenção para a importância de tratar a educação como uma política de estado, que deve transcender políticas partidárias, ressaltando que a educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento do país. Com essas iniciativas e um olhar atento para as dificuldades regionais, a esperança é que se possam construir bases sólidas para um futuro educacional mais promissor no Brasil.

  • EDUCAÇÃO – Golpistas Lesam Mais de 35 Mil Estudantes com Site Falso do Enem e Arrecadam R$ 3 Milhões em Fraude Eletrônica

    Quadrilha de Golpistas Engana Mais de 35 Mil Estudantes com Site Falso do Enem

    Uma quadrilha criminosa elaborou um sofisticado esquema que prejudicou mais de 35 mil estudantes ao criar um site falso para as inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), resultando em perdas financeiras significativas e na impossibilidade de realizar a prova, uma das principais portas de entrada para instituições de ensino superior públicas no Brasil. As investigações revelam que os golpistas acumulam um montante de aproximadamente R$ 3 milhões, decorrente da fraude perpetrada no último ano.

    A descoberta do esquema desencadeou uma operação da Polícia Federal (PF), que, na manhã desta quinta-feira, deu cumprimento a mandados de busca e apreensão na cidade de Praia Grande, em São Paulo. O órgão conseguiu, junto à Justiça, o bloqueio dos bens dos suspeitos, um deles já com um extenso histórico criminal, possuindo 15 registros anteriores relacionados ao crime de estelionato.

    De acordo com as apurações, durante o período oficial de inscrições, entre 27 de maio e 14 de junho de 2024, os criminosos criaram múltiplas páginas que simulavam a interface do site oficial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os estudantes que acessaram essas páginas falsas foram induzidos a preencher um questionário de inscrição fraudulento e, posteriormente, realizar um pagamento via Pix, direcionado para uma conta bancária ligada a uma empresa privada. Essa mesma empresa tem sido alvo de diversas reclamações online, com consumidores relatando a compra de produtos ou serviços que nunca foram entregues.

    A operação batizada de “Só Oficial” tem como objetivo não apenas desmantelar a quadrilha, mas também alertar futuros candidatos sobre a importância de acessar apenas o site oficial do exame, disponível na extensão gov.br. O alerta se torna ainda mais relevante, uma vez que o período das inscrições para este ano terminou em 13 de junho, e as provas estão programadas para os dias 9 e 16 de novembro.

    As ações da PF visam aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos, responsabilizando a quadrilha pela prática de fraudes eletrônicas em um contexto de crimes virtuais. A proteção dos cidadãos, especialmente dos jovens que aspiram a uma educação superior de qualidade, é uma prioridade nas ações das autoridades competentes. Os estudantes devem ficar vigilantes e cuidadosos para evitar cair em armadilhas fraudulentas semelhantes e garantir um acesso legítimo ao Enem.

  • Alagoas Reduz em 42,9% Mortes por Hepatite C em Uma Década, Acompanhando Campanha de Testagem do Ministério da Saúde para Prevenção e Diagnóstico Precoce.

    Nos últimos dez anos, o estado de Alagoas tem apresentado um progresso significativo na redução das mortes causadas pela hepatite C, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre 2014 e 2024, o número de óbitos por essa doença caiu impressionantes 42,9%, despencando de sete para quatro mortes. Em uma análise mais ampla, o Brasil também demonstra avanços ao registrar uma redução de 50% nas mortes por hepatite B, aproximando-se da ambiciosa meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que objetiva diminuir as fatalidades em 65% até 2030.

    Para alavancar ainda mais a identificação precoce das hepatites, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Um teste pode mudar tudo”, que oferece testagem gratuita às pessoas com mais de 20 anos através do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa inovadora não se limita apenas à testagem; ela também foi complementada por uma plataforma digital que fornece dados em tempo real, permitindo o monitoramento detalhado dos diagnósticos, do início e do tempo médio de tratamento para as hepatites B e C, segmentados por estado e município.

    Desde 2014, os esforços do país para controlar as hepatites têm mostrado resultados impressionantes. O Brasil conseguiu reduzir em 99,9% os casos de hepatite A entre crianças com menos de dez anos, além de observar uma diminuição de 55% na transmissão vertical da hepatite B em gestantes, o que significa menos bebês nascendo com a doença. No ano de 2024, foram registrados 11.166 casos de hepatite B e 19.343 casos de hepatite C, números que indicam a continuidade da luta contra essas enfermidades.

    O Sistema Único de Saúde (SUS) não apenas oferece vacinas contra as hepatites A e B, mas também disponibiliza testes rápidos e preservativos, além de fornecer orientações sobre práticas de prevenção, como o não compartilhamento de objetos cortantes. Em termos de tratamento, o Brasil disponibiliza antivirais para hepatite C e medicamentos específicos para hepatite B, reforçando assim seu comprometimento na luta contra essas doenças e promovendo a saúde da população.

  • Rússia Destaca Crescimento do Comércio com BRICS em Discurso na Cúpula e Critica Dominância do Dólar e Sanções Ocidentais.

    Neste domingo, durante a sessão plenária da cúpula do BRICS, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, destacou um dado significativo: quase metade do comércio externo russo no último ano teve como destino os demais países que compõem o bloco. Lavrov afirmou que a participação dos membros do BRICS no comércio exterior da Rússia cresceu de forma constante, alcançando 48% no final de 2024, com impressionantes 90% das transações realizadas em moedas locais.

    O chanceler russo aproveitou a oportunidade para criticar o modelo tradicional de globalização, que, segundo ele, é dominado por nações ocidentais consideradas “avançadas”. De acordo com Lavrov, essa estrutura está enfrentando profundas transformações, impulsionadas por sanções unilaterais e ilegais, bem como pelo uso do dólar como ferramenta de punição. Essas práticas, segundo o ministro, têm contribuído para a erosão da ordem econômica global, levando a uma busca por alternativas.

    Lavrov defendeu a tese de que a multipolaridade, que se refere à distribuição de poder entre várias nações e blocos de países, não é apenas uma perspectiva futura, mas uma realidade já existente. Ele mencionou que essa nova configuração está se estabelecendo como um contraponto ao antigo modelo neoliberal, que ele descreveu como ultrapassado e ligado a práticas neocoloniais.

    A cúpula do BRICS, que prossegue até a próxima segunda-feira, abordará uma extensa agenda de temas relevantes, incluindo saúde, comércio, investimentos, finanças, mudanças climáticas, gestão de inteligência artificial e a promoção da paz e da segurança. Este encontro é crucial para aprofundar as relações entre essas potências emergentes e explorar formas de cooperação em um mundo em rápida transformação.

    O evento é uma oportunidade para que os países membros discutam estratégias para fortalecer seus laços, especialmente em um momento em que a dinâmica econômica global está em constante evolução. A busca por novas formas de colaboração é um tópico central, refletindo a necessidade de se adaptar a um cenário internacional complexo e desafiador.

  • ECONOMIA – Indústria de Máquinas Registra Aumento de 12,2% nas Vendas em Maio, Mas Preocupa com Queda nas Exportações e Aumento das Importações

    Em maio deste ano, a receita líquida total de vendas da indústria de máquinas e equipamentos no Brasil atingiu impressionantes R$ 27,4 bilhões. Essa cifra representa um crescimento de 12,2% em relação ao mês anterior e um notável aumento de 26,3% quando comparado ao mesmo mês do ano passado. Esse desempenho robusto é um sinal de recuperação no setor, conforme apontam análises da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

    O crescimento da receita no mercado interno foi responsável por grande parte desse resultado positivo, com movimentações que chegaram a R$ 21,8 bilhões. No entanto, as exportações apresentaram uma realidade divergente, sofrendo uma queda de 5,9% em comparação ao mesmo mês de 2024, totalizando US$ 989 milhões. A Abimaq atribui essa diminuição, em parte, à queda de 3,5% nos preços das máquinas e equipamentos no mercado internacional, o que representa um desafio para a competitividade brasileira.

    Em contrapartida, as importações estão em uma trajetória de crescimento. Em comparação anual, houve um aumento de 5,2% nas importações em maio de 2025 em relação ao mesmo mês do ano anterior, com um crescimento mensal de 2,9%, alcançando quase US$ 2,7 bilhões. Entre janeiro e maio, as importações chegaram a US$ 13,1 bilhões, superando em 10,3% o volume do mesmo período de 2024, marcando um recorde histórico.

    Além do aumento na receita e nas importações, o nível de utilização da capacidade instalada na indústria subiu para 78,9%, marcando um crescimento significativo de cinco pontos percentuais em relação a maio do ano passado. O setor também demonstrou um aumento no emprego, com 419 mil trabalhadores ativos – um crescimento de 8,3% em relação a 2024.

    Contudo, a Abimaq alerta para um cenário preocupante em meio aos resultados positivos, ressaltando o aumento das importações e a perda de competitividade nas exportações. Essa situação gera incertezas sobre a viabilidade do setor no longo prazo, uma vez que a entidade observa que a recuperação da demanda interna não elimina os desafios no comércio exterior. Para o próximo semestre, a expectativa é de uma “desaceleração intensa”, resultado do aperto monetário e um ambiente macroeconômico que continua desafiador. Essa previsão instiga uma reflexão sobre o futuro do setor industrial brasileiro e sua capacidade de se reafirmar em um mercado global competitivo.

  • ECONOMIA – Judiciário registra aumento de 49,3% em salários acima do teto constitucional, alcançando R$ 10,5 bilhões entre 2023 e 2024, segundo estudo.

    Judiciário registra aumento expressivo nos gastos com salários acima do teto constitucional

    Os gastos do Judiciário brasileiro com salários que ultrapassam o limite estabelecido pela Constituição apresentaram um aumento alarmante de 49,3% entre os anos de 2023 e 2024. O montante, que era de R$ 7 bilhões, saltou para R$ 10,5 bilhões, resultando em preocupações significativas, especialmente quando se considera que a inflação oficial no mesmo período foi de apenas 4,83%.

    Essa informação veio à tona através de uma análise do Movimento Pessoas à Frente, uma organização suprapartidária que visa aperfeiçoar a gestão do serviço público. O levantamento, desenvolvido em colaboração com o pesquisador Bruno Carazza, que tem um sólido histórico acadêmico, incluindo pós-doutorado em Harvard, revelou um panorama desafiador quanto à compensação dos magistrados.

    Os dados, provenientes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apontam que os chamados "penduricalhos" – verbas adicionais e indenizatórias – representam mais de 43% do rendimento líquido dos juízes, um número que deve ultrapassar 50% em breve. Essa situação revela uma dinâmica em que muitos magistrados, mesmo que indiretamente, recebem acima do teto constitucional, atualmente fixado em R$ 46.366,19, e muitas vezes esses adicionais não são sujeitos à tributação.

    Em um comparativo, os rendimentos médios dos juízes tiveram um crescimento considerável, passando de R$ 45.050,50 em 2023 para R$ 54.941,80 em 2024, representando um aumento de 21,95%. Continuando essa trajetória, os valores chegaram a R$ 66.431,76 em fevereiro de 2025, evidenciando uma tendência de aumento contínuo que gera desigualdades no funcionalismo.

    A diretora executiva do Movimento, Jessika Moreira, destacou que esses altos salários são um problema estrutural persistente desde a Constituição de 1988. Apesar de várias tentativas de legislações que visam conter esses excessos, as medidas têm se mostrado insufficientes. A organização advertiu que, se essa tendência de crescimento se mantiver, os valores podem dobrar novamente em um horizonte de apenas dois anos.

    Em face dessa situação crítica, o Movimento Pessoas à Frente propõe que a limitação dos supersalários seja uma prioridade na reforma administrativa que está sendo discutida no Congresso Nacional. A proposta é debatida por um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados, sob a coordenação do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ).

    Neste esforço, uma coalizão de dez organizações da sociedade civil colaborou na elaboração de um manifesto que sugere nove medidas para atacar a questão dos supersalários. Entre as sugestões estão a reclassificação adequada das verbas, limites claros para verbas indenizatórias, aplicação rigorosa de impostos e maior transparência na gestão pública.

    Adicionalmente, a proposta inclui a eliminação de benefícios que favorecem o sistema de Justiça, como férias longas que frequentemente são convertidas em dinheiro e licenças que garantem pagamentos mesmo em situações de penalização.

    Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a reforma administrativa deva iniciar pela discussão dos supersalários. Embora um projeto de emenda à Constituição tenha sido enviado pelo governo para abordar essa questão, a proposta foi modificada no Congresso, alterando sua substância e dificultando a implementação de mudanças efetivas.

    O Movimento Pessoas à Frente continua sua luta pela organização e gestão eficiente no serviço público, reunindo especialistas, acadêmicos e representantes da sociedade civil com o objetivo de fomentar políticas que promovam a equidade e a eficiência nos gastos públicos.