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  • Comércio China-EUA encolhe 10,4% no primeiro semestre de 2025 em meio a tensões na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

    O intercâmbio comercial entre os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias do mundo, registrou uma queda significativa de 10,4% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa diminuição elevou o valor total das trocas comerciais para aproximadamente US$ 289,3 bilhões, o que equivale a cerca de R$ 1,6 trilhões. A desvalorização é uma consequência direta da ongoing guerra comercial entre os dois países, que já vinha se intensificando nos últimos anos.

    As exportações da China para os Estados Unidos, que ocupa o status de terceiro maior parceiro comercial de Pequim, tiveram uma redução ainda mais acentuada, com um recuo de 10,9%. Isso representa um total de US$ 215,5 bilhões, ou R$ 1,2 trilhões. Por outro lado, as importações dos EUA pela China também enfrentaram uma diminuição, embora em uma proporção um pouco menor, caindo 8,7% e somando US$ 73,8 bilhões (aproximadamente R$ 411,2 bilhões) no mesmo semestre.

    A balança comercial entre os dois países em junho de 2025 apresentou um saldo de US$ 49,7 bilhões, sendo que a maior parte desse montante correspondeu às exportações chinesas. Este cenário é bastante contrastante com o que foi registrado em 2024, quando o comércio entre as nações havia crescido 3,7% em relação ao ano anterior, alcançando um montante total de US$ 688,2 bilhões (cerca de R$ 3,8 trilhões).

    A Guerra Comercial, agora em seus últimos estágios, originou-se de uma série de tarifas impostas por ambos os lados como forma de pressão econômica e estratégica. Esses desenvolvimentos são observados com atenção, já que repercutem não apenas nas duas potências, mas também em uma rede maior de países que dependem desse comércio bilateral. Enquanto isso, analistas permanecem divididos sobre as perspectivas futuras para as relações comerciais entre ambas as nações, que parecem cada vez mais tensas e incertas.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara Aprova Projeto que Visa Reduzir Benefícios Tributários em 10% até 2026, Promovendo Justiça e Eficiência Econômica

    Governos e Economia: Novo Projeto de Lei Visa Reduzir Benefícios Tributários

    No dia 8 de julho de 2025, o deputado Mauro Benevides Filho, do PDT do Ceará, apresentou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar (PLP) 128/25. Este projeto propõe uma drástica redução, em pelo menos 10%, dos benefícios tributários, financeiros e creditícios concedidos pelo governo federal até o final de 2026. A proposta tem como foco a reestruturação das contas públicas, garantindo um novo arcabouço fiscal que visa equilibrar receitas e despesas.

    De acordo com as diretrizes do projeto, a redução dos benefícios ocorrerá em duas etapas: uma diminuição de 5% em 2025 e outra de igual percentual em 2026. Entretanto, é importante destacar que esses cortes poderão ser diferenciados de acordo com cada setor econômico, desde que o total reduza-se nos termos propostos.

    A proposta de Benevides não inclui cortes em incentivos destinados a fundos constitucionais de financiamento, zonas de livre comércio, programas de bolsas de estudo e entidades sem fins lucrativos, além de produtos da cesta básica. O intuito é proteger os segmentos mais vulneráveis da sociedade e também aqueles que desempenham papel fundamental no desenvolvimento econômico regional.

    Benevides Filho enfatiza que a proposta é um passo significativo rumo a um modelo econômico mais justo e transparente, visando não apenas a sustentabilidade fiscal, mas também a criação de um ambiente de negócios mais equilibrado e competitivo.

    Outra determinação importante do projeto é a proibição da concessão de novos benefícios federais de natureza tributária, financeira e creditícia, bem como a prorrogação dos existentes. Exceções a essa regra só poderão ser feitas se acompanhadas da redução equivalente de outros benefícios semelhantes.

    Os benefícios tributários, considerados “gastos tributários”, representam valores que o governo deixa de arrecadar para estimular certas atividades. Para o ano de 2025, estima-se que esses gastos federais cheguem a R$ 540 bilhões, o que corresponde a 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Já os gastos financeiros somam R$ 73,1 bilhões, enquanto os benefícios creditícios totalizam R$ 61,1 bilhões, resultando em um montante geral de R$ 678 bilhões.

    O PLP 128/25 agora segue para análise nas comissões de Desenvolvimento Econômico, Finanças e Tributação, e na Constituição e Justiça. Após esse processo, o texto será submetido à votação no Plenário, necessitando da aprovação tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado para se transformar em lei.

  • INTERNACIONAL – Trump Ameaça Taxas a Países Alinhados ao Brics Durante Cúpula no Rio de Janeiro e Defende Medidas Protecionistas.

    Durante a reunião de cúpula do Brics, em pleno Rio de Janeiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma contundente advertência a países que se unirem ao bloco. Em uma mensagem publicada em suas redes sociais, Trump afirmou que qualquer nação que se alinhe às diretrizes consideradas “antiamericanas” do Brics será penalizada com tarifas adicionais de 10%. A declaração gerou um burburinho imediato nas esferas política e econômica, especialmente considerando o histórico de tensões comerciais entre os Estados Unidos e várias nações do grupo.

    O Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de uma crescente lista de parceiros, promove um modelo de comércio global que, segundo sua declaração de líderes, defende um sistema multilateral aberto e justo. No comunicado emitido no último domingo, o grupo enfatizou a importância de um comércio baseado em regras que priorize a transparência e a equidade, posicionando a Organização Mundial do Comércio (OMC) como um pilar central desse sistema. A declaração criticou as práticas protecionistas que têm ameaçado o comércio internacional, reafirmando a necessidade de um ambiente econômico mais cooperativo.

    Trump, que iniciou seu mandato em janeiro deste ano, já havia implementado aumentos de tarifas sobre produtos importados logo em seus primeiros dias no cargo. Essa postura não apenas levantou questões sobre políticas comerciais dos EUA, mas também provocou reações contundentes de diversos países afetados. Ao expor sua estratégia em relação ao Brics, o presidente americano se mostra determinado a manter uma linha de confronto com países que considera como adversários em termos econômicos.

    Além dos cinco países fundadores, o Brics agora inclui Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Indonésia, Egito e Etiópia. Uma rede de parcerias e colaborações está se expandindo, incluindo mais dez nações, como Bielorrússia, Bolívia e Malásia, potencializando o impacto do bloco no cenário econômico global e trazendo novos desafios para os Estados Unidos em sua busca por influência no comércio internacional. A guerra comercial parece estar longe de um desfecho, e o posicionamento de Trump pode intensificar as medidas de retaliação entre as principais economias do mundo.