Blog

  • POLÍTICA – Lula classifica derrubada do aumento do IOF como “anticonstitucional” e ressalta que divergências são normais no processo democrático.

    Na última segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou sobre a recente derrubada de um decreto que promovia o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso Nacional. Durante uma coletiva de imprensa após a cúpula de líderes do Brics, realizada no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, Lula considerou a divergência com o Legislativo como um aspecto natural do funcionamento democrático. No entanto, ele não hesitou em classificar a decisão do Congresso como “totalmente anticonstitucional”, evidenciando a gravidade que atribui à situação.

    “Nada disso é anormal. Trata-se de uma divergência política que faz parte da democracia, e continuaremos lidando com nossos problemas”, afirmou o presidente. Sua declaração ocorre em um momento de crescente tensão entre o Executivo e o Legislativo, em que a busca por justiça tributária no Brics pode influenciar debates internos no Brasil. O aumento do IOF foi uma estratégia proposta pelo governo para garantir maior arrecadação, evitando cortes em áreas sociais essenciais.

    Após a derrubada do decreto, a Advocacia-Geral da União (AGU) levou a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ministro relator Alexandre de Moraes já agendou uma audiência de conciliação para o dia 15 deste mês. Em meio a isso, Lula anunciou que se reunirá com Jorge Messias, advogado-geral da União, para discutir os próximos passos em relação ao tema.

    O presidente também mencionou a agenda diplomática cheia que terá nos próximos dias, incluindo visitas do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto. Ele destacou a possibilidade de que a imposição de um maior IOF possa ser vista à luz de decisões anteriores do STF, que aprovaram aumentos do imposto em gestões passadas, como durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso e Jair Bolsonaro.

    A ação do Congresso e a reação do governo levantam questões sobre o equilíbrio de poderes e a capacidade do Executivo de implementar suas políticas fiscais em um ambiente democrático e plural. A situação reflete não apenas as complexidades políticas internas do Brasil, mas também o impacto que delas decorre sobre a administração pública e a sociedade civil.

  • INTERNACIONAL – Lula Defende Brics como Alternativa ao Multilateralismo Tradicional em Cúpula no Rio: “Não Nasceu para Afrontar Ninguém” e Critica Austeridade do FMI

    Na última segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações significativas a respeito do Brics, grupo formado por países emergentes, logo após a 17ª Cúpula de Líderes, realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro. Durante sua coletiva de imprensa, Lula destacou que o Brics não nasceu com a intenção de desafiar nenhum país, mas sim como uma alternativa política que prioriza a solidariedade entre nações.

    “O Brics é um novo modelo, que visa a colaboração, e não um confronto”, afirmou Lula, enfatizando a necessidade de mudar a maneira como a política global é conduzida. O presidente também criticou o atual sistema de governança internacional, notadamente o Fundo Monetário Internacional (FMI), que, segundo ele, tem imposto políticas de austeridade ineptas que levam países em desenvolvimento à falência.

    Lula sustentou que o modelo de empréstimos do FMI, frequentemente atrelado a exigências rigorosas, tem exacerbado as dificuldades financeiras dos países mais pobres, tornando suas dívidas cada vez mais impagáveis. Ele também questionou a estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que permite que apenas cinco dos 15 membros tenham assento permanente e poder de veto, o que, segundo ele, é inadmissível em um mundo em mudança.

    O presidente evocou o aumento de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial, mencionando eventos como a guerra do Iraque e invasões da Líbia e da Ucrânia. Lula salientou que a percepção de impotência do Conselho de Segurança em evitar guerras mina a credibilidade da ONU na mediação de conflitos.

    Além dessas questões, Lula manifestou apoio à ideia de que Brasil e Índia desempenhem papéis mais significativos no Conselho de Segurança da ONU, como respondido na declaração final da cúpula, que contou com apoio dos líderes da China e da Rússia.

    Lula dedicou parte de sua fala à situação na Faixa de Gaza, condenando a ofensiva israelense e caracterizando os ataques como genocídio, um ponto que já havia abordado anteriormente.

    O Brics, atualmente, é composto por 11 países membros e 10 parceiros, e apresenta-se como um espaço inclusivo, não como um “clube de privilegiados”, conforme ressaltou Lula, defendendo que o grupo está aberto à adesão de novas nações. Em sua análise sobre o comércio, ele abordou a ideia de transações em moedas locais, sugerindo que a dependência do dólar americano precisa ser superada, embora reconheça os desafios históricos desse movimento.

    Por fim, o Brics, que representa 39% da economia global e abrange quase metade da população mundial, continua a se consolidar como uma alternativa viável de cooperação internacional, à medida que busca transformar suas relações econômicas e sociais. A presidência do bloco será assumida pela Índia em 2026, após o período de liderança brasileira.

  • ALAGOAS – Hemoal Realiza Coleta de Sangue na Justiça Federal de Alagoas para Fortalecer Estoque Sanguíneo

    O Hemocentro de Alagoas (Hemoal) realizará uma importante ação nesta terça-feira, dia 8, das 9h às 16h, com uma coleta externa de sangue na sede da Justiça Federal de Alagoas (JFAL), localizada no conjunto José Tenório, no bairro Serraria, em Maceió. A atividade é destinada principalmente aos trabalhadores do Poder Judiciário Federal e tem como objetivo reforçar o estoque sanguíneo da entidade, que depende dessas doações para continuar suas operações de maneira eficaz.

    Para participar como doador, é necessário atender aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Os voluntários devem, inicialmente, estar em bom estado de saúde, ter entre 16 e 69 anos, pesar pelo menos 50 quilos e portar um documento oficial de identificação com foto. São impedidas de doar pessoas diagnosticadas com doenças transmissíveis por transfusão, como doença de Chagas, Aids, sífilis e hepatite após os 11 anos de idade. Mulheres grávidas ou amamentando também não podem participar da doação.

    Mais diretrizes precisam ser seguidas: o doador não deve ter consumido bebidas alcoólicas antes da coleta e deve estar adequadamente alimentado, evitando alimentos gordurosos e garantindo um mínimo de seis horas de sono na noite anterior. Indivíduos que passaram por procedimentos como tatuagem, maquiagem definitiva, micropigmentação ou colocação de piercing devem aguardar um período de um ano antes de doar. Para doações subsequentes, o intervalo mínimo é de dois meses para homens e três meses para mulheres.

    Essa iniciativa do Hemoal é mais uma tentativa de facilitar o acesso à doação de sangue e garantir que os bancos de sangue estejam sempre preparados para emergências. A expectativa é que a solidariedade dos servidores do Judiciário alagoano contribua significativamente para essa causa nobre.

  • Junqueiro/AL Celebra 78 Anos com Festividades Prolongadas e Homenagem a Tarcísio de Jesus

    A cidade de Junqueiro, em Alagoas, se prepara para uma semana de intensas comemorações em celebração aos 78 anos de sua emancipação política. O ponto alto das festividades será na próxima quarta-feira, dia 9, mas o entusiasmo já tomou conta dos moradores desde o último domingo, quando uma vibrante corrida de rua reuniu mais de 600 participantes. Essa competição foi organizada como parte do projeto “Saúde em Movimento”, uma ação destinada a promover a prática esportiva e o bem-estar entre as pessoas da comunidade local. O prefeito, Leandro Silva, destacou que as celebrações tiveram início no sábado, com um encontro em sua residência que reuniu pastores e líderes de todas as igrejas evangélicas de Junqueiro.

    Este ano, a corrida teve um significado especial ao homenagear o saudoso ex-deputado Tarcísio de Jesus, uma figura marcante na história do município. Nascido em 25 de agosto de 1923 no engenho Cambuí, ele teve uma carreira política sólida, sendo eleito deputado por seis mandatos consecutivos. A homenagem foi recebida por sua filha, Rita Correia, ex-vereadora por Maceió, que representou a família. A comemoração prosseguiu durante a tarde com desfiles de bandas fanfarras, que trouxeram um repertório musical diversificado, animando ainda mais o público presente.

    As comemorações pelo aniversário de Junqueiro continuarão até a quinta-feira, dia 10, com uma programação repleta de eventos. Estão previstas inaugurações, entrega de veículos e assinatura de ordens de serviço, contribuindo para o desenvolvimento da cidade. Além disso, a agenda cultural será intensa, com shows de música gospel e atrações de música popular que prometem engajar e entreter a comunidade local. Esta série de eventos reafirma o compromisso do município em celebrar seu passado, enquanto olha com otimismo para o futuro.

    VEJA O DESFILE DE BANDAS FANFARRAS

  • Vigilância Sanitária Retira Entulho e Enfrenta Proliferação de Roedores em Residência de Santa Amélia, Maceió

    Na última segunda-feira (7), a Vigilância Sanitária de Maceió (Visa) realizou uma ação de limpeza em um imóvel localizado no bairro Santa Amélia, onde foram recolhidas duas caçambas de entulho. Esta operação foi motivada por denúncias de moradores que relataram a presença excessiva de lixo e detritos, evidenciando uma situação preocupante de abandono e descaso.

    Segundo Airton Santos, chefe especial da Visa, a residência apresentava risco à saúde pública, com sinais claros da proliferação de roedores, escorpiões e baratas. A equipe, ao chegar ao local, constatou a presença de uma quantidade significativa de materiais acumulados, além de um forte odor que indicava a degradação e a possibilidade de contaminação. Essa situação não apenas afeta os moradores daquela residência, mas também coloca em risco a saúde e bem-estar da comunidade vizinha.

    A operação teve o apoio da Autarquia de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), que se juntou aos esforços da Vigilância Sanitária para garantir a limpeza e a segurança no bairro. A combinação de lixo acumulado, juntamente com pragas urbanas, torna o ambiente insalubre e pode contribuir para a propagação de doenças, o que torna essa ação ainda mais relevante e urgente.

    As denúncias feitas pelos residentes são um exemplo da importância da participação da comunidade na manutenção da saúde pública e do meio ambiente. Vigilância e ação rápida são essenciais para lidar com situações de abandono e acúmulo de lixo, que podem metamorfosear-se em graves problemas sanitários.

    Essa operação serve como um alerta não apenas para os moradores do Santa Amélia, mas para toda a cidade, sobre a necessidade de zelar pelos espaços públicos e privados, garantindo ambientes saudáveis e livres de riscos para a saúde. A colaboração entre a população e órgãos de vigilância é fundamental para a prevenção de situações similares no futuro.

  • Stealthing: O Silêncio da Violência Sexual e a Luta por Justiça e Reconhecimento no Brasil

    Stealthing: Uma Nova Fronteira do Crime Sexual

    A prática do stealthing, embora ainda não amplamente reconhecida no Brasil, está emergindo como uma grave preocupação no âmbito da violência de gênero e do consentimento sexual. O termo se refere à remoção não consensual do preservativo durante a relação sexual, em um momento em que a parceira ou parceiro acreditava estar protegido. Trata-se de uma violação que passa frequentemente despercebida, mas que é, sem dúvida, uma forma de agressão sexual.

    Especialistas no campo do direito penal, como o advogado e criminólogo Rafael Santos, enfatizam a gravidade dessa prática: “Não há diferença entre um ‘sim’ com preservativo e um ‘não’ sem ele. O consentimento é sempre condicionado, e ao romper esse limite, há um claro abuso”. A discussão sobre o stealthing está apenas começando no Brasil, embora países como a Califórnia já tenham avançado, proibindo a prática oficialmente desde 2021. Essa proibição internacional traz à luz a atenção necessária para as novas formas de violência sexual que se manifestam no século XXI.

    Um levantamento realizado pela Fiocruz, divulgado em 2025, trouxe à tona dados preocupantes, apontando que cerca de 9% das mulheres brasileiras já foram vítimas dessa prática, e alarmantes 70% delas nunca relataram o incidente a ninguém. As razões para o silêncio são variadas e incluem vergonha, medo de não serem levadas a sério, além de uma insegurança jurídica sobre como proceder. Como aponta Santos, “as vítimas enfrentam dificuldades até mesmo para nomear o que vivenciaram”.

    No Congresso Nacional, tramita um projeto que visa criminalizar especificamente o stealthing, prevendo penas que variam de seis meses a dois anos de detenção. Essa iniciativa é inspirada em legislações internacionais, como a da Holanda, responsável por classificar a prática como uma violação grave, mesmo em contextos de consentimento aparente. Recentemente, decisões judiciais, incluindo a concessão de aborto legal para vítimas que engravidaram após stealthing, indicam uma mudança de postura na jurisprudência brasileira.

    Entretanto, o desafio não se limita apenas ao Código Penal. O stealthing representa uma nova camada da violência de gênero, em que o corpo feminino é explorado sem permissão, mesmo sob a fachada de um encontro consensual. A traição da confiança é silenciosa, mas suas consequências podem ser devastadoras e irreparáveis.

    “Estamos discutindo a autonomia sexual da mulher”, afirma Santos, reforçando a necessidade de um sistema de justiça preparado para entender que o abuso pode se manifestar em situações de ambiguidade e silêncio. Enquanto o mundo avança em tecnologias como inteligência artificial e deepfakes, temas que afetam a privacidade, o stealthing se destaca como uma questão crítica que exige uma resposta da sociedade. Essa resposta deve começar pela escuta, reconhecimento e proteção das vítimas.

  • CSA sofre segunda derrota seguida e alerta é ligado na Série C do Brasileiro; time ainda se mantém entre os oito primeiros, mas situação é preocupante.

    O CSA enfrentou uma nova desilusão no Campeonato Brasileiro da Série C ao ser derrotado pelo Caxias por 3 a 2, marcando a segunda derrota consecutiva da equipe. Apesar do revés, o clube se mantém numa posição relativamente segura entre os oito primeiros, que garantem uma vaga na fase decisiva do torneio. Atualmente, o CSA ocupa a sexta posição, com 16 pontos conquistados, ainda que haja a possibilidade de uma queda para o sétimo lugar se o São Bernardo vencer o Botafogo-PB na noite desta segunda-feira.

    No entanto, a sequência de derrotas gerou um clima de preocupação dentro do Azulão. Se há duas semanas a equipe estava com a chance de assumir a liderança, hoje a realidade é diferente. O CSA não só está distante do primeiro colocado, com uma desvantagem de oito pontos, como também encontra-se apenas três pontos à frente do Figueirense, que ocupa a 13ª colocação. Isso levanta um sinal de alerta para o time, que precisa reencontrar o caminho das vitórias o quanto antes.

    A próxima oportunidade para o CSA buscar a recuperação será na próxima segunda-feira, dia 14, quando enfrenta o Retrô às 19h30 na Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, PE. Contudo, antes desse desafio, o time terá um compromisso decisivo pela Copa do Nordeste. Na quarta-feira, dia 9, o CSA irá medir forças contra o Ferroviário no Estádio Rei Pelé, em Maceió, a partir das 19h. Esse jogo será crucial para o futuro da equipe na competição regional, que pode oferecer uma chance de recuperação psicológica e de moral.

    Com o elenco tendo que lidar com a pressão de resultados, o técnico e os jogadores terão um papel essencial na busca por uma nova postura e estratégias que possam reverter o momento negativo. O CSA ainda possui tempo e potencial para se consolidar entre os primeiros da Série C, mas exigirá foco e determinação nas próximas partidas.

  • Ministro Silveira afirma que Brasil caminhava para isolamento global durante governo Bolsonaro, destacando importância do BRICS para a transição energética.

    Na última segunda-feira, 7 de julho de 2025, em uma entrevista coletiva, o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, fez declarações contundentes sobre a trajetória diplomática do país durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o ministro, o Brasil estava à beira de um isolamento global, afastando-se das importantes discussões internacionais. Silveira enfatizou que o BRICS, um bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é fundamental para abordar questões cruciais, como a transição energética, que exige cooperação e diálogo entre nações.

    Durante sua fala, o ministro destacou a importância de reintegrar o Brasil ao cenário mundial e retomar as conversas sobre iniciativas que promovam uma economia sustentável. Ele afirmou que, na atual administração, há um compromisso renovado de participação ativa em fóruns internacionais, onde se debatem temas essenciais para o futuro do planeta.

    Silveira também abordou a questão dos preços dos combustíveis, garantindo que o governo está atuando para combater práticas comerciais que possam prejudicar o consumidor. Ele ressaltou que a equipe do Planalto está empenhada para que as reduções nos preços feitas pela Petrobras sejam imediatamente refletidas nas bombas de combustíveis em todo o Brasil.

    Em relação a investimentos significativos, como o aporte de R$ 70 bilhões da Vale na região de Carajás, no Pará, o ministro declarou que a exploração mineral deve respeitar as legislações brasileiras, que ele considera rigorosas e modernas. A ecoeficiência e a conformidade com as normas ambientais foram apontadas como prioridades nas negociações sobre a exploração de minerais.

    O objetivo, segundo Silveira, é encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental, garantindo que as atividades mineradoras contribuam para o progresso do país sem comprometer as reservas naturais. A afirmação de que “é preciso um rigoroso cumprimento da legislação ambiental” corrobora a ideia de que, no atual governo, há uma nova abordagem em relação ao desenvolvimento e às questões internacionais.

  • ECONOMIA – Produção de Veículos Cresce 7,8% em 2025, Mas Setor Enfrenta Desafios no Segundo Semestre e Preocupa com Quedas em Junho

    No primeiro semestre de 2025, a produção de veículos no Brasil aumentou 7,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando a marca de 1,226 milhões de unidades. A divulgação desse dado foi realizada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e representa uma recuperação significativa em um setor que enfrentou dificuldades nos últimos anos. Contudo, a entidade alerta que o cenário para o segundo semestre pode ser desafiador, guiando preocupações sobre a continuidade desse crescimento.

    As vendas de veículos durante os primeiros seis meses do ano totalizaram 1,199 bilhão de unidades, o que corresponde a um aumento de 4,8% se comparado com o primeiro semestre de 2024. O resultado é positivo, mas as projeções para os próximos meses indicam que podem surgir obstáculos, levando a uma cautela por parte dos fabricantes e do mercado como um todo.

    Outro destaque do balanço foi a impressionante alta de 59,8% nas exportações, atingindo 264,1 mil unidades. Esse aumento é parcialmente atribuído à recuperação do mercado argentino, que se tornou um destino cada vez mais importante para os veículos brasileiros. Na verdade, 60% dos veículos exportados no semestre foram enviados para a Argentina, o que revela a crescente dependência do Brasil em relação ao país vizinho.

    Em contrapartida, as importações também cresceram, com um aumento de 15,6%, totalizando 228,5 mil unidades. O presidente da Anfavea, Igor Calvet, expressou sua preocupação com a entrada de veículos chineses no mercado nacional, alertando para o risco de desindustrialização. Ele enfatizou que esse crescimento nas importações representa um volume equivalente à produção anual de uma grande fábrica nacional, o que levanta questões sobre a sustentabilidade do setor.

    Em junho, a produção caiu para 200,8 mil unidades, uma redução de 6,5% em relação a maio e uma queda de 4,9% comparado ao mesmo mês do ano anterior. Da mesma forma, as vendas no último mês totalizaram 212,9 mil, apresentando diminuições sob as mesmas comparações. As exportações também sofreram queda, embora ainda tenham se mostrado superiores aos números de junho de 2024.

    Calvet criticou as quedas em junho, considerando que o dia útil a menos em relação a maio não justifica a diminuição nas atividades do setor. Ele destacou a perda de mais de 600 empregos diretos, um sinal preocupante para a saúde do mercado automotivo. A expectativa é que o setor se mobilize para enfrentar esses desafios e busque novas estratégias para garantir sua estabilidade e crescimento no futuro.