Categoria: Tribuna do Sertão

  • Brasil Caminha para o Fim do Dinheiro em Espécie: Impactos da Digitalização e Desafios da Inclusão Financeira são Debatidos por Especialistas

    Nos últimos anos, a discussão sobre a possível extinção do dinheiro em espécie tem ganhado força globalmente. Especialistas projetam que, até 2030, muitos países, incluindo o Brasil, poderão reduzir significativamente, ou até eliminar, o uso de cédulas e moedas. Esse movimento é impulsionado pelo avanço das tecnologias digitais, que incluem ferramentas como o PIX, bancos digitais, criptomoedas e iniciativas de moedas digitais governamentais, como o Drex, a versão digital do real.

    A transição para um sistema predominantemente digital está se consolidando como uma tendência mundial. Economistas argumentam que a substituição do dinheiro físico por meios de pagamento eletrônicos pode trazer numerosos benefícios, entre eles a agilidade nas transações, maior controle fiscal e segurança aprimorada contra crimes como roubo e falsificação. No entanto, o potencial fim do dinheiro físico suscita relevantes preocupações sociais e econômicas.

    Uma das principais questões é o risco de exclusão de indivíduos que não têm acesso a essas novas tecnologias, especialmente aqueles em áreas mais vulneráveis ou em situações financeiras precárias. Além disso, a dependência total de sistemas digitais levanta preocupações sobre a segurança das informações e a possibilidade de apagões tecnológicos, que poderiam paralisar transações e causar transtornos consideráveis em uma sociedade cada vez mais conectada. Outro ponto de discussão é o controle que os governos podem exercer sobre as transações pessoais, que, sob a ótica da privacidade, gera debate sobre a autonomia do cidadão em um cenário de vigilância crescente.

    No Brasil, o Banco Central tem se mostrado cauteloso ao afirmar que não existe uma data definida para a completa extinção do dinheiro físico. Entretanto, é inegável que o uso de papel moeda tem diminuído ao longo dos últimos anos, refletindo uma tendência inevitável de digitalização da economia. Caso o dinheiro convencional realmente desapareça, a economia informal, que abrange milhões de brasileiros, pode ser profundamente afetada, exigindo que muitos se adaptem rapidamente a novas formas de pagamento.

    A digitalização promete modernizar o sistema financeiro, mas isso também demanda um esforço significativo em prol da inclusão financeira. A transição deve ser acompanhada por políticas que garantam que todos os cidadãos tenham acesso igualitário às novas tecnologias, assegurando que ninguém fique para trás nesse processo de transformação.

  • Vírus da Herpes Simples Manipula DNA Humano para Facilitar Sua Reprodução: Estudo Revela Estratégia Inesperada do HSV-1 em Células Infectadas.

    Recentemente, um estudo inovador revelou que o vírus da herpes simples tipo 1 (HSV-1), conhecido por causar herpes labial, possui a extraordinária capacidade de manipular o DNA humano para favorecer sua própria reprodução. Essa pesquisa, realizada por cientistas do Centro de Regulação Genômica (CRG), em Barcelona, revelou uma faceta surpreendente do HSV-1: além de invadir as células hospedeiras, o vírus interfere na estrutura tridimensional do DNA, atuando quase como um “designer de interiores” do material genético.

    A primeira autora da pesquisa, Esther González Almela, esclarece que essa adaptação não é um mero efeito colateral da infecção, mas sim uma estratégia intencional empregada pelo vírus algumas horas após sua entrada nas células. O HSV-1 visa aproximar genes que favorecem sua replicação, ao mesmo tempo que suprime aqueles que poderiam comprometer esse processo.

    Utilizando tecnologias de ponta em imagem e análise de DNA, os pesquisadores observaram que, em questão de uma hora após a infecção, o vírus sequestra a enzima RNA-polimerase II, crucial para a produção de proteínas, direcionando-a a regiões específicas da célula onde seu material genético é replicado. Plataformas adicionais, como a topoisomerase I e a coesina, são recrutadas para auxiliar na estruturação do DNA. Isso resulta em uma drástica compactação da cromatina, reduzindo seu volume em até 70%, e consequentemente interrompendo a ativação de genes humanos.

    O coautor do estudo, Álvaro Castells García, destacou a revelação intrigante de que a densidade da cromatina não apenas silencia genes, mas que essa relação entre a atividade genética e a estrutura do DNA pode se manifestar de maneira bidirecional. Com a pesquisa identificando a topoisomerase I como uma enzima crítica para a manipulação do DNA pelo vírus, os cientistas sugerem que bloquear sua atividade pode ser uma forma eficaz de impedir a replicação viral.

    Apesar de o HSV-1 ser amplamente comum e em muitos casos assintomático, ele pode provocar complicações graves, como encefalite e cegueira, especialmente em populações vulneráveis. Os resultados desse estudo fornecem um novo entendimento sobre as interações entre o vírus e o material genético humano, abrindo portas para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes que possam impedir que o vírus exerça controle sobre o DNA do hospedeiro.

    A descoberta oferece uma esperança significativa na luta contra o HSV-1 e ressalta a complexidade das interações entre vírus e células humanas, sugerindo que o entendimento aprofundado dos mecanismos de infecção pode levar a terapias inovadoras no futuro.

  • China lança incentivos fiscais de até 10% para atrair investimento estrangeiro em meio a tensões comerciais com EUA e Europa, buscando restaurar confiança no mercado.

    Em um contexto de crescente incerteza geopolítica, a China anunciou uma série de novos incentivos fiscais visando atrair investimentos estrangeiros, destacando-se das políticas mais restritivas adotadas por países como os Estados Unidos. Essas iniciativas, comunicadas por três agências governamentais, permitem que empresas internacionais deduzam até 10% do valor repatriado em impostos locais quando reinvestirem seus lucros na economia chinesa.

    A medida surge em um momento crítico para a economia da China, que enfrenta desafios significativos, como tensões comerciais com os EUA e a União Europeia, além da recente onda de desinvestimentos que resultou em uma saída líquida de capital de US$ 168 bilhões em 2024 — o pior resultado desde 1990. Deste modo, o governo chinês visa criar um ambiente de negócios mais atraente, reafirmando sua disposição para se integrar ao mercado global e garantir estabilidade para investidores externos.

    Os incentivos fiscais anunciados não são apenas uma forma de atrair capital, mas também de estimular o crescimento econômico no país. Eles incluem a possibilidade de transferir créditos fiscais não utilizados até o final de 2028, além de permitir que os lucros reinvestidos sejam utilizados para abrir novos negócios ou adquirir ações de empresas não afiliadas, desde que não sejam listadas em bolsa. Essa abordagem pretende não apenas aumentar a confiança dos investidores, mas também criar um ciclo positivo de reinvestimento no território chinês.

    Enquanto a China busca aumentar a atratividade de seu mercado, os Estados Unidos têm adotado uma abordagem oposta, reforçando tarifas e restrições ao comércio. Essa discrepância nas políticas comerciais faz com que muitos analistas considerem a iniciativa chinesa como uma estratégia crucial para garantir sua relevância nas cadeias de suprimentos globais e impulsionar a recuperação econômica.

    O compromisso de integração da China com a economia mundial foi reiterado pelo premiê Li Qiang durante o Fórum Econômico Mundial, onde enfatizou a importância do investimento estrangeiro para a geração de empregos e a transferência de tecnologia. Mesmo como a segunda maior receptora de investimento do mundo, a China experimentou uma queda de 13,2% nos aportes no primeiro trimestre de 2025, pressionando ainda mais sua administração a agir.

    Diante deste cenário, as novas iniciativas fiscais refletem uma determinação não apenas de restaurar o fluxo de capital estrangeiro, mas também de assegurar que o país continue a ser um destino preferido para investidores em um ambiente econômico global cada vez mais competitivo.

  • Aline Soraya: Enfermeira, Empreendedora e Transformadora da Saúde em Alagoas após Duas Décadas de Dedicação e Inovação na Enfermagem e Cuidados Domiciliares.

    Aline Soraya de Carvalho é uma profissional multifacetada com uma trajetória notável no sistema de saúde de Alagoas, dedicando-se ao atendimento e à formação de novos profissionais há mais de 20 anos. Enfermeira, estomaterapeuta, mestre e professora universitária, Aline também se lançou no mundo do empreendedorismo, trazendo inovações significativas para a sua área.

    Desde o início de sua carreira, Aline mostrou-se movida pela paixão de cuidar das pessoas. Sua jornada começou na graduação em Enfermagem, quando, em busca de uma renda extra, decidiu vender roupas e acessórios. Essa experiência não apenas a ajudou financeiramente, mas também despertou seu instinto empreendedor. “Foi um período de autodescoberta que me deixou com vontade de crescer mais”, recorda Aline, refletindo sobre suas experiências iniciais.

    Após completar sua formação, Aline enfrentou uma rotina extenuante que exigiu sacrifícios pessoais, como momentos em família, enquanto trabalhava em empregos com instabilidade. Em 2009, deu um passo importante ao se tornar professora efetiva na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, um papel que ela descreve como tanto uma realização profissional quanto uma enorme responsabilidade. Contudo, foi no empreendedorismo que Aline encontrou uma nova direção: em 2017, decidiu abrir uma unidade da Cuidare Brasil, uma franquia voltada para cuidados domiciliares, buscando aliar sua carreira ao desejo de passar mais tempo com seus filhos.

    A Cuidare Maceió, sob sua liderança, rapidamente se destacou na região, proporcionando cuidados especializados a mais de 500 pacientes em seus oito anos de operação. Aline, ao lado da sócia Michella Carvalho, enfrentou desafios iniciais, como a necessidade de promover o negócio em um mercado competitivo. O investimento em marketing e ações diretas na comunidade, como aferição de pressão arterial gratuita, foram algumas das estratégias que ajudaram a solidificar a presença da marca na cidade.

    A pandemia de Covid-19 apresentou um teste severo para a empreendedora, pois as medidas de isolamento reduziram substancialmente a demanda por atendimentos domiciliares. Mas, com perseverança, a Cuidare Maceió conseguiu se reerguer, demonstrando a resiliência da equipe.

    Aline enfatiza a importância de um serviço de saúde bem estruturado, pois acredita que ele pode transformar vidas e fortalecer a economia local. Ela almeja não apenas formar profissionais qualificados, mas também inspirar mudanças significativas na realidade da saúde na região Nordeste. “Fortalecer o Nordeste é possível e deve ser prioridade. Acredito no nosso potencial para liderar e inovar”, conclui Aline, com a determinação de continuar impactando a vida das pessoas ao seu redor.

  • Carro Perde Controle e Invade Ciclofaixa na Avenida Álvaro Otacílio Durante Acidente Sem Vítimas na Madrugada desta Terça-feira

    Na madrugada desta terça-feira, dia 1º, um incidente notável ocorreu na Avenida Álvaro Otacílio, em um horário em que o tráfego na via é normalmente reduzido. Por volta das 4h30, um veículo que seguia pela via no sentido Jatiúca em direção a Ponta Verde perdeu o controle e causou danos consideráveis. O carro, em uma sequência de eventos, colidiu com um separador de concreto, girou e acabou invadindo a ciclofaixa, parando sobre a calçada.

    O impacto foi severo o suficiente para deixar a dianteira do veículo completamente destruída. De acordo com as primeiras observações, o pneu traseiro foi arrancado durante a colisão, e o pneu dianteiro esquerdo também sofreu danos significativos. Embora a situação tenha sido complicada, o motorista, felizmente, não parece ter sofrido ferimentos graves e recebeu atendimento no local.

    Marcas de frenagem na pista sugerem que o condutor tentou realizar uma manobra para evitar o impacto, indicando uma possível perda de controle antes da colisão final. Essa tentativa de evitar o acidente, no entanto, não foi bem-sucedida, resultando no veículo atravessando a contramão e parando abruptamente.

    Em resposta ao ocorrido, o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) foi imediatamente acionado. Os agentes de trânsito se dirigiram à cena para auxiliar na remoção do carro e na liberação da via, que acabou sendo temporariamente interditada em função do acidente. Situações como essa ressaltam a importância de atenção redobrada ao volante, especialmente em horários de menor movimento.

    Este episódio, embora sem feridos, levanta questões sobre a segurança nas vias e o estado de conservação das infraestruturas, além da necessidade de conscientização dos motoristas sobre a importância de manter a atenção e o controle do veículo em todas as circunstâncias. A presença de ciclistas e a adaptação das ciclovias se torna ainda mais relevante, considerando a proximidade e a vulnerabilidade desses usuários no trânsito.

  • Xameguinho é homenageado em velório emocionado, celebrando legado do forró e a influência marcante do ícone musical na cultura nordestina.

    Na manhã desta terça-feira, 1º de outubro, o Parque das Flores em Maceió foi um cenário de profunda emoção, enquanto amigos, familiares e admiradores se reuniram para prestar a última homenagem ao renomado cantor e sanfoneiro Sebastião José Ferreira Maximíno, conhecido como Xameguinho. Ícone do forró, sua partida, ocorrida na madrugada do dia 30 por um provável infarto aos 62 anos, deixou uma lacuna imensa na música nordestina e no coração de seus fãs.

    A cerimônia foi marcada por lágrimas, sorrisos e memórias, resgatando momentos da vida de um artista cuja paixão pelo forró ecoou por mais de cinco décadas. Com a melodia da canção “Da vida não levo nada”, de Nenéo, as homenagens começaram, reforçando o impacto que Xameguinho teve na cultura brasileira. O músico Geraldo Cardoso ressaltou o talento extraordinário de Xameguinho, afirmando que sua contribuição vai muito além de ser apenas um sanfoneiro; ele foi um verdadeiro maestro da música popular, criando arranjos que reverberaram até em palcos internacionais.

    O lamento pela perda foi ainda mais intensificado pelo produtor cultural Marcos Assunção, que expressou a sensação de perda de um mestre, amigo e fonte de inspiração. Xameguinho, que estava no auge de sua carreira, não apenas representou o forró, mas também ajudou a moldar a cena musical em Alagoas e além.

    Natural de Atalaia e influenciado por grandes nomes como Luiz Gonzaga, Xameguinho começou sua trajetória musical aos 12 anos e, ao longo de sua carreira, se destacou como arranjador, produtor e proprietário do Stúdio Xamego, espaço que acolheu diversos artistas do cenário nordestino. Sua música transcendeu gerações, capturando um novo público jovem nos últimos anos com canções que viralizaram nas redes sociais, evidenciando seu estilo inconfundível e suas letras repletas de emoção.

    A despedida de Xameguinho não foi apenas uma celebração de sua vida, mas também um reconhecimento de seu legado. Amigos e artistas refletiram sobre seu impacto e generosidade, destacando o quanto ele criou oportunidades de aprendizado e crescimento para novos talentos. O jovem artista Anderson Fidellis compartilhou suas lembranças de encontros com Xameguinho no estúdio, ressaltando a importância desses momentos e a influência que o artista teve em sua carreira.

    Com uma vasta discografia que inclui álbum como “Do Jeito do Meu Coração” e “Só Xamego”, bem como colaborações com outros grandes nomes da música, Xameguinho deixará uma herança musical duradoura. Sua estrela brilhará sempre no céu do forró, enquanto sua música continua a tocar os corações das pessoas. A despedida foi um momento de reconhecimento da grandeza e do amor que ele inspirou em todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

  • Greve na Educação em Alagoas: Professores exigem reajuste salarial de 10% após proposta de 4,83% do governo ser considerada insuficiente. Mobilização ganha força.

    Greve da Educação em Alagoas: Professores Demandam Reajuste Maior em meio a Insatisfação

    Na última terça-feira, 1º de outubro, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) comunicou que a rede estadual de ensino entrou em greve. A decisão foi tomada após o recesso escolar e surge da insatisfação generalizada entre os profissionais da educação com a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo do estado. O aumento de 4,83% foi considerado insuficiente pela categoria, que reivindica um percentual de 10%.

    Izael Ribeiro, presidente do Sinteal, criticou a postura irredutível do governo de Paulo Dantas durante as negociações. Segundo ele, existem recursos destinados à educação que poderiam possibilitar um reajuste maior do que o proposto. “Sabemos que existem recursos na Educação que possibilitam um salto maior nesse percentual”, afirmou Ribeiro, enfatizando a necessidade de um investimento mais significativo no setor.

    A mobilização dos trabalhadores da educação começou na semana anterior e culminou em um ato de protesto na Praça do Centenário, em Maceió. O evento, que ocorreu às 9h desta segunda-feira, atraiu a atenção de diversos segmentos da sociedade, evidenciando a luta dos educadores por condições de trabalho e remuneração mais dignas.

    Ribeiro acrescentou que a luta deste ano se concentra na busca por um reajuste de 10%, além de garantir que os pontos acordados em campanhas anteriores sejam cumpridos. “Temos mantido a cobrança constante com a Seduc, pressionando pelo cumprimento dos acordos que ainda não foram honrados pelo Estado”, ressaltou o líder sindical, ressaltando que, apesar das vitórias passadas advindas da mobilização, ainda resta muito a ser conquistado.

    A questão salarial é uma das principais preocupações da categoria, especialmente em relação ao piso salarial dos profissionais de nível superior, que tem cometido um achatamento nas carreiras. O Sinteal está determinado a levar a demanda de 10% para os debates da data-base, em maio, onde as reivindicações serão apresentadas novamente, buscando assegurar uma valorização adequada aos educadores alagoanos.

  • Xabi Alonso elogia desempenho dos clubes brasileiros e reconhece importância do Mundial de Clubes na coletiva antes de confronto contra a Juventus.

    O Real Madrid, um dos gigantes do futebol europeu, não está na mesma chave que os representantes brasileiros na Copa do Mundo de Clubes, o que significa que um confronto direto com Palmeiras ou Fluminense só poderá ocorrer em uma possível final. Entretanto, o técnico Xabi Alonso não deixou de prestar atenção ao desempenho dos times sul-americanos na competição, evidenciando o que considera um forte potencial dos clubes do Brasil.

    Em uma coletiva antes do jogo contra a Juventus, pelas oitavas de final do torneio, Alonso elogiou a qualidade exibida pelos clubes brasileiros. Ele destacou não apenas a importância dessa competição para os clubes, mas também a emoção que ela provoca nos torcedores. “Os brasileiros demonstram claramente o que esse Mundial representa para eles, tanto em termos de rivalidade quanto de expectativa”, declarou o treinador.

    O Real Madrid vive um momento de elevada adrenalina e jogar contra equipes do continente sul-americano é sempre um desafio. Apesar de afirmar que não acompanha de perto o futebol brasileiro por conta das diferenças de horário, Alonso é consciente do que pode esperar de um possível adversário que venha da América do Sul, considerando que os clubes brasileiros têm feito boas campanhas e se mostrado competitivos.

    Em relação aos resultados até aqui, as equipes brasileiras demonstraram um desempenho superior. O Flamengo, apesar de uma derrota nas oitavas de final para o Bayern de Munique, teveum desempenho notável ao vencer o Chelsea por 3 a 1 na fase de grupos. O Fluminense também se destacou, empatando sem gols com o Borussia Dortmund e vencendo a Inter de Milão por 2 a 0, evidenciando seu potencial e força no torneio. Não menos importante, o Palmeiras conseguiu um empate sem gols contra o Porto, enquanto o Botafogo, apesar da derrota para o Atlético de Madrid por 1 a 0, obteve uma vitória expressiva contra o Paris Saint-Germain, também pelo mesmo placar.

    Esses resultados refletem uma crescente competitividade dos clubes brasileiros em cenários internacionais, algo que Xabi Alonso reconhece e valoriza. Ele salientou que, embora a atenção do Real Madrid geralmente se concentre no futebol europeu devido aos horários mais adequados para acompanhamento, o talento e a qualidade do futebol sul-americano são inegáveis. “Lá fora, também se fazem coisas muito boas e isso é benéfico para todos”, comentou.

    Dessa forma, mesmo sem a possibilidade de um confronto imediato, o Real Madrid se mantém atento ao desenrolar da Copa do Mundo de Clubes, ciente da força que as equipes brasileiras podem trazer para a competição. A expectativa é de que, se houver um encontro nas fases finais, tanto a torcida quanto os jogadores se mobilizem para um duelo que promete ser emocionante. A evolução e os resultados obtenidos até agora pelos times brasileiros reforçam a ideia de que a rivalidade no futebol é cada vez mais intensa e que todos os clubes devem ser respeitados, independentemente de sua origem territorial. Com a trajetória notável dos representantes do Brasil, a próxima fase promete surpresas e confrontos eletrizantes no Mundial de Clubes.

  • Polônia Desconsidera Adesão da Ucrânia à OTAN em meio ao Conflito com a Rússia, Afirma Presidente Eleito Karol Nawrocki

    Na atual conjuntura geopolítica, a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi considerada inviável pelo presidente eleito da Polônia, Karol Nawrocki. Durante uma entrevista à emissora Polsat, realizada no dia 30 de junho, ele ressaltou que o contexto da guerra em que a Ucrânia se encontra impossibilita qualquer discussão sobre a candidatura do país à aliança militar ocidental. Segundo Nawrocki, a adesão da Ucrânia significaria a participação automática dos países da OTAN no conflito, o que ele considera problemático.

    Além de descartar a entrada ucraniana na OTAN, o líder polonês também se opôs à adesão incondicional da Ucrânia à União Europeia. Ele argumentou que muitos países, incluindo a Polônia, têm esperado por muitos anos para se tornarem membros da UE, o que indica a necessidade de respeitar um processo gradual de integração.

    A Ucrânia, que modificou sua Constituição em 2019 para formalizar seu objetivo de se aproximar da União Europeia e da OTAN, enfrenta agora obstáculos significativos, sobretudo devido à situação de guerra ativa que enfrenta. Esta condição é uma das principais barreiras para a adesão, além da necessidade de consenso entre os atuais membros da OTAN, que não estão dispostos a arriscar um envolvimento direto em um conflito com a Rússia.

    Recentemente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, deixou claro que Moscou exige que a Ucrânia mantenha um status neutro, não alinhado e desprovido de armas nucleares como parte das condições para a resolução do conflito. A proposta russa ocorre em um cenário marcado por tensões em alta e questionamentos sobre a verdadeira segurança da Europa oriental.

    Nesse contexto complexo, a Polônia, que tradicionalmente tem sido uma aliada da Ucrânia, parece adotar uma postura cautelosa, refletindo as preocupações mais amplas dos países da OTAN sobre a escalada do conflito e suas consequências geopolíticas. A situação continua a ser um dos principais tópicos de debate nas relações internacionais, à medida que os líderes europeus tentam equilibrar apoio à Ucrânia e preocupações com a segurança coletiva da região.

  • Ministério da Fazenda e Câmara adiariam reforma do Imposto de Renda devido a clima tenso entre governo e Congresso, visando ambiente político mais favorável.

    O Ministério da Fazenda e a presidência da Câmara dos Deputados, liderada por Arthur Lira, chegaram a um entendimento que resultou no adiamento da apresentação do relatório referente à reforma do Imposto de Renda. A decisão foi tomada após uma série de conversas discretas entre Lira e representantes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante essas negociações, ficou evidente que o cenário político atual não favorecia a continuidade dos debates sobre essa temática tão relevante.

    O principal elemento que levou a essa decisão foi a crescente tensão entre o governo federal e o Congresso Nacional, uma situação que se agravou nas últimas semanas. Parlamentares têm expressado descontentamento em relação à maneira como o Executivo tem conduzido suas pautas, especialmente após a recente rejeição de um decreto que modificava as regras do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essa deterioração nas relações institucionais tem gerado uma resistência significativa a qualquer proposta de reestruturação tributária em curto prazo.

    Além desse embate institucional, a dinâmica da agenda política em Brasília está bastante reduzida. Uma parcela substancial dos parlamentares e membros do Judiciário se encontra em Lisboa para participar de um evento jurídico promovido pelo Instituto do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. A ausência de líderes políticos e o consequente esvaziamento das atividades legislativas também ajudaram a moldar a escolha de Lira e Haddad por postergar a discussão sobre a reforma.

    Arthur Lira, que também desempenha a função de relator da proposta de reforma do Imposto de Renda, afirmou que planeja retomar a análise do texto assim que houver um consenso e um ambiente político mais propício para prosseguir com a tramitação da proposta. Essa estratégia visa garantir que a discussão ocorra em um momento em que as possibilidades de aprovação sejam mais concretas, evitando desgastes adicionais nas relações entre os poderes. A expectativa é que, com o retorno de lideranças e a estabilização do ambiente político, a matéria possa voltar à pauta com mais chances de sucesso.