Categoria: Tribuna do Sertão

  • Oposição promete rigor na CPMI do INSS e busca responsabilizar todos os envolvidos em fraudes, independentemente de partido ou ideologia, afirma senador Izalci Lucas.

    Senador Izalci Lucas Defende Ações Rigorosas na CPMI do INSS

    O senador Izalci Lucas, representante do DF pelo PL e líder da oposição no Congresso Nacional, não hesita em declarar sua intenção firme à frente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Designado membro titular, Izalci falou sobre a urgência de responsabilizar todos os envolvidos em possíveis desvios de recursos previdenciários, enfatizando que a investigação será imparcial e rigorosa: “Independente do partido ou ideologia, todos os envolvidos na corrupção precisarão prestar contas.”

    A CPMI foi criada para investigar fraudes de grande magnitude conectadas a aposentadorias, pensões e demais benefícios pagos pela Previdência Social, que, segundo análises recentes, poderiam envolver bilhões desviado de maneira irregular. O senador Ivan foi incisivo ao reafirmar que nenhum aliado político, independentemente de sua posição, estará acima da lei. “Não é porque é da direita que vamos passar a mão na cabeça. Todos os culpados terão que pagar por isso”, declarou, demonstrando um compromisso claro de que a Justiça deve prevalecer, principalmente em relação a recursos destinados a aposentados e pensionistas.

    Lembrando sua experiência com a Medida Provisória 871/2019, que tinha como objetivo endurecer as regras para concessão de benefícios e combater fraudes, o senador mencionou que muitos problemas do INSS vão além das aposentadorias, alcançando áreas como o seguro-defeso. “Aqui em Brasília mesmo, o número de pescadores registrados ultrapassava a capacidade do Lago Paranoá”, destacou, apontando para as distorções no sistema.

    Além das iniciativas contra fraudes, Izalci expressou preocupações quanto à composição da CPMI. A possibilidade de a base do governo influenciar as investigações provoca apreensão no senador, que teme a perda de independência nas apurações. A escolha do senador Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência da comissão trouxe incertezas, embora Izalci tenha se mostrado esperançoso em relação à capacidade de Aziz em conduzir os trabalhos de forma justa. “Ele vai querer apurar os detalhes e não colocará empecilhos”, afirmou.

    Por fim, o senador defendeu que o relator da CPMI seja indicado pela minoria, a fim de garantir um equilíbrio adequado nas investigações. “A CPMI é um instrumento da minoria e, portanto, deveria ser comandada por ela”, argumentou, apontando para a importância da representação equitativa nas deliberações. Os trabalhos da CPMI terão início em agosto, após o recesso parlamentar, e a expectativa é que os membros façam um esforço conjunto para trazer à luz todas as questões relacionadas aos desvios no INSS.

  • China e Brasil Fortalecem Parceria Estratégica e Persistem em Compromissos Bilaterais Durante Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro

    Na véspera da 17ª Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro, o primeiro-ministro da China, Li Qiang, destacou a disposição do seu país em fortalecer a cooperação com o Brasil em diversas áreas estratégicas. Durante um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Li enfatizou que as relações sino-brasileiras vivem um momento de grande potencial, marcado por um compromisso compartilhado em construir um futuro mais justo e sustentável.

    Li Qiang ressaltou a importância de aprofundar parcerias em setores como a economia digital, economia verde, ciência, tecnologia e exploração aeroespacial. Durante a conversa, ele também fez questão de transmitir as saudações do presidente Xi Jinping. Entre os pontos abordados, foi lembrado o consenso estabelecido entre os dois países durante a recente visita de Lula à China, onde os líderes reafirmaram seu apoio ao multilateralismo e expressaram o desejo de transformar essas intenções em benefícios concretos para ambos os povos.

    Além das áreas mencionadas, o premiê chinês abordou a intenção de reforçar laços comerciais, financeiros e de infraestrutura, especialmente no contexto da Iniciativa do Cinturão e Rota, que visa intensificar conexões entre nações através de investimentos e desenvolvimento. Também foi proposto um intercâmbio cultural mais robusto, com foco nas atividades programadas para o Ano Cultural China-Brasil, que ocorrerá em 2026.

    Outro ponto importante discutido foi o apoio chinês ao Brasil na realização da COP30, que acontecerá em Belém do Pará, e a disposição de cooperação em fóruns multilaterais, incluindo a ONU, BRICS e G20. Li Qiang enfatizou a necessidade de uma globalização inclusiva e um mundo multipolar, buscando maior estabilidade e igualdade entre as nações.

    Por sua parte, Lula manifestou a intenção de avançar na amizade e nos laços entre os dois países, reiterando o compromisso do Brasil em ampliar a cooperação nas áreas de ciência, comércio, finanças e meio ambiente. Ao final do encontro, Brasil e China assinaram vários acordos de cooperação, abrangendo inteligência artificial, finanças e desenvolvimento estratégico, consolidando ainda mais a parceria entre as duas nações.

  • Banco Central Suspende Cautelarmente Três Instituições Financeiras Após Desvio de R$ 530 Milhões em Ataque Cibernético ao Sistema do Pix

    O Banco Central do Brasil tomou uma medida cautelar significativa ao suspender a participação de três instituições financeiras no sistema de pagamentos instantâneos conhecido como Pix. As entidades afetadas são a Voluti Gestão Financeira, a Brasil Cash e a S3 Bank. Essa ação ocorre em meio a investigações relacionadas a um ataque cibernético que golpeou a C&M Software, uma provedora de serviços tecnológicos que atende diversas instituições financeiras.

    Até o momento, já são seis as empresas desconectadas do sistema devido a suspeitas de envolvimento no desvio de valores utilizando o Pix. As outras três instituições já afastadas são a Transfeera, a Soffy e a Nuoro Pay. As apurações do Banco Central visam esclarecer se essas empresas têm alguma ligação com o incidente que resultou no desvio de pelo menos R$ 530 milhões de contas reservas mantidas por bancos na autoridade monetária.

    A suspensão, que tem duração de 60 dias, é respaldada pelo Artigo 95-A da Resolução 30 do Banco Central, que regulamenta o funcionamento do Pix. Segundo essa norma, o BC pode suspender a participação de qualquer instituição cujas ações coloquem em risco a operação regular do sistema de pagamentos.

    Em comunicado, a Transfeera confirmou a suspensão, mas assegurou que seus demais serviços permanecem em funcionamento. A empresa enfatizou que nem ela, nem seus clientes sofreram impacto direto do ataque cibernético e declarou estar colaborando com as autoridades para retomar a funcionalidade do Pix.

    Por outro lado, a Soffy e a Nuoro Pay, que operam como fintechs sem autorização direta do Banco Central para participar do Pix, não se manifestaram publicamente sobre a situação. As novas suspensões levantam questões sobre a segurança do sistema de pagamentos e a integridade das instituições financeiras envolvidas.

    O ataque à C&M Software, responsável por conectar vários bancos ao Sistema de Pagamentos Brasileiro, provocou um grande furto de valores que foram posteriormente convertidos em criptomoedas. Para agravar a situação, uma recente prisão realizada pela Polícia Civil de São Paulo identificou um funcionário da C&M que, segundo as investigações, facilitou o acesso dos criminosos aos sistemas da empresa.

    Com a continuidade das investigações, as autoridades buscam não apenas rastrear os valores desviados, mas também fortalecer a segurança de todo o sistema financeiro brasileiro.

  • Moraes critica big techs em Fórum de Lisboa: “Não somos obrigados a respeitar essa porcaria” e defende regulação das redes sociais contra abusos.

    Durante o Fórum de Lisboa, realizado em Portugal na última sexta-feira (4), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não hesitou em criticar severamente as redes sociais e o papel das grandes empresas de tecnologia na disseminação de conteúdos problemáticos. Em uma declaração contundente, Moraes argumentou que essas plataformas adotam a liberdade de expressão como um argumento para justificar comportamentos abusivos e afirmou enfaticamente: “Não somos obrigados a respeitar essa porcaria”.

    O ministro apresentou, em sua fala, uma série de postagens que considerou extremistas, o que, segundo ele, reforça a necessidade de uma regulação mais rigorosa dessas redes. Moraes denunciou o que chamou de uma “lavagem cerebral” promovida por essas plataformas, alegando que muitas pessoas foram convencidas de que qualquer tipo de conteúdo ofensivo pode ser classificado como liberdade de expressão. Para ele, essa falsa noção alimenta um ambiente tóxico e violento, prejudicando a sociedade.

    Ainda em sua fala, o ministro fez um paralelo entre o comportamento das redes sociais e os eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando manifestações violentas marcaram o cenário político brasileiro. Ele criticou especificamente o funcionamento dos algoritmos, que, segundo sua análise, têm o efeito de propagar conteúdos extremistas porque geram mais engajamento e lucro. Moraes questionou se a sociedade deve tolerar ofensas gratuitas e desrespeito, indagando: “Podemos considerar isso como liberdade de expressão?”.

    Em uma perspectiva mais ampla, o ministro também mencionou uma decisão do STF que exige que as grandes techs estabeleçam uma representação legal no Brasil. Essa medida, de acordo com Moraes, é um passo importante para responsabilizar essas empresas em casos de publicações que violem a Constituição. Ele enfatizou que a internet não pode ser vista como uma “terra sem lei”, ressaltando que, historicamente, o poder político e econômico esteve concentrado nas mãos de um número extremamente reduzido de indivíduos. A mensagem de Moraes foi clara: é necessário um controle mais efetivo sobre o que é disseminado nas plataformas digitais para garantir uma sociedade mais justa e responsável.

  • Advogada de Goiânia é condenada a 7 anos de prisão por declarações contra promotor em meio a polêmica sobre disputa de guarda de boneca reborn.

    A recente condenação da advogada goiana Silvana Ferreira da Silva, que resultou em uma pena de 7 anos e 4 meses de prisão, gerou vasto debate nas redes sociais e na comunidade jurídica. Silvana, que se tornou conhecida por sua atuação em casos de bebês reborn — bonecas hiper-realistas que despertam grande interesse entre colecionadores —, viu sua vida tomar um rumo inesperado após a condenação por injúria racial, calúnia e difamação contra o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior.

    A trajetória de Silvana Ferreira ganhou notoriedade em maio, quando ela usou suas redes sociais para explicar um curioso caso jurídico. Uma cliente solicitou que a advogada entrasse com uma ação de guarda compartilhada de uma boneca reborn, mas Silvana prontamente se posicionou contra, argumentando que, como se tratava de um objeto inanimado, não se poderia reivindicar juridicamente a guarda. Contudo, ela aceitou lidar com questões relacionadas às redes sociais do bebê reborn, que se tornaram uma fonte de renda para o casal envolvido na disputa.

    Em um vídeo, Silvana expressou sua preocupação com o aumento do interesse por essas bonecas, prevendo que isso poderia gerar uma “enxurrada de problemas” para o Judiciário e, consequentemente, impactar a própria profissão. O que parecia ser um campo inusitado e excêntrico da advocacia logo teria ramificações mais sérias.

    A condenação de Silvana surgiu a partir de declarações que fez em um podcast em 2021, nas quais descreveu um incidente de assédio sexual ocorrido durante uma audiência. Embora não tenha mencionado o promotor diretamente, as autoridades entenderam que as declarações implicavam claramente Milton Marcolino, que era o único promotor na área de crimes contra a vida na comarca. O Ministério Público destacou que, mesmo sem citar nomes, era fácil identificar o alvo das críticas, dada a descrição feita pela advogada.

    Após a sentença, que inclui uma indenização de R$ 30 mil e um regime semiaberto, Silvana demonstrou descontentamento e se pronunciou nas redes sociais, afirmando prever um julgamento mais justo em um recurso fora da comarca onde o promotor atua. Ela expressou a crença de que a decisão inicial foi influenciada por preconceitos e pela proximidade do promotor em questão.

    Posicionando-se como uma defensora da igualdade e da justiça, Silvana espera que seu recurso traga uma nova perspectiva e que injustiças como a que ela alega ter sofrido não sejam toleradas no sistema judiciário. A expectativa é que este caso traga à tona discussões não apenas sobre a liberdade de expressão, mas também sobre as dinâmicas de poder na relação entre advogados e promotores.

  • Descoberta Histórica: Agulhas de Acupuntura de Aço com Mais de 2.000 Anos São Encontradas na China

    Arqueólogos na China realizaram uma descoberta histórica ao encontrarem as agulhas de acupuntura de aço mais antigas já registradas, datadas de mais de 2.000 anos. Esses artefatos foram desenterrados durante escavações no túmulo do Marquês de Haihun, localizado na província de Jiangxi. A importância dessa descoberta não reside apenas na sua antiguidade, mas também no que ela implica sobre o desenvolvimento da medicina tradicional chinesa durante a Dinastia Han Ocidental.

    As agulhas de acupuntura foram encontradas cuidadosamente guardadas em um tubo de jade, dentro de uma caixa lacada dourada, próximo aos restos mortais de Liu He, um antigo imperador chinês. Apesar da corrosão que afetou os artefatos ao longo dos séculos, cinco fragmentos foram recuperados e analisados por especialistas. Os estudos revelaram que esses instrumentos médicos eram feitos de aço, produzido através de um avançado processo metalúrgico chamado “fritura”. Esse método envolvia aquecer o ferro a altas temperaturas e adicionar oxigênio de forma controlada, o que, por sua vez, remove impurezas e aumenta o teor de carbono, resultando em aço de alta qualidade.

    Uma etiqueta de madeira encontrada junto às agulhas, inscrita com os caracteres “Nove Agulhas Completas”, fornece evidências adicionais de que esses instrumentos eram utilizados para fins médicos. Essa inscrição estabelece um vínculo direto com textos clássicos da medicina chinesa que descrevem nove tipos diferentes de agulhas empregadas na acupuntura, refletindo um conhecimento consolidado e uma prática médica já bem estabelecida na época.

    A utilização do aço, ao contrário de outros metais como ferro, ouro ou prata, permitiu a confecção de agulhas finas e resistentes, semelhantes às que são empregadas na acupuntura moderna. Isso também minimizou os riscos de infecções, mostrando que os médicos da Dinastia Han já possuíam um entendimento profundo tanto da metalurgia quanto da saúde.

    O túmulo do Marquês de Haihun, descoberto em 2011, é considerado um dos mais significativos sítios arqueológicos da China. Até o momento, mais de 10.000 artefatos foram recuperados do local, incluindo moedas, textos em bambu, armas e até armaduras raras, todos evidenciando a riqueza cultural e científica da época. Essa nova descoberta não apenas realça a importância da acupuntura na medicina tradicional chinesa, mas também reafirma o papel crucial da Dinastia Han no desenvolvimento do conhecimento médico e tecnológico ao longo da história. A conexão entre avanços metalúrgicos e práticas médicas já era uma realidade, preparando o caminho para o que viria a ser uma das tradições de cura mais duradouras do mundo.

  • Governo Federal Lança Programa “Acredita no Primeiro Passo” para Impulsionar Empreendedorismo e Inclusão Social nas Comunidades Vulneráveis

    O governo federal brasileiro está implementando uma nova abordagem para combater a pobreza e promover a inclusão social através do programa “Acredita no Primeiro Passo”. Essa iniciativa, liderada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), visa oferecer oportunidades concretas às famílias em situação de vulnerabilidade, incentivando a geração de renda e a autonomia financeira.

    Com foco em melhorar a economia local, o programa se destaca pela oferta de linhas de crédito produtivo e pela formação de parcerias entre os setores público e privado. Isso inclui a realização de cursos de capacitação e suporte ao empreendedorismo, assim como a promoção de empregos formais para aqueles que estão inscritos no Cadastro Único, sistema que identifica pessoas e famílias de baixa renda.

    Integrado ao Plano Brasil Sem Fome, essa estratégia do governo não apenas busca combater a pobreza, mas também garantir a segurança alimentar para a população. O programa se destina a indivíduos com idades entre 16 e 65 anos, que têm seus dados atualizados no Cadastro Único. Um aspecto importante do “Acredita no Primeiro Passo” é a atenção direcionada a grupos vulneráveis, como mulheres, jovens, pessoas com deficiência, comunidades negras e tradicionais, incluindo quilombolas e ribeirinhos, que frequentemente enfrentam barreiras adicionais para acessar oportunidades.

    No estado do Ceará, por exemplo, o programa de microcrédito já registrou 108,9 mil operações até maio deste ano, com um investimento total de R$ 1,3 bilhão. Essa iniciativa está fazendo diferença na vida de muitos cidadãos, como é o caso de Erinuza Barbosa, uma manicure e mãe de três filhos em Fortaleza. Ela relata que, após conhecer o programa por meio de uma amiga, obteve o crédito necessário para oferecer serviços de maior qualidade a suas clientes, demostrando como essa política pública pode transformar realidades e contribuir para a melhoria das condições de vida.

    O “Acredita no Primeiro Passo” não é apenas uma ação voltada para o fomento à economia, mas uma verdadeira mudança de paradigma que pode permitir que muitos brasileiros reescrevam suas histórias.

  • Presidente dos Correios pede demissão em meio a crise financeira e disputas políticas por novo comando da estatal

    Na noite de sexta-feira, 4 de outubro, o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, apresentou sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua saída marca um momento crítico para a estatal, que enfrenta uma severa crise financeira, com um prejuízo registrado de R$ 1,7 bilhão apenas no primeiro trimestre de 2025. Em um cenário preocupante, os Correios lideraram o ranking de déficit entre as estatais brasileiras em 2024, evidenciando os desafios que a empresa enfrenta.

    A situação financeira delicada da estatal desperta interesses políticos, e informações indicam que o partido União Brasil, que já detém o controle do Ministério das Comunicações, está interessado em assumir a liderança dos Correios. Sob a liderança de Davi Alcolumbre, senador do partido, articulações estão em curso para uma indicação que preencha a vaga deixada por Fabiano Silva. Espera-se que Lula realize uma reunião com Silva na próxima semana, onde discutirão os termos finais da saída do presidente da estatal.

    Em meio a essa turbulência, o governo lançou recentemente a plataforma de e-commerce “Mais Correios”, que oferece mais de 500 mil produtos, como parte de um esforço para modernizar e diversificar os serviços da empresa. Essa iniciativa visa não apenas aumentar a competitividade dos Correios, mas também repositionar a empresa como uma relevante opção no mercado. A implementação de um meio de pagamento digital próprio, projetado para estrear ainda este ano, é outro passo significativo nessa estratégia de revitalização.

    As mudanças se tornam ainda mais relevantes em um cenário onde os Correios precisam se adaptar às novas demandas do mercado, buscando não apenas recuperar a confiança do público, mas também garantir sua viabilidade no futuro. A saída de Fabiano Silva pode ser um momento decisivo para o futuro da estatal e suas operações, deixando a expectativa sobre quem assumirá a presidência em um contexto tão desafiador. A próxima reunião entre Lula e Silva poderá delinear os próximos passos e direcionar a nova gestão em uma fase tão crítica para a estatal.

  • Mutirão do Judiciário no DF Revisita Casos de Detidos por Porte de Maconha, Cobrindo 40 Gramas e Diferenciando Usuários de Traficantes.

    Na última semana, foi lançado um mutirão do Poder Judiciário com o objetivo de revisar as situações de pessoas detidas por porte de até 40 gramas de maconha. No Distrito Federal, entre janeiro de 2024 e junho de 2025, mais de mil indivíduos foram detidos por portar essa quantidade de droga. O mutirão é uma resposta a uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em uma análise sobre o tema realizada em junho de 2024, estabeleceu novos critérios para diferenciar o porte de maconha destinado ao uso pessoal do tráfico de drogas.

    Os dados mais recentes da Polícia Civil do DF indicam que, no ano passado, 637 pessoas foram flagradas portando não apenas maconha, mas também outras substâncias ilícitas. Em 2025, essa cifra de detidos por porte de múltiplos entorpecentes foi reduzida a 127, mas esses casos não têm a mesma garantia de serem revisados pela Justiça, dado que envolvem mais de uma droga.

    As regiões administrativas que mais registraram ocorrências relacionadas ao porte de maconha entre 2024 e 2025 incluem Ceilândia, que lidera com 206 casos, seguida pelo centro de Brasília, onde foram contabilizados 161 casos. A lista também destaca Taguatinga com 135 ocorrências, Planaltina com 93 e Samambaia com 89.

    A revisão das condenações se fundamenta nas novas diretrizes estipuladas pelo STF, que define como ilícito administrativo o porte da quantidade especificada. Os usuários que adquirirem, guardarem ou transportarem até 40 gramas da substância para uso pessoal não cometerão crime, embora possam sofrer consequências administrativas, como a apreensão da droga e notificação para comparecer a programas educacionais.

    O mutirão começou em 30 de junho e continuará até 30 de julho, abrangendo casos de pessoas condenadas por tráfico que, atualmente, se enquadram nos novos critérios. A Vara de Execuções Penais do DF ainda não possui um balanço detalhado sobre quantos casos serão revisados, mas a expectativa é de que os resultados do mutirão sejam divulgados em outubro de 2025.

    O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) orienta que as revisões considerem condenações dos últimos oito anos e organizará uma reunião com representantes dos tribunais para alinhar procedimentos e fornecer orientações específicas para a execução do mutirão. O movimento ressalta um passo significativo na discussão sobre a política de uso de drogas e a necessidade de reavaliar as abordagens penais em relação a usuários de substâncias ilícitas.

  • China Intensifica Aquisições de Mineradoras no Exterior em Busca de Terras Raras e Tensão Geopolítica Crescente Desafia Investimentos Ocidentais

    Nos últimos anos, a China tem se destacado em uma corrida global por minerais de terras raras, com suas empresas aumentando significativamente a aquisição de mineradoras ao redor do mundo. Esse movimento, que atingiu seu pico em 2024 desde 2013, reflete a urgência do país em garantir acesso a matérias-primas essenciais para sua economia e tecnologia.

    Recentemente, foram registradas várias transações de grande porte, incluindo dez que superaram a marca de US$ 100 milhões. Essa onda de investimentos ocorre em um ambiente de crescente tensão geopolítica, o que tem dificultado a aceitação das empresas chinesas em países como Canadá e Estados Unidos.

    O apetite da China por minerais é enorme, já que ela é a maior consumidora global de diversas matérias-primas cruciais. Com isso, muitos analistas acreditam que essas aquisições são uma estratégia para se precaver contra possíveis restrições e sanções que possam surgir no futuro. Essa intensidade na busca por recursos não mostra sinais de desaceleração; por exemplo, a Zijin Mining anunciou recentemente a compra de uma mina de ouro no Cazaquistão por US$ 1,2 bilhão, enquanto outras empresas chinesas, como a Baiyin Nonferrous, adquiriram operações de cobre e ouro no Brasil.

    Embora a Iniciativa Cinturão e Rota, um dos principais projetos de investimento chinês em infraestrutura, tenha sido parcialmente reduzida, os investimentos em mineração permanecem robustos, alinhados com a transição do país para setores de alta tecnologia, como baterias elétricas e energia renovável. As empresas chinesas estão se tornando cada vez mais sofisticadas em suas operações, adotando abordagens mais estratégicas tanto em termos financeiros quanto operacionais.

    Enquanto a China continua a dominar o processamento de recursos minerais críticos, ela ainda depende da importação de matérias-primas. Em resposta, países ocidentais têm buscado alternativas para reduzir essa dependência, com nações como Canadá e Austrália mostrando maior cautela em relação a investimentos chineses, destacando a importância estratégica desses recursos no atual cenário global. Com empresas como CMOC, MMG e Zijin à frente das aquisições, a tendência é que as operações no setor se intensifiquem ainda mais nos próximos anos.