Categoria: Agência Brasil

  • POLÍTICA – Lula defende multilateralismo como solução para desafios globais e alerta sobre os riscos da “lei do mais forte” no comércio internacional.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu recentemente uma abordagem focada na diplomacia, cooperação e multilateralismo como respostas imprescindíveis aos desafios globais contemporâneos. Em um artigo amplamente divulgado, Lula expressou preocupações sobre a crescente prevalência da “lei do mais forte” no cenário internacional, alertando que essa dinâmica ameaça a estrutura do comércio multilateral.

    Embora não tenha mencionado especificamente as medidas de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bolsonaro criticou essa postura, ressaltando que a implementação de tarifas gerais pode impulsionar a economia global a uma “espiral de preços altos e estagnação”. O presidente brasileiro enfatizou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) se tornou ineficaz e que o progresso da rodada de desenvolvimento de Doha foi relegado ao esquecimento. Para ele, é vital reestruturar as instituições multilaterais para que reflitam as novas realidades sociais e econômicas do mundo.

    Lula também se referiu a 2025 como o ano em que a ONU deve celebrar seus 80 anos, mas advertiu que esse marco pode ser ofuscado pela crise da ordem internacional. Ele lembrou que os conflitos recentes, como as intervenções no Iraque, Afeganistão e na Líbia, evidenciam a banalização da força, enquanto a recente escalada de violência no Oriente Médio exemplifica a falência das estruturas atuais de mediação.

    O presidente destacou que a crise financeira de 2008 expôs os limites da globalização neoliberal, e a resposta global a essa crise não foi no sentido correto. Em vez de promover a igualdade, muitos países optaram por cortar programas de cooperação internacional, perpetuando uma realidade onde mais de 700 milhões de pessoas ainda enfrentam a fome.

    Além disso, Lula abordou a crise climática, em que os países desenvolvidos, principais emissores de carbono, devem assumir responsabilidades mais significativas. Ele citou dados preocupantes sobre as temperaturas globais e o incumprimento de compromissos climáticos, como os acordos financeiros da COP 15.

    Em um cenário de polarização crescente, o presidente ressaltou que é impossível fugir das interdependências globais e que o Brasil continua a se posicionar como um agente facilitador da colaboração internacional, destacando sua atuação no G20 e outros fóruns. Por fim, Lula enfatizou que a paz e a prosperidade em um mundo interconectado são inegociáveis e devem ser buscadas por meio do diálogo e da inclusão.

  • ECONOMIA – Deputado Arthur Lira Mantém Alíquota de 10% no Imposto de Renda para Rendas Altas e Expande Isenção para Ganhos Menores

    O relator do projeto de reforma do Imposto de Renda (IR), deputado Arthur Lira, do PP de Alagoas, decidiu manter a alíquota máxima de 10% para pessoas com renda superior a R$ 1,2 milhão por ano, desconsiderando as especulações sobre uma possível redução para 8%, que circulavam nas últimas semanas. Na última quinta-feira, Lira apresentou seu parecer para votação na comissão especial, que incluiu modificações significativas em relação ao texto original.

    Uma das principais alterações foi o aumento do limite de renda mensal para isenção parcial do imposto, que subiu de R$ 7 mil para R$ 7.350. Além disso, a proposta agora estende a isenção total do IR para aqueles que recebem até R$ 5 mil mensais, oferecendo uma abordagem mais progressiva em relação à tributação de diferentes faixas de renda. Lira enfatizou a importância da justiça tributária e da neutralidade no sistema, afirmando que o projeto visa fomentar um debate mais amplo sobre a reforma da renda no Brasil.

    Após apresentar o relatório, o relator indicou que o texto passará por um pedido de vista coletiva, com a votação programada para a próxima semana. O intuito é que a proposta seja aprovada no plenário da Câmara dos Deputados em agosto, o que poderá impactar a arrecadação do governo federal.

    Entre outras mudanças, Lira retirou do texto a cláusula que limitava a soma da alíquota efetiva da pessoa física e da pessoa jurídica a um teto de 34%, o que pode resultar em um incremento na arrecadação. Ele também acrescentou um dispositivo que permite à União usar a receita adicional gerada pelo imposto mínimo, aplicável a rendas acima de R$ 600 mil anuais, como compensação para o cálculo da Contribuição de Bens e Serviços (CBS), uma nova tributação que substitui cinco impostos federais a partir de 2027.

    No entanto, algumas decisões geraram controvérsia, como a exclusão dos títulos de investimento, como LCIs e FIIs, da base de cálculo para o imposto mínimo, o que poderá reduzir a arrecadação federal. Apesar de manter a cobrança de 10% sobre dividendos recebidos por acionistas pessoas físicas, o relator anunciou exceções para remessas a governos estrangeiros, fundos soberanos e entidades que gerenciam benefícios previdenciários, reafirmando a complexidade das medidas tributárias em discussão. O cenário continua a se moldar, com a expectativa de que o projeto receba mais ajustes nas próximas etapas legislativas.

  • EDUCAÇÃO – Inscrições para o Fies 2025 começam na próxima segunda-feira e oferecem mais de 112 mil vagas para financiamento estudantil em universidades privadas.

    Está se aproximando a data para a inscrição no processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) deste semestre. As inscrições estão programadas para iniciar na próxima segunda-feira, 14 de julho, e irão se estender até às 23h59 do dia 18, no horário de Brasília. Os candidatos interessados devem realizar suas inscrições exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, sem qualquer taxa associada.

    O Fies, um programa federal que visa promover a inclusão educacional, vem permitindo o financiamento de cursos de graduação em instituições privadas desde 2001. Os critérios de elegibilidade requerem que os candidatos tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir de 2010. Para serem aptos, é necessário que tenham uma média de pelo menos 450 pontos nas cinco provas e que não tenham zerado a redação. Além disso, a renda bruta familiar mensal deve ser de até três salários mínimos.

    Neste ano, o Ministério da Educação (MEC) disponibiliza um total de 112.168 vagas para o Fies, sendo 67.301 delas destinadas ao primeiro semestre e 44.867 ao segundo. Uma novidade importante é a reserva de 50% das vagas para o Fies Social. Essa modalidade, introduzida em 2024, é voltada para candidatos com inscrição ativa no Cadastro Único (CadÚnico) e cuja renda familiar mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo.

    A classificação dos candidatos será feita em ordem decrescente, baseada nas notas obtidas no Enem, considerando o tipo de vaga e a modalidade de concorrência. A prioridade será dada a aqueles que ainda não concluíram o ensino superior e a quem já realizou o financiamento, mas ainda não o quitou.

    Os resultados da chamada única serão divulgados no dia 29 de julho, e os estudantes que não forem pré-selecionados terão a chance de entrar na lista de espera, que será organizada de acordo com a ordem de classificação. As pré-seleções da lista de espera ocorrerão entre 5 de agosto e 19 de setembro, oferecendo mais uma oportunidade para aqueles que buscam acesso ao ensino superior por meio do Fies.

  • POLÍTICA – Disputa Juridica: TJ-RJ Define Prazo para Resposta Sobre Ação que Contesta Gestão do Sambódromo pelo Estado do Rio

    O desembargador Benedicto Abicair, membro do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou um prazo de cinco dias para que a Assembleia Legislativa do estado (Alerj) e o governo do Rio se manifestem sobre a representação de inconstitucionalidade, acompanhada de um pedido liminar, apresentada pelo deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha. Essa ação tem por objetivo questionar a validade da Lei Estadual nº 10.855, que, em vigor desde 3 de julho de 2025, transfere a responsabilidade pela administração de uma área central da cidade, que inclui o Sambódromo, para o governo estadual.

    Na argumentação, Luiz Paulo solicita não apenas a suspensão imediata da eficácia da referida lei, mas também sua declaração de inconstitucionalidade no exame do mérito. O Sambódromo, onde acontecem os famosos desfiles das escolas de samba durante o Carnaval, é uma das principais atrações turísticas e culturais da cidade, e sua gestão se tornou um tema polêmico entre as esferas administrativa e legislativa do estado.

    Em sua decisão, Abicair determinou que, após notificação, as partes envolvidas devem se manifestar sobre a medida cautelar requerida. Em seguida, os autos do processo serão enviados à Procuradoria-Geral do Estado e à Procuradoria de Justiça para que se pronunciem especificamente sobre o pedido de liminar.

    A nova legislação revoga o Decreto-lei nº 224, de 1975, que reconhecia a titularidade da administração das referidas áreas ao município do Rio de Janeiro. A promulgação da Lei nº 10.855, ocorrida na última terça-feira, 8 de agosto, suscitou descontentamento, especialmente por parte do prefeito Eduardo Paes, que anunciou a intenção de recorrer ao Judiciário. O governador Cláudio Castro, que já havia vetado a proposta na Alerj, está buscando uma solução amigável entre as partes envolvidas.

    Defendendo a nova legislação, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Rodrigo Amorim, afirma que a lei é legítima e necessária para potencializar o uso do Sambódromo, argumentando que o local foi construído com recursos do estado e que sua gestão deve refletir essa realidade.

    Vale destacar que o Sambódromo da Marquês de Sapucaí, projetado pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer a pedido de Darcy Ribeiro, foi implementado com o intuito de oferecer um espaço definitivo para os desfiles das escolas de samba, consolidando-se assim como um ícone da cultura carioca. À medida que o impasse se desenrola, espera-se que as discussões em torno dessa questão continuem a mobilizar não apenas as autoridades, mas também a socidade civil que vê no Sambódromo um patrimônio cultural essencial.

  • JUSTIÇA – Moraes impõe multa de R$ 7,3 milhões a Allan dos Santos por descumprimento de proibição nas redes sociais e desrespeito ao Judiciário.

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs uma multa exorbitante de R$ 7,3 milhões ao blogueiro Allan dos Santos, em resposta a sucessivas violações da proibição de uso das redes sociais. A determinação foi oficializada na última segunda-feira, dia 7, e divulgada ao público recentemente, chamando atenção para as continuações das ações de Allan.

    A decisão do ministro foi motivada pelo ato mais recente do blogueiro, que não apenas desafiou as restrições, mas também instigou seus seguidores a coletar informações sobre os funcionários que trabalham para os ministros do STF. Em uma postagem nas redes sociais, ele declarou a intenção de pagar US$ 150 por dossiês que contivessem dados sobre esses empregados, questionando suas experiências profissionais e vínculos empresariais, inclusive no exterior.

    Alexandre de Moraes enfatizou que as ações contínuas de Allan dos Santos demonstram um desdém evidente pelo Judiciário brasileiro. “As condutas do investigado, que insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas, revelam seu completo desprezo pelo Poder Judiciário”, alertou o ministro, adicionando que a persistência em desobedecer as decisões da Corte justificou a imposição de uma multa diária.

    Vale ressaltar que Allan dos Santos está sob prisão preventiva desde 2021, devido a investigações que envolvem a disseminação de notícias falsas e a suposta formação de uma milícia digital que visa desestabilizar a democracia. Após o início das investigações, o blogueiro se refugiou nos Estados Unidos, enfrentando, além da multa, um pedido de extradição que tramita para que ele retorne ao Brasil e responda pelas acusações que pesam sobre ele.

    Essa situação reflete um panorama complexo e delicado do cenário político atual, onde a liberdade de expressão e as responsabilidades jurídicas encontram-se em um constante embate, especialmente no contexto das plataformas digitais. A atuação do STF neste caso mantém um controle rigoroso sobre aqueles que, em nome da liberdade de expressão, ultrapassam os limites legais e éticos.

  • INTERNACIONAL – Lula anuncia ação na OMC contra tarifas de Trump e promete retaliações se necessário para proteger comércio brasileiro.

    Em uma entrevista concedida à Record TV na última quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo brasileiro tomará medidas diplomáticas para contestar as novas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre as exportações de produtos brasileiros. Essa decisão foi comunicada por Donald Trump e, segundo Lula, o Brasil se mobilizará para formalizar uma reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC) na busca pela reversão dessa imposição. Caso as negociações não sejam frutíferas, o presidente afirmou que o país não hesitará em aplicar retaliações proporcionais, com base na Lei da Reciprocidade.

    Lula enfatizou que a prioridade inicial será a negociação e a articulação com outras nações que também estão sendo afetadas por tarifas norte-americanas. “Dentro da OMC, podemos formar uma coalizão de países afetados pelas taxas. Se os esforços para resolver a situação não derem certo, precisaremos acionar a Lei da Reciprocidade”, disse. Essa lei, que foi sancionada em abril, estabelece diretrizes para responder a medidas comerciais prejudiciais adotadas por outros países ou blocos econômicos.

    Além das ações na OMC, o presidente anunciou a criação de um comitê com a participação de empresários do setor exportador, solene na missão de repensar a estratégia comercial brasileira com os EUA. Ele rejeitou a ideia de constituir um “gabinete de crise”, preferindo adotar uma abordagem mais proativa. Lula reafirmou seu compromisso em apoiar o setor empresarial, buscando redirecionar os produtos que poderiam deixar de ser vendidos nos EUA para novos mercados.

    O presidente também aproveitou a oportunidade para criticar a forma como a comunicação sobre as tarifas ocorreu, chamando de inadequada a divulgação da carta de Trump antes de ser oficialmente recebida pelo governo brasileiro. Lula ressaltou a importância do respeito nas relações diplomáticas, sublinhando a longa história entre Brasil e Estados Unidos, marcada por um diálogo respeitoso e cooperativo.

    Em relação ao superávit comercial dos EUA com o Brasil, Lula contestou os argumentos de Trump, afirmando que os Estados Unidos têm se beneficiado economicamente da relação bilateral ao longo dos anos. Ele ainda mencionou a independência do Judiciário brasileiro ao responder a uma exigência de Trump, ressaltando que as decisões judiciais no Brasil são autônomas e não devem ser influenciadas por pressões externas.

    Por fim, Lula responsabilizou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela atual situação comercial, argumentando que ele, juntamente com seu filho, influenciou de forma negativa as relações com os Estados Unidos, contribuindo assim para a atual penalização do comércio brasileiro.

  • ECONOMIA – Centrais Sindicais Reagem ao Tarifaço dos EUA e Defendem Soberania Nacional em Manifesto Conjunto Contra Medida de 50% sobre Exportações Brasileiras.

    As centrais sindicais do Brasil expressaram vehemente oposição, nesta quinta-feira, a uma drástica tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, recentemente anunciada pelo governo dos Estados Unidos. Essa medida, segundo os representantes sindicais, não apenas representa um ataque à soberania nacional, mas também evoca memórias dolorosas da participação dos EUA no golpe militar de 1964.

    O presidente dos EUA, Donald Trump, notificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de uma carta, sobre a imposição dessa nova tarifa, que entrará em vigor a partir do dia 1º de agosto. Trump ressalta, em seu comunicado, que a decisão está relacionada a questões envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe. As centrais sindicais interpretam essa ação como uma reação hostil às resoluções da Justiça brasileira, e veem na medida um conluio com setores bolsonaristas que buscam polarizar ainda mais a política nacional.

    De acordo com as centrais, a iniciativa ameaça diretamente setores cruciais da economia, como a indústria e o agronegócio, colocando em risco milhares de empregos e fomentando um cenário propenso à recessão. Com o aumento das tarifas, os custos de produção devem subir, o que pode resultar em uma inflação descontrolada e no encarecimento da vida dos cidadãos. Além disso, o aumento da tarifa pode gerar instabilidade no mercado cambial, complicando ainda mais a situação econômica do país.

    Em resposta ao que consideram um ataque à soberania brasileira, as centrais sindicais pedem ao governo que adote uma postura firme. Elas apoiam a aprovação da Lei da Reciprocidade Econômica e sugerem que o governo utilize todos os recursos legais disponíveis para proteger a economia e os interesses da população. O manifesto também demanda a cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro, que, mesmo vivendo no exterior, estaria incentivando sanções contra o Brasil, o que as centrais interpretam como um crime contra a pátria.

    As centrais enfatizam a importância de preservar relações internacionais saudáveis, clamando por soluções pacíficas e multilaterais que respeitem os direitos da classe trabalhadora e a dignidade nacional. Reafirmando o seu compromisso com a soberania, as entidades sindicais esperam que o governo equilibre firmeza e diplomacia para evitar uma escalada de tensões, ratificando seu apoio incondicional às instituições democráticas e aos direitos dos trabalhadores. As centrais que assinam o manifesto incluem a CUT, a Força Sindical, a UGT, entre outras.

  • ESPORTE – Seleção Brasileira Feminina viaja para a Copa América no Equador em busca do nono título e vaga nas Olimpíadas de 2028.

    Na manhã desta quinta-feira, 10 de agosto, a seleção brasileira feminina de futebol partiu do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro com destino a Quito, no Equador. O time se prepara para a disputa da Copa América, que começará neste domingo, 13 de agosto. A estreia das atletas ocorrerá contra a Venezuela, marcada para as 21 horas (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pela TV Brasil.

    Antes de entrarem em campo, as jogadoras terão dois dias para se aclimatar e aprimorar sua condição física na capital equatoriana. Os treinos estão programados para ocorrer no Centro de Treinamento da LDU, nos dias 11 e 12 de agosto, sempre a partir das 18 horas. Nos últimos seis dias, a seleção se preparou intensamente na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), buscando aperfeiçoar a equipe para o desafio continental.

    A Copa América, que originalmente teria sua abertura no dia 12, foi antecipada para a noite de sexta-feira, 11 de agosto, por decisão da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). O jogo inaugural será entre Equador e Uruguai, pelo Grupo A, também às 21 horas. O torneio contará com a participação de 10 seleções, distribuídas em duas chaves de cinco equipes. O Grupo A inclui, além do anfitrião Equador, Argentina, Chile, Peru e Uruguai, enquanto o Brasil figura no Grupo B, ao lado da Bolívia, Paraguai e Colômbia.

    As brasileiras tentam conquistar seu nono título da Copa América. Somente as duas melhores equipes de cada grupo avançarão às semifinais, a serem realizadas em 28 e 29 de agosto, culminando na grande final marcada para 2 de agosto. Além da busca pela taça, a seleção que alcançar a decisão garantirá um lugar nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028, assim como oportunidades para os Jogos Pan-Americanos de 2027, no Peru.

    Até a última edição do torneio em 2022, na Colômbia, a Copa América oferecia uma vaga direta para a Copa do Mundo. Agora, pela primeira vez, as seleções deverão conquistar suas colocações por meio das eliminatórias para o Mundial Feminino de 2027, a ser realizado também no Brasil. Quatro vagas serão disponibilizadas, sendo duas diretas e duas para repescagem. A expectativa é alta para que o futebol feminino brasileiro continue a brilhar nas competições internacionais.

  • ESPORTE – Seleção Brasileira Feminina de Futebol parte para o Equador em busca do nono título da Copa América, com estreia contra a Venezuela no domingo.

    Na tarde desta quinta-feira, 10 de agosto, a seleção brasileira feminina de futebol partiu do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro com destino a Quito, no Equador, para participar da tão aguardada Copa América, que terá início no próximo domingo, dia 13. A estreia da equipe será frente à seleção da Venezuela, programada para as 21h, no horário de Brasília, com a transmissão ao vivo garantida pela TV Brasil.

    Antes de engrossar a disputa pelo título, as jogadoras da “amarelinha” terão um breve período de adaptação, com dois dias de preparação previstos em Quito, nos dias 11 e 12, com treinos a partir das 18h no Centro de Treinamento da LDU. É importante ressaltar que, nos últimos seis dias, a seleção esteve intensamente treinando na Granja Comary, em Teresópolis, Rio de Janeiro, buscando aprimorar sua performance.

    A Copa América, que a princípio abriria suas portas no sábado, foi antecipada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) para esta sexta-feira, dando início à competição com um duelo entre as equipes do Equador e do Uruguai, também às 21h. O torneio contará com a participação de dez seleções, distribuídas em dois grupos de cinco times cada. O Grupo A é formado por Equador, Argentina, Chile, Peru e Uruguai, enquanto o Brasil integra o Grupo B, cuja outra composição inclui Bolívia, Paraguai e Colômbia. Os dois melhores classificados de cada grupo garantirão passagem para as semifinais, que ocorrerão nos dias 28 e 29 de julho, culminando na grandiosa final prevista para o dia 2 de agosto.

    Além do prestígio da vitória, a seleção brasileira almeja conquistar seu nono troféu na Copa América. Importante ressaltar que a equipe que alcançar a final garantirá uma vaga na próxima edição dos Jogos Olímpicos, que acontecerão em Los Angeles, EUA, em 2028. Também há vagas em disputa para os Jogos Pan-Americanos de Lima, que acontecerão em 2027.

    Neste novo formato estipulado, a competição não mais oferece a classificação direta para a Copa do Mundo. Assim, as seleções terão que se enfrentar nas eliminatórias da Copa do Mundo Feminina de 2027, que será realizada no Brasil. Em um esquema rígido, serão concedidas duas vagas diretas e outras duas por meio de repescagem, acentuando ainda mais a importância dessa Copa América no cenário do futebol feminino sul-americano.

  • SAÚDE – Próteses biodegradáveis e impressas em 3D prometem revolucionar tratamentos de infecções em pacientes com articulações danificadas, oferecendo nova esperança à saúde pública.

    A evolução da medicina tem proporcionado avanços significativos na qualidade de vida de muitas pessoas, especialmente entre os idosos, através da substituição de articulações desgastadas por próteses. Esses procedimentos cirúrgicos têm se tornado comuns e, em muitos casos, permitem que os pacientes voltem a se locomover sem dor. No entanto, um desafio persistente é a ocorrência de infecções pós-operatórias, que podem exigir o uso prolongado de antibióticos e, frequentemente, resultam na remoção das próteses, limitando novamente a mobilidade dos pacientes.

    Em resposta a essa problemática, um grupo de pesquisadores paranaenses desenvolveu um projeto inovador que envolve a criação de uma prótese biodegradável, fabricada por meio de impressão 3D, utilizando um polímero plástico que pode ser impregnado com antibióticos. Essa tecnologia se encontra em fase de testes clínicos e já foi aplicada em 15 pacientes no Hospital Universitário Cajuru, localizado em Curitiba. Os resultados iniciais foram promissores, sinalizando um avanço no combate às infecções associadas às próteses.

    Conforme explica Felipe Francisco Tuon, professor e líder do projeto no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, as próteses temporárias com antibiótico atualmente disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) são escassas e importadas, o que encarece seu uso. A solução proposta pela equipe se destaca não apenas pela acessibilidade, mas também pela possibilidade de um tratamento mais eficaz em casos de infecção.

    Quando um paciente apresenta complicações infecciosas, o procedimento habitual requer a remoção da prótese de titânio, deixando a pessoa sem nenhuma substituição enquanto a infecção é tratada, um processo que pode levar cerca de seis meses. Nesse intervalo, os pacientes frequentemente enfrentam dor intensa e limitações severas na mobilidade. A nova prótese de polímero biodegradável, por outro lado, é projetada para substituir temporariamente a prótese permanente durante o tratamento, o que ajuda a reduzir a dor e o risco de complicações associadas.

    A impressão 3D oferece uma vantagem adicional na fabricação das próteses, permitindo tanto a criação de modelos padronizados a um custo reduzido quanto a personalização de peças para atender às necessidades específicas de pacientes, utilizando tomografias computadorizadas.

    Os testes com a prótese temporária de quadril ainda estão em andamento, e a equipe de pesquisa planeja expandir seus estudos para incluir próteses de joelho e ombro no próximo ano. Com recursos financeiros obtidos por meio de um financiamento significativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a equipe está estabelecendo um novo centro de impressão 3D. Isso permitirá que as próteses sejam distribuídas para hospitais de todo o Brasil, ampliando o acesso a esse tratamento inovador. O objetivo final é garantir que todos os hospitais interessados tenham a oportunidade de participar deste projeto transformador, assegurando o fornecimento contínuo de próteses para atender à demanda crescente.