Categoria: Agência Brasil

  • EDUCAÇÃO – Brasil registra 59,2% de crianças alfabetizadas até o 2º ano do ensino fundamental, mas não atinge meta de 60% estabelecida para 2024.

    O Brasil enfrenta desafios significativos em sua trajetória de alfabetização infantil, conforme os dados mais recentes apresentados pelo Ministério da Educação (MEC). A taxa de crianças alfabetizadas até o final do 2º ano do ensino fundamental na rede pública ficou em 59,2%. Essa cifra, embora expressiva, não alcançou a meta proposta pelo governo federal, que visava uma taxa de pelo menos 60% até 2024. A análise dos resultados provém de avaliações aplicadas durante o último trimestre do ano passado em diversas instituições de ensino.

    O ministro da Educação, Camilo Santana, explicou que as recentes chuvas intensas no Rio Grande do Sul impactaram negativamente o desempenho das crianças no estado, o que se refletiu na média nacional. Ele destacou que, se a taxa de alfabetização no Rio Grande do Sul tivesse se mantido em níveis anteriores, o Brasil teria alcançado uma média de 60,2%. A queda abrupta, que fez com que o estado registrasse uma alfabetização de apenas 44,7% — um declínio em relação aos 63,4% de 2023 — foi atribuída a condições de calamidade que afastaram as crianças das salas de aula.

    Para a alfabetização, conforme definido pelo Inep, considera-se que a criança está alfabetizada quando consegue ler textos simples e compreender informações básicas, além de redigir pequenos textos. As avaliações envolveram 2 milhões de estudantes distribuídos em 42 mil escolas, em 5.450 municípios.

    Entre os 5.312 municípios que apresentaram comparações dos dados de 2023 e 2024, 58% registraram aumento na taxa de alfabetização, e 53% atingiram a meta estabelecida. O Ceará destacou-se com um índice de 85,3%, superando a meta de 80% para 2030. No entanto, em contrapartida, oito estados ainda apresentam menos da metade de suas crianças alfabetizadas, destacando a necessidade urgente de ações focadas nessas áreas.

    O MEC tem voltado sua atenção para as regiões que apresentam os piores índices de alfabetização, desenvolvendo estratégias específicas para reverter esse quadro. A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, enfatiza que a diversidade de contextos nos estados deve ser monitorada atentamente para otimizar a alfabetização. Há um compromisso nacional que visa aumentar gradualmente a alfabetização nas escolas, com metas intermediárias estabelecidas até 2030, e o apoio do governo tem sido crucial para reverter os efeitos das perdas educacionais ocasionadas pela pandemia.

    O ministro Camilo Santana chamou a atenção para a importância de tratar a educação como uma política de estado, que deve transcender políticas partidárias, ressaltando que a educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento do país. Com essas iniciativas e um olhar atento para as dificuldades regionais, a esperança é que se possam construir bases sólidas para um futuro educacional mais promissor no Brasil.

  • POLÍTICA – “Mais Flexibilidade: Lula Propõe Nova Jornada de Trabalho e Critica Escala 6×1 em Projeto de Inclusão Social”

    Na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou suas críticas à jornada de trabalho de seis dias, conhecida como 6×1, que impõe um dia de descanso para os trabalhadores. Em suas declarações, Lula enfatizou a necessidade de se repensar essa estrutura, sugerindo que tanto empresários quanto trabalhadores deveriam se unir para “inventar” um modelo de jornada de trabalho mais flexível, que atenda melhor às demandas da sociedade contemporânea.

    “A Humanidade não quer mais seis por um. É preciso inventar um jeito de ter uma outra jornada de trabalho, mais flexível, porque as pessoas querem ficar mais em casa. As pessoas querem cuidar mais da família”, declarou o presidente. Ele ressaltou que a sua proposta não é apenas uma questão de conveniência, mas também uma resposta a um desejo crescente entre os trabalhadores, especialmente a juventude, que anseia por melhores condições de vida que permitam maior equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

    Este tema já havia sido abordado por Lula em sua mensagem durante o Dia do Trabalho, em 1º de maio, quando pediu um aprofundamento das discussões acerca do modelo 6×1. Recentemente, ao lançar um programa de transferência de renda para os afetados pelo rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, Lula reiterou a pressão que o formato de jornada exerce sobre os trabalhadores, que frequentemente precisam se levantar antes do amanhecer e retornar para casa já à noite, seis dias na semana.

    Ele convocou o governo a intensificar pesquisas sobre esse tema, mencionando a colaboração com universidades e organizações internacionais do trabalho para buscar alternativas viáveis, que garantam mais mobilidade e qualidade de vida aos trabalhadores brasileiros.

    A discussão sobre a jornada 6×1 vem ganhando força no Brasil, especialmente após manifestações que recentemente ocorreram em várias cidades, demandando o fim desse regime de trabalho. Entretanto, no Congresso Nacional, a Proposta de Emenda à Constituição que visa abolir a jornada 6×1 encontra resistência e ainda não teve progresso significativo. Embora algumas lideranças do governo a considerem uma prioridade, setores empresariais frequentemente argumentam que essa mudança poderia acarretar aumento nos custos operacionais. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é um dos grupos que tem defendido essa posição, ressaltando a necessidade de cautela na implementação de qualquer nova legislação que afete as relações de trabalho no país.

  • INTERNACIONAL – Lula defende Brasil contra sanções de Trump e critica Bolsonaro por tentações golpistas durante evento em Linhares, Espírito Santo. País não se curvará a chantagens.

    Na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a determinação do Brasil em enfrentar as sanções econômicas impostas pelo governo dos Estados Unidos, destacando que a nação não se submeterá a chantagens e ameaças, especialmente vindas do ex-presidente Donald Trump. Durante uma cerimônia em Linhares, no Espírito Santo, que marcou o lançamento de indenizações para os afetados pela tragédia da barragem de Mariana, Lula enfatizou a resistência do povo brasileiro.

    “Esse país não baixará a cabeça para ninguém. Ninguém porá medo nesse país com discurso e bravata. E, nesse aspecto, contamos com o apoio do povo, que não aceita provocações”, afirmou Lula. Sua fala se alinha com as críticas generalizadas à decisão do governo Trump de taxar produtos brasileiros em 50%, uma medida que causou descontentamento em diversos setores da sociedade, incluindo entidades empresariais e trabalhadores.

    Lula também sugeriu a possibilidade de utilizar a Lei de Reciprocidade como resposta às tarifas impostas por Trump, especialmente se as negociações diplomáticas não apresentarem resultados favoráveis. O presidente brasileiro contestou a alegação de Trump sobre um suposto déficit comercial dos EUA em relação ao Brasil, afirmando que, na verdade, há uma diferença de cerca de 410 bilhões de dólares em termos comerciais e de serviços nos últimos dez anos.

    Em outro ponto da cerimônia, Lula criticou seu antecessor, Jair Bolsonaro, que atualmente enfrenta investigações por supostas articulações para promover sanções contra o Brasil como forma de escapar de julgamento no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro é acusado de tentativas de golpe de Estado, e enquanto Lula o confrontava, ele questionou a postura de Bolsonaro e de seu filho Eduardo, que buscou apoio nos Estados Unidos, solicitando a Trump ações contra o Brasil.

    “Que tipo de homem é esse, que não tem vergonha de encarar um processo de cabeça erguida e demonstrar sua inocência? Quem o denuncia não é a oposição, mas seus próprios generais e assistentes”, criticar Lula.

    As tensões entre os ex-presidentes não param por aí. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Bolsonaro teria tentado anular as eleições de 2022 e pressionado militares a se unirem a um golpe. Enquanto isso, em postagens nas redes sociais, Bolsonaro comparou a tarifa imposta por Trump ao distanciamento do Brasil de compromissos históricos com a liberdade, pedindo ação urgente dos poderes para restaurar a “normalidade institucional”.

    Analistas acreditam que a sanção imposta por Trump pode representar uma tentativa de interferir na política interna e de direção ao emergente bloco BRICS. As consequências das tarifas seguem incertas, mas os desdobramentos políticos e econômicos certamente seguirão em debate nos próximos meses.

  • ECONOMIA – BNDES Anuncia R$ 70 Bilhões para Financiamento do Plano Safra 2025/2026, o Maior Valor na História do Banco de Fomento.

    Na última sexta-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a liberação de R$ 70 bilhões em linhas de financiamento para o Plano Safra 2025/2026. Este valor marca o maior montante já disponibilizado pelo banco em apoio ao setor agropecuário, apresentando um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Porém, o aumento nominal não reflete um crescimento real, uma vez que esse montante está aquém da inflação acumulada nos últimos 12 meses, o que levanta preocupações sobre o real impacto dessa medida.

    O Plano Safra constitui uma das principais estratégias do governo federal para financiar produtores rurais, oferecendo empréstimos com taxas de juros inferiores às praticadas pelas instituições financeiras privadas. O BNDES atua como um pilar financeiro fundamental nessa política de incentivos. Nos próximos 12 meses, estimam-se que R$ 39,7 bilhões estarão disponíveis através de programas agropecuários do governo, além de R$ 30 bilhões advindos de recursos próprios do BNDES, voltados para o custeio da produção, investimento e comercialização.

    Das verbas acessíveis via programas governamentais, R$ 26,3 bilhões são direcionados a médios e grandes agricultores empresariais, com juros que variam de 8,5% a 14% ao ano. Em contrapartida, pequenos produtores da agricultura familiar poderão contar com R$ 13,4 bilhões, com taxas de juros que vão de 0,5% a 8% ao ano, oferecendo um suporte essencial para esse segmento.

    A estruturação do financiamento inclui R$ 14,4 bilhões atrelados ao dólar, direcionados ao agronegócio. Essa estratégia visa alinhar o custo da dívida à evolução das receitas geradas por exportações, que são em moeda estrangeira. O apoio do BNDES será disponibilizado de maneira direta, com a contratação de dívidas junto ao banco, ou indiretamente, através de suas 80 instituições financeiras parceiras espalhadas pelo Brasil.

    O Plano Safra, lançado em 1º de julho, prevê um total de R$ 516,2 bilhões em crédito rural, englobando diversas outras modalidades de financiamento além das oferecidas pelo BNDES. O planejamento e a execução desta ação estão sob a coordenação do Ministério da Agricultura e Pecuária, abrangendo operações de custeio, comercialização e investimento, demonstrando o compromisso do governo com o fortalecimento do setor.

    Adicionalmente, o Brasil se prepara para uma safra recorde em 2025, com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projetando uma produção de cereais, leguminosas e oleaginosas que deve atingir 333,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 13,9% em relação à colheita do ano anterior. Esse cenário otimista é um indicativo de que, mesmo diante das dificuldades financeiras, o setor agrícola pode continuar a prosperar em um contexto global cada vez mais desafiador.

  • ECONOMIA – INSS Oferece Ressarcimento a Aposentados por Descontos Ilegais; Adesão Começa Hoje e Pagamentos Iniciam em 24 de Outubro.

    A partir de hoje, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que foram vítimas de descontos indevidos de mensalidades associativas podem se inscrever no acordo de ressarcimento promovido pelo governo federal. Este novo esquema visa beneficiar aqueles que já contestaram os valores não autorizados que foram descontados de seus benefícios entre março de 2020 e março de 2025 e não obtiveram resposta satisfatória das organizações associativas.

    Os interessados devem fazer a adesão para ter direito ao reembolso, que será realizado em uma única parcela, corrigida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), evitando assim a necessidade de ações judiciais. Os beneficiários podem se inscrever facilmente através do aplicativo Meu INSS ou nas agências dos Correios. Para isso, os interessados devem acessar a opção “Consultar Pedidos”, selecionar “Cumprir Exigência”, a opção “Aceito Receber” e, por fim, clicar em “Enviar”. É importante ressaltar que não é necessário apresentar novos documentos, apenas os já apresentados anteriormente.

    O pagamento dos valores devidos começará no dia 24 deste mês, com a previsão de liberação diária de pagamentos em lotes de até 100 mil beneficiários, seguindo a ordem cronológica de adesão ao acordo. Com isso, aqueles que se inscreverem primeiro terão prioridade no recebimento.

    Além disso, aposentados que já tenham ingressado com ações judiciais também podem optar por este acordo, mas serão obrigados a desistir do processo judicial para evitar recebimentos em duplicidade. Para os beneficiários em situação de vulnerabilidade, como idosos acima de 80 anos, indígenas e quilombolas, o INSS fará uma contestação automática.

    Os aposentados que ainda não contestaram os descontos podem fazê-lo pelo aplicativo, pelo telefone ou nas agências dos Correios. As novas contestações serão aceitas até, pelo menos, 14 de novembro de 2025, quando o governo avaliará a necessidade de prorrogação deste prazo.

    Para garantir que os descontos identificados sejam realmente indevidos, as entidades têm um prazo de 15 dias para apresentar a documentação que comprove a legalidade dos pagamentos. Caso contrário, o INSS se compromete a devolver integralmente os valores cobrados de forma inadequada, estabelecendo medidas para responsabilizar as entidades envolvidas.

    De acordo com estimativas do INSS, cerca de 3,8 milhões de beneficiários questionaram os descontos de mensalidades, e mais de 1,86 milhão já se qualificam para receber o ressarcimento. O governo federal está se preparando para publicar uma Medida Provisória (MP) que destinará aproximadamente R$ 3 bilhões para custear o plano de restituição.

    Essas ações foram reafirmadas em um vídeo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que garantiu a devolução do dinheiro de forma integral e corrigida, ao mesmo tempo que se comprometeu a investigar e punir os responsáveis pelos prejuízos financeiros aos aposentados e pensionistas. Com isso, o governo espera atender a um número considerável de pessoas que foram afetadas por essas irregularidades e restabelecer seus direitos.

  • ECONOMIA – Brasil se prepara para safra recorde de grãos com aumento de 339,6 milhões de toneladas, impulsionada por tecnologia e políticas públicas eficazes.

    O Brasil se prepara para uma safra histórica de grãos, com projeções que indicam um aumento considerável na produção em relação aos ciclos anteriores. Impulsionado por um clima favorável, ampliação da área cultivada e investimentos em tecnologia, o país deve colher aproximadamente 339,6 milhões de toneladas nesta temporada. Essa estimativa representa um crescimento de 14,2% em comparação com a safra do ano passado, refletindo um panorama otimista para o setor agrícola brasileiro.

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destaca que a área plantada atingiu 81,8 milhões de hectares, aumentando 2,3% em relação ao ano anterior. Embora as condições climáticas tenham impactado negativamente o plantio de culturas de inverno, como trigo e aveia, outros cultivos progrediram de maneira satisfatória em seus ciclos.

    Entre as principais culturas, a soja se destaca com uma produção prevista de 169,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior. Essa elevação na produção se deve, em parte, ao recorde na produtividade média. O milho também se mostra promissor, com a expectativa de alcançar 132 milhões de toneladas nas três safras, aumentando 14,3%.

    No que diz respeito ao algodão, a produção está estimada em 3,9 milhões de toneladas, refletindo um crescimento de 6,4% em virtude do maior incentivo à área cultivada. O arroz, que já teve sua colheita finalizada, mostra sinais de recuperação, alcançando 12,3 milhões de toneladas, um aumento significativo de 16,5%. Este crescimento é atribuído tanto ao aumento da área plantada quanto às condições climáticas favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul.

    Entretanto, nem todas as culturas estão apresentando resultados positivos. O feijão, por exemplo, deve produzir 3,15 milhões de toneladas, o que representa uma ligeira queda de 1,3%. Contudo, a primeira safra teve um desempenho encorajador, com um crescimento de 12,8%.

    No âmbito comercial, a recente elevação na mistura obrigatória de biodiesel deve beneficiar o mercado de soja, com uma demanda em ascensão por esmagamento. As previsões indicam um aumento na produção de óleo e farelo, enquanto as exportações de soja em grão devem se manter estáveis.

    Em relação ao milho, a forte demanda interna, especialmente para a produção de etanol, deve absorver a maior parte do aumento na oferta. A estimativa é de que 90 milhões de toneladas sejam direcionadas ao consumo doméstico, com exportações podendo ter uma leve queda. A produção de arroz, por sua vez, poderá reverter este cenário, viabilizando um crescimento nas exportações à medida que os estoques finais aumentam.

    Esse cenário positivo reforça a importância do agronegócio para a economia brasileira, evidenciando não apenas a capacidade do país em aumentar sua produção, mas também a relevância do setor na dinâmica de comércio internacional e no fortalecimento da segurança alimentar.

  • DIREITOS HUMANOS – Gratuidade no Transporte Municipal: Idosos Não Precisam Mais do Cartão JAÉ, Apenas Documento de Identidade é Necessário.

    Na última quinta-feira, a juíza Mirela Erbisti, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, proferiu uma decisão significativa para os idosos da cidade. A partir de agora, os cidadãos com 65 anos ou mais não precisarão mais apresentar o cartão JAÉ para garantir a gratuidade nos transportes públicos municipais. De acordo com a determinação judicial, bastará que esses passageiros apresentem um documento oficial de identidade no momento do embarque para usufruir do benefício, em conformidade com o que preconiza o Estatuto do Idoso.

    Essa decisão surge em resposta a um problema que afligiu muitos idosos: a lentidão na entrega dos cartões JAÉ. Filas extensas e demoradas em postos de atendimento, além de atrasos na entrega domiciliar dos cartões, geraram insatisfação generalizada. Esse contexto levou a Justiça a intervir para garantir que os direitos dos idosos não fossem comprometidos.

    Maína Celidonio, a secretária municipal de Transportes do Rio, enfatizou que não há um prazo definido para que os idosos solicitem o benefício da gratuidade. O processo de cadastro e entrega dos cartões continua de forma ininterrupta, garantindo que todos tenham acesso ao transporte público gratuito. Os idosos poderão, portanto, usufruir do transporte mediante a simples apresentação de um documento oficial com foto, independentemente do cartão JAÉ.

    Além disso, o Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio confirmou que os motoristas foram instruídos a permitir que os idosos embarquem pela porta traseira dos veículos, mesmo que não portem o cartão, desde que apresentem um documento de identificação válido. Essa medida visa facilitar o acesso dos idosos ao transporte público, respeitando seus direitos e garantindo a inclusão social.

    Com essa nova orientação, espera-se que mais idosos possam usufruir da gratuidade no transporte, sem as barreiras que a burocracia anterior impunha. A decisão representa um importante passo na luta pela acessibilidade e dignidade dos idosos na capital fluminense.

  • ECONOMIA – Brasil tem medidas comerciais contra EUA que não afetam a inflação, afirma ministro da Fazenda Fernando Haddad. Diplomacia segue aberta para resolver impasse.

    Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou as possibilidades de retaliação comercial do Brasil em resposta às sanções impostas pelos Estados Unidos, enfatizando que tais medidas não impactariam a inflação interna. Haddad destacou a Lei de Reciprocidade Econômica, que foi aprovada recentemente pelo Congresso, como um mecanismo que permite ao Brasil adotar ações não tarifárias e aumentos de tarifas que não afetam os preços aos consumidores nacionais.

    O ministro explicou que o governo está avaliando uma série de opções para responder às novas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA, anunciadas pelo presidente Donald Trump. Ele ressaltou que as medidas brasileiras estão sendo cuidadosamente estudadas por um grupo de trabalho, e que o foco não está em criar pressões inflacionárias, mas sim em desenvolver estratégias de retaliação justas e ponderadas.

    Haddad também mencionou que os canais de diálogo entre Brasil e Estados Unidos permanecem abertos, reafirmando a intenção de buscar um entendimento que evite uma escalada de tensões comerciais. “Estamos comprometidos em encontrar soluções através da diplomacia”, afirmou. A lei, segundo ele, recebeu apoio significativo no Congresso, incluindo votos de setores da oposição, o que indica um consenso amplo sobre a importância da soberania nacional nas relações comerciais.

    Em suas declarações, o ministro não hesitou em criticar a postura dos Estados Unidos, classificando as tarifas como “irracionais” e sem justificativa econômica plausível. Ele lembrou que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos mantiveram um superávit em sua balança comercial com o Brasil, o que levanta questões sobre a necessidade de tais medidas protecionistas. Haddad reforçou que o Brasil não busca adotar posturas de proteção comercial, mas sim assegurar um comércio justo e equilibrado.

    Além das discussões comerciais, Haddad também comentou rapidamente sobre a audiência de conciliação relacionada ao decreto que eleva o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), reiterando a posição da Fazenda de que o ato é constitucional. Essa posição indica que o governo está se preparando para possíveis desafios legais, enquanto tenta equilibrar a agenda fiscal do país com as necessidades do comércio exterior.

  • EDUCAÇÃO – Encceja PPL 2025: Inscrições se encerram nesta sexta-feira; exame avalia competências de jovens e adultos privados de liberdade.

    As inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade, também conhecido como Encceja PPL, encerram-se nesta sexta-feira, 11 de outubro de 2025. Esta oportunidade é crucial para jovens e adultos que não conseguiram finalizar seus estudos na idade ideal, permitindo que obtenham certificações nos níveis de ensino fundamental e médio.

    Os participantes devem ter, no mínimo, 15 anos completos para o ensino fundamental e 18 anos para o ensino médio na data da aplicação do exame. As inscrições são realizadas de maneira voluntária e gratuita. O responsável pedagógico de cada unidade prisional ou socioeducativa, previamente cadastrada no sistema de administração prisional, é quem deve fazer a inscrição dos interessados através do Sistema PPL, administrado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). É essencial que este responsável mantenha sigilosamente a senha de acesso ao sistema, além dos números de inscrição e Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos candidatos, pois essas informações são necessárias para acompanhar o progresso da inscrição e acessar os resultados.

    As provas do Encceja PPL ocorrerão nos dias 23 e 24 de setembro de 2025, sendo que os candidatos não deixarão as unidades prisionais durante o exame. Para a realização das provas, é imprescindível que as unidades estejam autorizadas pelos órgãos de administração prisional estadual e que ofereçam infraestrutura adequada, incluindo espaço coberto, iluminação adequada e condições que garantam a segurança de todos os envolvidos.

    As avaliações consistirão em quatro provas objetivas por nível de ensino, cada uma com 30 questões de múltipla escolha, além de uma redação. Para aqueles que buscam a certificação do ensino fundamental, as áreas de conhecimento abordadas incluem ciências naturais, matemática, língua portuguesa, entre outras. Já os candidatos ao ensino médio serão avaliados em disciplinas como química, física, biologia e filosofia, além da redação.

    Desde sua criação em 2002, o Encceja tem se mostrado uma ferramenta valiosa, permitindo que os participantes avaliem suas competências e conhecimentos adquiridos ao longo da vida. Os resultados são utilizados por secretarias de Educação e institutos federais como parâmetro para a certificação de conclusão dos níveis fundamental e médio, oferecendo uma chance de reingresso à trajetória escolar e contribuindo para a inclusão educacional de adultos e jovens. Essa iniciativa representa uma referência nacional significativa na avaliação de aprendizes em situação de privação de liberdade.

  • ECONOMIA – Brasil Busca Novos Mercados Após Anúncio de Tarifas de 50% dos EUA que Ameaçam Exportações Agrícolas e Pecuárias.

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está adotando estratégias para mitigar os impactos das novas tarifas que o governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, impôs sobre produtos brasileiros. A medida, que prevê uma taxação de 50% sobre diversas importações do Brasil, levanta preocupações significativas no setor de agronegócios, especialmente entre os principais produtos exportados, como açúcar, café, suco de laranja e carne bovina.

    Em uma coletiva de imprensa realizada recentemente, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que medidas estão sendo desenvolvidas para buscar novos mercados e alternativas que possam compensar a perda de vendas para os Estados Unidos. Ele mencionou que o foco recairá sobre países do Oriente Médio, Sul da Ásia e outras regiões com potencial para absorver a produção brasileira. O ministro reforçou a importância de ações diplomáticas, destacando que a resposta do governo brasileiro será estratégica e proativa.

    Fávaro também fez críticas à decisão da Administração Trump, classificando-a como “indecente”. Em função da gravidade da situação, reuniões com organizações representativas dos setores mais atingidos foram realizadas, visando elaborar um plano de ação que ajude a preservar os interesses do agronegócio brasileiro. A colaboração entre os setores produtivos é considerada crucial para enfrentar o desafio que se aproxima.

    A nova tarifa de importação pode também resultar em repercussões econômicas aqui no Brasil, como a queda nos preços das commodities agrícolas no mercado interno, uma vez que os produtos afetados poderão ter menos saída para exportação. Especialistas têm alertado que essa condição poderá prejudicar produtores que já enfrentam dificuldades no contexto econômico atual.

    A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) já expressou sua preocupação com a nova política comercial dos EUA. De acordo com cálculos feitos pela entidade, a elevação de custos imposta pela taxa de Trump pode inviabilizar a exportação de carne brasileira para o mercado norte-americano, um dos mais significativos para este setor.

    Nesse cenário, a mobilização do Ministério da Agricultura e Pecuária se faz necessária para assegurar que o impacto das tarifas seja minimizado e que a agropecuária brasileira continue a buscar e consolidar novas oportunidades de mercado.