Categoria: Agência Brasil

  • SAÚDE – Hospitais e UPAs do Rio funcionam normalmente em feriados devido à Cúpula do Brics; serviços de saúde permanecem ativos na cidade durante o evento.

    Na próxima sexta-feira, 4 de outubro, e no feriado de segunda-feira, 7, os hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) seguirão operando normalmente. Essas atividades acontecem em um contexto especial, já que a capital fluminense sedia a Cúpula do Brics, um importante encontro que reunirá líderes dos países membros do grupo, que inclui Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. O evento está programado para ocorrer no Museu de Arte Moderna (MAM), localizado no centro do Rio, e as delegações estarão hospedadas na rede hoteleira, predominantemente na zona sul da cidade.

    O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), que é gerido pela Secretaria de Saúde do Estado, manterá sua operação em regime de 24 horas durante o período do evento. Essa continuidade é essencial, especialmente em um momento em que a cidade espera um aumento no fluxo de pessoas.

    Outra informação relevante é que o Hemorio, situado na Rua Frei Caneca, 8, no centro, estará aberto diariamente, garantindo a coleta de sangue entre 7h e 18h. O Rio Imagem, uma unidade de diagnóstico localizada na Avenida Presidente Vargas, também funcionará neste feriado, oferecendo apenas exames de ressonância magnética, tomografia computadorizada, raio-X e mamografia. A partir da terça-feira, 8, a unidade voltará a disponibilizar a gama completa de exames, incluindo biópsias, ultrassonografias e ecocardiogramas.

    Entretanto, o Ambulatório Médico de Especialidades Susana Naspolini, em Ipanema, não abrirá suas portas durante esta sexta-feira nem na segunda-feira. As atividades desse ambulatório estão previstas para retornar ao normal na terça-feira, 8 de outubro.

    A Cúpula do Brics, que teve seu início em 2009 com a união de Brasil, Rússia, Índia e China, passou a contar com a África do Sul em 2011, ampliando sua importância no cenário global. Recentemente, o grupo se expandiu, com a admissão de novos membros como Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Irã, a partir de janeiro de 2024, além da Indonésia, que se juntou em janeiro de 2025. Essa evolução reflete a crescente influência do bloco nos debates sobre desenvolvimento econômico e cooperação internacional.

  • POLÍTICA – Lula defende novas formas de financiamento sustentável em reunião do Novo Banco de Desenvolvimento para apoiar países em desenvolvimento sem austeridade.

    Na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo para que instituições financeiras globais busquem novas abordagens para financiar o desenvolvimento sustentável sem impor condicionalidades e medidas de austeridade que comprometem os investimentos, especialmente nos países em desenvolvimento. Durante sua participação na reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), em Rio de Janeiro, Lula enfatizou que a ajuda financeira deve ser vista como uma oportunidade para que indivíduos possam superar a pobreza ao invés de simplesmente uma doação. “Não é doação de dinheiro, é empréstimo para que pessoas possam ter uma chance de sair da miséria em que estão”, afirmou.

    Este evento se deu em um contexto preparatório para a iminente Cúpula de Líderes do Brics, que está marcada para os dias 6 e 7 de outubro. Durante sua fala, Lula destacou a necessidade urgente de um novo modelo de financiamento, apontando que a austeridade imposta por instituições como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial não surtiu efeitos positivos; ao contrário, aumentou a desigualdade, beneficiando os mais ricos em detrimento dos mais pobres.

    Outra questão crítica abordada pelo presidente foi a elevada dívida dos países africanos, estimada em 900 bilhões de dólares, que inviabiliza o desenvolvimento econômico. Ele destacou que o pagamento de juros dessas dívidas supera os recursos disponíveis para investimento, o que perpetua o ciclo da pobreza no continente. Ao citar o caso do Haiti, Lula lembrou que o país, que já enfrenta sérios problemas internos e sociais, ainda convive com as consequências de sua dívida histórica com a França pela independência.

    Em relação ao NDB, criado em 2014 como uma alternativa às instituições financeiras tradicionais, Lula ressaltou seu compromisso de direcionar 40% dos financiamentos para projetos de desenvolvimento sustentável. Até hoje, o banco já aprovou mais de 120 projetos em áreas como energia limpa e saneamento, totalizando um investimento de 40 bilhões de dólares.

    A sustentabilidade e a integração de novas tecnologias também foram discutidas, com o presidente indicando a iniciativa de um estudo para viabilizar um cabo submarino que conectaria os países do Brics, promovendo maior soberania e eficiência na troca de dados. Lula concluiu, reafirmando a importância do NDB no cenário global, onde a instabilidade, o protecionismo e a crise climática exigem uma nova arquitetura financeira que promova um desenvolvimento mais equitativo e justo para todos.

  • ECONOMIA – Dilma Rousseff destaca relevância do Novo Banco de Desenvolvimento e defende um multilateralismo justo e sustentável em celebração de 10 anos da instituição.

    Na recente cerimônia que marcou a primeira década de existência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), a presidente da instituição, Dilma Rousseff, expressou uma visão abrangente sobre o futuro do desenvolvimento global. Durante o evento, Rousseff enfatizou a importância de um progresso que não apenas promova crescimento econômico, mas que seja também sustentável, inclusivo, justo, resiliente e, acima de tudo, soberano. Ao refletir sobre os dez anos do banco, ela afirmou: “Comemoramos, portanto, a primeira década do banco não só com orgulho, mas com senso renovado de propósito”.

    A ex-presidente destacou que o contexto global mudou drasticamente desde 2015, ano de fundação do NDB. Na visão de Rousseff, o mundo atual é marcado por uma crescente fragmentação, desigualdade e múltiplas crises interligadas, incluídas as ambientais, econômicas e geopolíticas. Ela alertou para a pressão que o multilateralismo enfrenta e a recuperação do unilateralismo, fenômeno que, segundo ela, enfraquece a cooperação internacional.

    Rousseff criticou o uso de tarifas, sanções e restrições financeiras como instrumentos de subordinação política, observando que essas práticas estão reestruturando cadeias produtivas globais: “Não é apenas uma questão de eficiência, mas de interesses geopolíticos exacerbados”, destacou. Ela comentou ainda sobre a assimetria do sistema financeiro internacional, que, segundo a ex-presidente, impõe fardos desproporcionais aos países com menos recursos.

    Diante desse panorama, Rousseff argumentou que a missão do NDB é crucial, reiterando que a instituição não só se mostrou confiável e eficiente nos últimos dez anos, mas que também defende valores essenciais como solidariedade, equidade e soberania. “Acreditamos que há mais de uma maneira de promover o desenvolvimento”, afirmou, sublinhando que países emergentes e em desenvolvimento merecem instituições que entendam suas realidades e respeitem suas escolhas.

    Criado inicialmente para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, o NDB já aprovou 120 projetos, totalizando cerca de US$ 39 bilhões em financiamentos. A adesão de países fora do agrupamento Brics, como Uruguai e Argélia, demonstra a importância e a abrangência da instituição.

    O bloco Brics, do qual o NDB faz parte, tem emergido como um importante fórum político e diplomático para nações do sul global, buscando por meio de suas iniciativas, como o banco, fortalecer sua influência em órgãos internacionais como a ONU e o FMI. A jornada do NDB, nesses dez anos, parece ser apenas o começo de um esforço maior por um futuro mais equitativo e colaborativo no cenário global.

  • SAÚDE – Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave continuam em alta, mas alguns estados apresentam sinais de queda, reforçando a importância da vacinação contra a influenza.

    O recente boletim do InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta uma persistente alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em diversas partes do Brasil. A análise das últimas semanas indica uma possível desaceleração ou até mesmo uma estabilização no crescimento de infecções por influenza A em vários estados das regiões centro-sul, Norte e Nordeste, bem como uma diminuição nos casos relacionados ao vírus sincicial respiratório (VSR).

    Dados coletados nas últimas quatro semanas epidemiológicas revelam que a maior parte das infecções é atribuída ao vírus da influenza A, com uma taxa de positividade de 33,4%, seguido pelo VSR com 47,7%, entre outros patógenos. No que diz respeito aos óbitos, a situação é semelhante, com a influenza A responsável por 74,1% das mortes. Nesse cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, uma das responsáveis pelo InfoGripe, destacou que alguns estados, como Mato Grosso e Paraná, ainda enfrentam um aumento nas internações por SRAG, com a influenza A e o VSR sendo os principais vilões.

    Ela enfatizou a importância da vacinação contra a influenza, ressaltando que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina gratuitamente para grupos prioritários. A especialista alertou que mesmo aqueles que já contraíram gripe recentemente devem se vacinar, uma vez que a imunização protege contra os principais tipos de vírus da influenza que afetam os humanos.

    A influenza A continua sendo a principal causadora de hospitalizações e mortes por SRAG, especialmente entre os idosos. As crianças pequenas são as mais afetadas pela SRAG associada ao VSR, destacando a necessidade de vigilância nessa faixa etária.

    A análise ainda revelou que, embora a incidência de SRAG em populações de jovens, adultos e idosos mostre sinais de queda em várias partes do país, ainda há aumento preocupante dos casos em estados como Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima. Ao todo, seis das 27 unidades federativas estão em nível de alerta ou alto risco, indicando uma preocupação contínua com a saúde pública, especialmente em relação à influenza A e seus efeitos devastadores.

  • ECONOMIA – Crescimento do Mercado de Veículos Novos em 2023 é Impulsionado por Motocicletas, Apesar de Queda Mensal nas Vendas Geralmente Registadas em Junho.

    O mercado de veículos novos apresentou um crescimento de 4,82% entre janeiro e junho deste ano, com 1.143.657 unidades emplacadas. No entanto, em junho, os números não foram tão favoráveis, registrando uma queda de 5,66% em relação a maio e um leve declínio de 0,63% comparado ao mesmo mês do ano anterior. No total, foram 212.897 novos veículos vendidos em junho, refletindo uma tendência de desaceleração.

    Ao analisar apenas a categoria dos automóveis e utilitários leves, o segmento teve um desempenho positivo, com um incremento de 5,05% sobre o mesmo semestre do ano anterior, contabilizando 1.076.896 emplacamentos. Porém, assim como no mercado geral, junho trouxe um contraste negativo, apresentando uma redução de 5,69% em relação ao mês anterior e uma queda de 0,14% comparado ao mesmo mês de 2022, totalizando 202.164 veículos vendidos.

    Quando abrange todos os segmentos, incluindo caminhões, ônibus e motocicletas, o crescimento no primeiro semestre foi ainda mais expressivo, alcançando 6,99% com 2.187.738 veículos comercializados. Contudo, houve uma queda mensal de 6,36% de maio a junho. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o mercado mostrou um leve crescimento de 2,62%.

    Um dos pontos positivos destacados pelo setor é o aumento nas vendas de motocicletas. Com a crescente demanda por entregas e transporte de pessoas, espera-se que o segmento ultrapasse a marca de 2 milhões de unidades vendidas até o final do ano. Em junho, 179.358 motocicletas foram comercializadas, representando um crescimento significativo de 8,14% em relação ao ano passado. No acumulado do ano, foram 932.932 unidades comercializadas, com um aumento de 10,33%.

    Os especialistas atribuem as quedas registradas em junho, em parte, à redução no número de dias úteis. Além disso, a elevada taxa de juros, fixada em 15% para a Selic, tem impactado negativamente o mercado de veículos, especialmente nas categorias de caminhões e implementos rodoviários, levando a uma revisão nas expectativas de crescimento.

    De acordo com as autoridades do setor, a previsão para a distribuição de veículos automotores é um crescimento de cerca de 6,2% para o ano, embora essa expectativa tenha sido ajustada para baixo, refletindo a previsão de queda nas vendas de caminhões. Para automóveis e utilitários leves, espera-se um crescimento modesto, podendo chegar a 4,4%.

    Apesar dos desafios enfrentados, o cenário permanece otimista para a maior parte dos segmentos, com destaque para motocicletas, automóveis e ônibus, que devem manter uma trajetória de crescimento ao longo de 2023.

  • ESPORTE – “TV Brasil Transmite Decisões Empolgantes da Série A3 do Campeonato Brasileiro Feminino Neste Fim de Semana”

    Neste final de semana, a TV Brasil se prepara para transmitir dois importantes jogos de volta do mata-mata do Campeonato Brasileiro Feminino de Futebol – Série A3. No sábado, dia 5, a equipe do Vila Nova, localizada em Goiânia, entrará em campo às 10h50 contra o Itabirito. Este confronto será decisivo, pois a equipe precisa reverter o empate obtido na partida anterior. Um novo empate resultará na necessidade de uma disputa de pênaltis para determinar quem avança à final.

    No dia seguinte, domingo, 6 de agosto, o Atlético Piauiense dará seguimento ao seu sonho de conquistar o título, enfrentando o Doce Mel em Teresina, às 18h05. A equipe piauiense entra em campo em uma posição confortável após vencer o primeiro jogo por um expressivo 3 a 0. Para garantir a classificação à final, o Atlético Piauiense pode até perder por uma diferença de dois gols e ainda assim seguir na disputa.

    A TV Brasil, ao transmitir essas etapas finais da Série A3, reitera seu compromisso em promover o esporte feminino em sua programação, um passo importante em direção à valorização das mulheres no esporte. Além das partidas da Série A3, a emissora já exibe jogos da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino e da Liga de Basquete Feminino (LBF).

    A Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), que inclui 167 emissoras de televisão e 165 de rádio, garante que torcedores de todo o Brasil possam acompanhar essas emocionantes partidas e vibrar com suas equipes na busca pelo título.

    Em 2023, a audiência das transmissões do Campeonato Brasileiro Feminino na TV Brasil apresentou um crescimento significativo, com um aumento de 23,8% em relação a 2022. Esses resultados consideram a primeira fase da Série A1, que se encerrou em junho, e abrangem áreas como o Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo, mostrando um aumento de 51% em comparação com a média geral da emissora.

    Os torcedores interessados em se aprofundar no que acontece nos bastidores do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino podem conferir o videocast “Copa Delas” no YouTube, onde são disponibilizadas entrevistas, análises das partidas e informações sobre as jogadoras, criando uma conexão ainda mais próxima com o evento.

    A Série A3 do Brasileirão Feminino conta com 32 clubes divididos em oito grupos, disputando em formato de turno único. Os melhores times avançam para as oitavas de final, e os quatro semifinalistas garantem acesso à Série A2 de 2026. A cobertura também pode ser acompanhada ao vivo e on demand pela TV Brasil, disponível em diversos formatos, incluindo aplicativo para smartphones, garantindo que os apaixonados pelo futebol feminino fiquem sempre bem informados e conectados.

  • ECONOMIA – Manifestantes ocupam sede do Itaú BBA em São Paulo em defesa da taxação dos super-ricos e reforma tributária, prometendo novos atos no dia 10.

    Na manhã desta quarta-feira, 3 de outubro, manifestantes da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizaram uma ocupação na sede do banco Itaú BBA, localizada na icônica Avenida Faria Lima, em São Paulo. A ação foi marcada por faixas que clamavam por “O povo não vai pagar a conta”, “chega de mamata” e “taxação dos super-ricos”.

    Os organizadores do ato visavam promover a urgência da reforma tributária, destacando a necessidade de uma tributação mais justa para aqueles que possuem grandes fortunas, como bilionários e instituições financeiras. Em suas redes sociais, os manifestantes enfatizaram a importância de obter recursos através da taxação dos grandes lucros gerados por bancos e empresas do setor de apostas (“bets”), reforçando que essa medida seria fundamental para enfrentar a desigualdade social crescente no país.

    De acordo com os ativistas, a situação atual exige mudanças estruturais que beneficiem a população mais vulnerável. Eles publicaram um manifesto nas plataformas digitais, onde afirmam: “No Brasil, taxar os super ricos é crucial para reduzir a desigualdade. São lucros e dividendos que seguem intocados, enquanto a maioria trabalha arduamente e paga caro por tudo”. Essa mensagem capturou a essência da luta dos manifestantes, que buscam representantes no dia a dia e pressionam instituições a reconsiderarem suas políticas sociais.

    A escolha da sede do Itaú BBA como palco da manifestação não foi aleatória; os organizadores apontam que o prédio é o mais caro do Brasil, adquirido pelo banco no ano passado por aproximadamente R$ 1,4 bilhão. O Itaú BBA, que é o braço de investimentos da grande instituição financeira, optou por não comentar a manifestação.

    Além do ato realizado hoje, as entidades organizaram outra mobilização prevista para o dia 10 de outubro, marcada para ocorrer às 18h na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), dando continuidade à pressão por uma reforma que busque maior justiça fiscal no Brasil. Essas manifestações refletem um descontentamento crescente entre setores da população em relação à concentração de riqueza e a falta de ação efetiva para minimizar as disparidades sociais.

  • ECONOMIA –

    Petrobras Luta para Preencher Vagas em Meio à Escassez de Mão de Obra Especializada e Anuncia Investimentos de R$ 33 Bilhões

    A Petrobras enfrenta um desafio crescente para preencher suas vagas de trabalho, especialmente nas operações que dependem de empresas terceirizadas. Em uma estratégia para contornar essa dificuldade, a companhia tem buscado parcerias com instituições que possam ajudar a qualificar a mão de obra e está também empenhada em reatrair profissionais que deixaram o setor, muitos dos quais foram forçados a mudar para ocupações informais, como motoristas de aplicativos.

    Durante uma apresentação recente a jornalistas, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, juntamente com diretores da empresa, destacou que a condição do mercado de trabalho está se aproximando de um estado de pleno emprego. Esse cenário caracteriza-se pela existência de oportunidades para todos aqueles que desejam e estão aptos a trabalhar. Medidas de incentivo à contratação foram integradas ao anúncio de um robusto plano de investimentos, que inclui R$ 33 bilhões destinados ao refino e à indústria petroquímica no Rio de Janeiro até 2029. Estima-se que essa iniciativa poderá gerar cerca de 38 mil empregos diretos e indiretos, além de mais de 100 mil postos de trabalho relacionados à manutenção.

    Entretanto, essa escassez de mão de obra qualificada não se restringe apenas ao Rio de Janeiro; ela está sendo sentida também em outras regiões do Brasil. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a taxa de desemprego no país caiu para 6,2%, o menor índice desde 2012, refletindo um ambiente onde muitos profissionais já não estão mais à procura de emprego.

    Renata Baruzzi, diretora-executiva de Engenharia, Tecnologia e Inovação, considerou a dificuldade de contratação como uma “dificuldade boa”, uma vez que indica que o país está em um estado de pleno emprego. Ela ressaltou a importância de trazer profissionais qualificados de volta ao setor, citando o exemplo de motoristas de aplicativos que anteriormente trabalhavam no mercado construtivo, como os casos de motoristas do Uber.

    Para mitigar a escassez de mão de obra, a Petrobras tem promovido iniciativas como o Programa Autonomia e Renda, que visa capacitar beneficiários do Bolsa Família, numa parceria com a Firjan, com a intenção de integrá-los ao mercado de trabalho nas obras e operações da empresa. Além disso, a política de contratação da Petrobras inclui benefícios como planos de saúde, evidenciando as vantagens do emprego formal.

    Os salários oferecidos nas contratações giram em torno de R$ 6 mil a mais de R$ 30 mil, dependendo da especialização e da demanda por profissionais. Para cargos como inspetores de solda e planejamento, a faixa salarial pode variar substancialmente, com ofertas que chegam a valores consideráveis, refletindo a necessidade de habilidades específicas e conhecimentos técnicos.

    Portanto, a Petrobras não apenas investe em novas oportunidades de emprego, mas também enfrenta o desafio crítico de adaptar seu quadro de funcionários às exigências do mercado atual, numa tentativa de digitalizar e modernizar seus processos operacionais.

  • ECONOMIA – Petrobras Aumenta Escoamento de Gás Natural para Reduzir Preços e Atender Indústrias em Novo Pacote de Investimentos de R$ 33 Bilhões

    Nesta quinta-feira, 3 de outubro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou a intenção da estatal de elevar o volume de gás natural que chega à costa brasileira. A medida visa não apenas facilitar o escoamento do combustível, mas também reduzir os preços para setores industriais que dependem desse insumo essencial. Em uma apresentação a jornalistas, Chambriard enfatizou a relevância dessa ação em um contexto em que o gás natural é um elemento crucial tanto como fonte de energia quanto como matéria-prima para a produção de fertilizantes, por exemplo.

    No âmbito de um abrangente pacote de investimentos que ultrapassa R$ 33 bilhões, a Petrobras focará na integração da Rota 3, linha de escoamento de gás dos campos do pré-sal localizados na Bacia de Santos, com as Unidades Petroquímicas e a Refinaria Duque de Caxias, situadas na região metropolitana do Rio de Janeiro. Este conjunto de ações visa aumentar a eficiência do transporte e a disponibilidade do gás no mercado brasileiro.

    Ao ser questionada sobre a possibilidade de que esses investimentos resultem em reduções no preço do gás natural, Chambriard afirmou que, embora a empresa esteja se esforçando para alcançar esse objetivo, o processo deve ser gradual. A presidente da estatal afirmou que a Petrobras tem um compromisso com a sociedade e pretende “abrasileirar” os preços, garantindo que os custos reflitam não apenas as flutuações internacionais, mas também a realidade de produção local.

    Contudo, o preço elevado do gás natural tem gerado descontentamento entre empresários. Um estudo recente apontou que o custo do gás no Brasil pode ser até dez vezes superior ao dos Estados Unidos e duas vezes mais que na Europa. Este cenário foi reforçado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que considerou a diminuição do preço do gás como fundamental para reindustrializar o país.

    Chambriard detalhou que as enormes distâncias dos campos de petróleo offshore representam um desafio logístico significativo, uma vez que as plataformas atuais não foram projetadas para exportação. Entretanto, novas estruturas, como o projeto da navio-plataforma Búzios 12, estão sendo desenvolvidas para otimizar a concentração de gás e facilitar seu transporte.

    A presidente da Petrobras também comentou sobre a importação de gás da Argentina e da Bolívia, ressaltando que o grande desafio é garantir que esse gás chegue ao Brasil a um custo acessível. A Petrobras atua em parceria com a estatal colombiana Ecopetrol em grandes campos de gás, mas ainda não há certeza sobre a quantidade que poderá ser exportada para o Brasil. Com uma abordagem focada no aumento da oferta e na sustentabilidade dos preços, a Petrobras se compromete a buscar soluções eficazes para um mercado tão vital quanto o do gás natural.

  • ECONOMIA – Bolsa atinge recorde próximo a 141 mil pontos, enquanto dólar cai para menos de R$ 5,40, o menor valor em mais de um ano.

    Em um dia marcado pela euforia no mercado financeiro, a bolsa de valores brasileira alcançou um feito notável ao se aproximar da marca de 141 mil pontos, encerrando a jornada em seu nível mais alto da história. O índice Ibovespa, que representa a B3, fechou em 140.928 pontos, apresentando uma alta de 1,35%. Essa valorização foi impulsionada por um desempenho robusto das ações bancárias e pelo otimismo observado nos mercados internacionais, onde as bolsas de Nova York também registraram recordes históricos.

    O ambiente favorável na bolsa se refletiu no mercado de câmbio, onde a moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,405, apresentando uma desvalorização de R$ 0,016, ou um recuo de 0,29%. Curiosamente, o dólar chegou a operar próximo a R$ 5,44 antes da abertura dos mercados nos Estados Unidos, mas acabou se fortalecendo até a hora final de negociação, quando caiu para o mínimo do dia. Assim, o dólar se posiciona no menor valor visto nos últimos 12 meses, um reflexo da queda acumulada de 1,42% somente nesta semana e 12,53% em 2025.

    O dia de alta não foi atribuído a um cenário econômico interno, uma vez que não ocorreram notícias relevantes que pudessem impactar o mercado. Em vez disso, a atenção dos investidores foi voltada para acontecimentos internacionais. A divulgação de que os Estados Unidos superaram as expectativas ao criar postos de trabalho em junho gerou incertezas sobre a possibilidade de cortes nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed) em um futuro próximo. Embora essa notícia geralmente tenha o potencial de valorizar o dólar globalmente, o cenário se inverteu com a expectativa de novos acordos comerciais que possam ser firmados nos próximos dias.

    Os países emergentes, incluindo o Brasil, também foram beneficiados pela valorização das commodities, impulsionadas por indicadores de desempenho positivo da economia chinesa, que continua a ser a maior consumidora de matérias-primas do mundo. Essa confluência de fatores otimizou o clima de negócios, gerando expectativas favoráveis entre os investidores e aquecendo o mercado local.