Categoria: Agência Brasil

  • INTERNACIONAL – Movimentos Sociais da Venezuela Buscam Inclusão no Brics Durante Reunião do Conselho Popular no Rio de Janeiro

    Hoje, os movimentos sociais da Venezuela apresentaram um pedido formal para integrar o Brics, além de pleitear participação no Conselho Popular do bloco. A solicitação foi entregue em uma carta durante a primeira reunião presencial da organização, realizada no Rio de Janeiro.

    A entrada da Venezuela no Brics havia sido negada em 2024, em uma cúpula na Rússia, o que provocou tensões nas relações entre Brasília e Caracas. Na ocasião, o Brasil justificou o veto alegando questões como falta de transparência nas eleições presidenciais venezuelanas. Em contrapartida, Rússia e China manifestaram apoio à Venezuela, sinalizando que a adesão do país ao bloco poderia ser uma questão de tempo.

    A deputada Blanca Eekhout, que também preside o Instituto Simón Bolívar de Amizade com os Povos, foi a responsável pela entrega da solicitação. Em suas declarações, ela enfatizou que a carta representa os anseios dos movimentos sociais venezuelanos, incluindo grupos de mulheres, conselhos comunitários e comunidades indígenas. “O Brics representa um mundo novo, multipolar e pluricêntrico, que a Venezuela apoiou desde o início”, afirmou Eekhout.

    Cesar Carias, representante do Movimento Indígena Unido de Venezuela (MIUVEN), reforçou o pedido, solicitando a remoção do veto que impede a participação da Venezuela. “Os povos indígenas e movimentos sociais da Venezuela querem ser incluídos no Brics. Esta é a nossa solicitação a este conselho”, declarou.

    Além das questões de inclusão, o documento final do Conselho Popular, a ser apresentado na cúpula do bloco, deve advogar a ampliação da presença de membros plenos do Brics na América Latina. Atualmente, o Brasil é o único membro pleno, enquanto Cuba e Bolívia figuram como parceiros e a Argentina – convidada em 2024 – rejeitou a adesão sob a nova presidência de Javier Milei.

    João Pedro Stédile, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), expressou surpresa com o veto do Brasil à Venezuela, defendendo que a inclusão de mais países no Brics beneficiaria a força do bloco na luta contra o imperialismo e a hegemonia dos Estados Unidos. Ele argumentou que a expansão deve englobar não apenas a Venezuela, mas também outras nações da América Latina, África e Ásia para fortalecer a voz do Sul Global.

    A proposta fundamental do Brics é a construção de um sistema alternativo que não dependa do dólar como moeda de referência nas transações internacionais. O Conselho Popular foi instituído na Declaração de Kazan em 2024 para engajar a sociedade civil nas discussões estratégicas, e sua formação no Brasil envolveu várias organizações sociais, sindicatos, ONGs e especialistas em busca de uma maior participação popular nas decisões do bloco.

  • ECONOMIA –

    Dilma Rousseff destaca diversificação de transações financeiras em moedas locais durante reunião do Novo Banco de Desenvolvimento no Rio de Janeiro

    A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, afirmou neste sábado, em coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, que o mercado financeiro global está passando por um processo de diversificação, refletido no uso crescente de moedas locais nas transações internacionais. Esse fenômeno, no entanto, não deve ser interpretado como um movimento para desbancar o dólar como moeda central do comércio mundial, conforme esclareceu a ex-presidente do Brasil durante o encerramento da décima Reunião Anual do NDB.

    Dilma foi questionada sobre as recentes discussões entre os países que formam o Brics sobre a possibilidade de substituir o dólar, uma questão que gerou críticas de líderes estrangeiros, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos, que ameaçou impor tarifas elevadas sobre as importações dos membros do Brics que adotarem essa medida. Segundo Rousseff, não há interesse de nenhum país em ocupar o espaço dos EUA no cenário econômico global.

    Ela destacou a importância de compreender que, embora os países busquem utilizar suas próprias moedas nas transações, isso não implica em uma diminuição do papel do dólar. “O mercado financeiro internacional continua predominantemente dolarizado”, enfatizou. A diversificação das opções de moeda é um reflexo das necessidades de adaptação e evolução do comércio, mas a hegemonia do dólar permanece intacta.

    Além disso, Rousseff anunciou a aceitação de dois novos membros no NDB: Uzbequistão e Colômbia, aumentando o número total de países na instituição para 11, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes, Bangladesh, Egito e Argélia. Desde sua fundação em 2015, o NDB já aprovou 122 projetos de investimento, totalizando cerca de US$ 40 bilhões, com um foco crescente em inovação e desenvolvimento tecnológico nos países membros.

    A presidente também enfatizou a relevância do financiamento em energias renováveis, especialmente em um momento em que a transição energética se torna crítica. Lembrou de suas propostas anteriores sobre a necessidade de “armazenar vento e sol”, ressaltando que a capacidade de armazenamento é fundamental para evitar crises energéticas, como as que foram recentemente enfrentadas por outros países. Para Dilma, a industrialização e a adoção de tecnologias são essenciais para garantir que os países do Brics se tornem protagonistas da tecnologia, e não apenas consumidores dos avanços produzidos por nações desenvolvidas.

    Nesse contexto, o Brics representa uma força crescente na economia global, englobando países que juntos representam uma parte significativa do PIB mundial e da população global. O bloco tem mostrado crescente relevância não apenas nas questões econômicas, mas também nas discussões sobre políticas de desenvolvimento sustentável e geração de energia limpa. A 17ª Reunião de Cúpula do Brics, sob a presidência do Brasil, destaca a importância deste agrupamento na definição de um novo paradigma de cooperação internacional.

  • ESPORTE – Copa do Mundo de Clubes: Real Madrid e PSG garantem vagas na final após vitórias emocionantes nas semifinais nos Estados Unidos

    Neste último sábado, a definição dos semifinalistas da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, realizada nos Estados Unidos, trouxe momentos eletrizantes para os fãs do futebol. No Metlife Stadium, em Nova Jersey, o Real Madrid, identificado como um gigante do futebol espanhol, enfrentou o Borussia Dortmund, e, com um triunfo apertado, garantiu sua vaga na próxima fase com um placar de 3 a 2.

    O Paris Saint-Germain (PSG), atuando no Mercedez-Benz Stadium, em Atlanta, também teve sua classificação confirmada ao vencer o Bayern de Munique, outra potência do futebol europeu, por 2 a 0. Essa vitória foi especialmente significativa para o time francês, que buscava um desfecho mais positivo após a derrota para os bávaros na final da Liga dos Campeões de 2020.

    A partida entre o PSG e o Bayern teve momentos tensos e decisivos. O primeiro gol do PSG saiu aos 32 minutos do segundo tempo, quando Désiré Doué, após receber um passe preciso de Achraf Hakimi, disparou um chute certeiro de longe, colocando o time em vantagem. O Bayern, que começou a pressionar, teve uma desvantagem quando o defensor Willian Pacho foi expulso, criando uma situação crítica para a equipe. A reviravolta se intensificou nos acréscimos, quando Lucas Hernández, também expulso, deixou o Bayern com um a menos. No entanto, aos 50 minutos, Ousmane Dembélé, após uma jogada brilhante de Hakimi, selou o resultado do confronto.

    Do outro lado, o Real Madrid não hesitou em mostrar sua força. Em apenas 19 minutos, Gonzalo García e Fran García marcaram, colocando o time em uma posição confortável. O Borussia Dortmund, porém, encontrou uma luz de esperança com um gol de Maximilian Beier, na metade final da partida. Os momentos finais foram cheios de emoção: Kylian Mbappé conseguiu marcar mais um para os madrilenos, mas a situação ficou tensa quando Dean Huijsen cometeu uma falta que resultou em pênalti para o Dortmund, que foi convertido por Serhou Guirassy.

    Agora, em um cenário empolgante, as semifinais se aproximam. O encontro entre Real Madrid e PSG está agendado para a quarta-feira, enquanto Fluminense e Chelsea também prometem dar um espetáculo. O grande evento final, agendado para domingo, promete ser um momento de alta intensidade e grandes emoções para os amantes do futebol ao redor do mundo.

  • SAÚDE –

    Mutirão de Saúde Realiza Mais de 1,1 Mil Cirurgias em 24 Estados; Prioridade é o Câncer e Demais Especialidades

    Em um esforço conjunto liderado pelos ministérios da Saúde e da Educação, o mutirão “Agora tem Especialistas Dia-E” se destacou neste sábado, 5, ao realizar mais de 1.100 cirurgias e 10 mil procedimentos, consultas e exames especializados em 45 hospitais universitários federais em 24 estados do Brasil. O evento, que marca um momento significativo na saúde pública, teve como objetivo principal ampliar a capacidade de atendimento da rede pública, reduzindo assim os longos tempos de espera por serviços médicos especializados.

    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou a magnitude deste mutirão, destacando que se trata do maior evento desse tipo realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. “Já houve outras iniciativas focadas em apenas um tipo de cirurgia, mas hoje estamos abrangendo uma diversidade imensa de procedimentos em todos os cantos do Brasil”, afirmou Padilha. Ele visitou o Hospital Gaffrée e Guinle, no Rio de Janeiro, onde os atendimentos se concentraram em pacientes que aguardavam por cirurgias eletivas.

    Entre os pacientes atendidos, a prioridade foi dada aos casos oncológicos. O ministro alertou que, no âmbito do câncer, “tempo é vida”. O objetivo é oferecer diagnósticos e intervenções cirúrgicas rapidamente para aumentar as chances de recuperação dos pacientes. Padilha também mencionou outras áreas prioritárias, como ginecologia, oftalmologia, ortopedia e otorrinolaringologia, todos setores que enfrentam grandes desafios referentes ao tempo de espera.

    Arthur Chioro, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), anunciou que o programa começará suas ações com consultas médicas, promovendo um fluxo que facilite o acesso à cirurgia. Desde março, já foram realizadas 89 mil cirurgias, e dois novos mutirões estão programados para ocorrer até dezembro deste ano.

    A parceria entre os ministérios e as instituições de saúde públicas é celebrada pelos gestores estaduais, como a secretária de Saúde do Rio de Janeiro, Claudia Mello, que destacou a importância de acelerar o atendimento e dar acesso aos novos pacientes, avançando assim na redução das filas de espera.

    Em uma visita a diferentes hospitais, incluindo o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o ministro e outros líderes governamentais também anunciaram medidas específicas para reforçar a saúde da mulher, reiterando o empenho do governo em melhorar as condições de atendimento e fortalecer o SUS. Assim, o mutirão se reafirma como uma ação significativa na luta pela saúde pública no Brasil.

  • INTERNACIONAL –

    Cúpula do Brics no Rio Enfrenta Desafios Geopolíticos em Meio à Tensão Global e Expansão do Bloco

    A relação entre Israel e Estados Unidos (EUA) e a tensão com o Irã, um dos novos membros permanentes do Brics, representa um desafio significativo para o bloco que busca se fortalecer institucionalmente na Cúpula do Rio de Janeiro, marcada para os dias 6 e 7 de outubro. Nos últimos dois anos, o Brics cresceu de cinco para 11 integrantes permanentes e agora conta com dez novos membros parceiros. A presidência do Brasil enfrenta a difícil tarefa de gerenciar essa expansão, com o objetivo de transformar o mecanismo de cooperação multilateral e modificar a atual configuração do poder global.

    O clima de incerteza já era presente antes do conflito com o Irã, exacerbado pela guerra comercial iniciada pelo ex-presidente Donald Trump e as medidas contra países que tentam substituir o dólar em transações comerciais. Essa discussão já estava em pauta na Cúpula de Kazan, na Rússia, em 2024, à medida que as nações buscam alternativas à moeda americana, especialmente em um cenário de cerco econômico e financeiro contra a Rússia, engajada na guerra na Ucrânia.

    Dentre os temas em destaque estão Inteligência Artificial, mudanças climáticas, questões relacionadas ao Irã e à Palestina, e debates sobre saúde global e segurança. Especialistas em Brics apontam que a agenda ambiciosa proposta pela Rússia em 2022 foi moderada no Brasil, com o intuito de não provocar ainda mais a principal potência do Ocidente. A professora Ana Garcia, especialista em relações internacionais, observa que essa redução de ambição é uma estratégia para evitar tensões desnecessárias.

    A ideia de criar uma bolsa de grãos para estabilizar os preços internacionais e a ênfase na desdolarização são pautas importantes. Contudo, a cautela é evidente entre os países do Brics, que buscam um equilíbrio em um cenário global tenso. Na prática, eles evitam uma postura que possa antagonizar os EUA diretamente.

    A criação de um sistema de pagamento utilizando moedas locais, que poderia reduzir a dependência do dólar, é um dos pontos mais controversos da agenda do Brics. Essa proposta enfrenta resistência, especialmente dos EUA, que veem a perda do poder do dólar como uma ameaça. Contudo, para muitos dos países membros, essa transição gradual é necessária, mesmo que repleta de desafios.

    Além disso, a Cúpula poderá apresentar avanços em relação à institucionalização do bloco. Há a necessidade urgente de definir regras e procedimentos claros para a tomada de decisões, já que atualmente esse processo é informal e depende de consenso. A formalização deste diálogo entre os membros pode dar ao Brics uma sustentação mais robusta frente a pressões externas.

    A situação geopolítica, marcada por uma crescente polarização, exige que os membros do Brics naveguem com cautela. Enquanto a Rússia e o Irã mantêm uma postura mais assertiva, demais nações como Índia e Brasil procuram evitar proselitismos que poderiam complicar suas relações internacionais. Essa busca por uma agenda neutra, centrada no Sul Global, pode ser o caminho para um futuro mais coeso e harmonioso dentro do bloco.

    O Brics, que agora inclui 11 países – Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia – e uma lista de dez países parceiros, representa uma expressiva fatia da economia global. Com 39% do PIB mundial, 48,5% da população e 23% do comércio internacional, o Brics se posiciona como um ator relevante no cenário econômico e político mundial. Para os próximos anos, a interdependência econômica entre os membros promete crescer, refletindo a importância do agrupamento em um mundo cada vez mais multipolar.

  • ECONOMIA – Banco Central Suspende Três Instituições do Pix Após Desvio de R$ 530 Milhões em Ataque Cibernético a Provedora de Serviços Tecnológicos

    O Banco Central do Brasil (BC) implementou a suspensão cautelar de mais três instituições financeiras do sistema de pagamentos instantâneos, conhecido como Pix, em decorrência de um ataque cibernético que resultou no desvio de significativos recursos financeiros. As entidades afetadas são a Voluti Gestão Financeira, Brasil Cash e S3 Bank, que se juntam a outras três já desconectadas: Transfeera, Soffy e Nuoro Pay. O total de valores desviados pode ultrapassar a quantia de R$ 530 milhões.

    Esse ataque à provedora de serviços tecnológicos C&M Software, que serve de intermediária entre as instituições financeiras e o Banco Central, provocou uma série de investigações para apurar se houve participação dessas empresas nos crimes digitais. A suspensão, que pode durar até 60 dias, foi estabelecida sob as diretrizes do Artigo 95-A da Resolução 30 do Banco Central, sancionada em outubro de 2020, que regulamenta o funcionamento do Pix. A resolução permite ao BC interromper a participação de qualquer instituição do sistema caso existam indícios de que sua atuação possa comprometer a integridade do arranjo de pagamentos.

    A Transfeera, que também foi suspensa, confirmou que sua funcionalidade no Pix foi desativada, mas garantiu que os demais serviços permanecem ativos. Em nota, a empresa declarou que nem ela nem seus clientes foram impactados pelo incidente e que estão colaborando com as investigações para retomar suas operações rapidamente.

    As fintechs Soffy e Nuoro Pay, que não têm autorização do BC para operar diretamente no Pix, realizam operações por meio de parcerias com outras instituições. Até o momento, não houve manifestação pública de sua parte sobre a situação. A Voluti, Brasil Cash e S3 Bank também não retornaram aos questionamentos sobre a suspensão.

    O Banco Central comunicou que a medida visa garantir a segurança do sistema de pagamentos enquanto as investigações sobre o desvio de recursos ainda estão em andamento. O atentado ocorrido na C&M Software concluiu-se em transferências de valores das contas de reserva mantidas pelos bancos no BC, que foram subsequentemente convertidos em criptomoedas.

    As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, e já resultaram na prisão de um funcionário da C&M que se envolveu com os criminosos, facilitando o acesso aos sistemas internos da empresa por meio de um pagamento de R$ 15 mil. O suspeito admitiu que recebeu valores em troca de informações confidenciais.

    A situação evidencia o delicado equilíbrio entre inovação financeira e a segurança dos sistemas, ressaltando a necessidade de vigilância constante e a responsabilidade das empresas em prevenir tais incidentes.

  • ESPORTE – Vila Nova se classifica para a final da Série A3 ao vencer Itabirito nos pênaltis após empate em 1 a 1; Tigresas garantem presença na A2 de 2024.

    O Vila Nova se destacou na manhã deste sábado (5) ao se tornar o primeiro finalista da Série A3 do Campeonato Brasileiro Feminino de Futebol. Em uma partida emocionante realizada no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, em Goiânia, as Tigresas enfrentaram o Itabirito e, após um empate de 1 a 1 no tempo regular, conquistaram a vaga na final ao vencer por 5 a 4 nos pênaltis. A partida, que foi transmitida ao vivo pela TV Brasil, mostrou a determinação das jogadoras que lutaram com garra em todos os momentos.

    As equipes já haviam se enfrentado na partida de ida, há duas semanas, em Nova Lima (MG), onde o jogo terminou empatado em 3 a 3. A classificação para a semifinal garantiu a ambas as equipes um lugar no torneio da Série A2 do ano seguinte, o que representa um grande avanço no cenário do futebol feminino brasileiro. O Vila Nova havia superado o Operário-MS nas quartas de final, enquanto o Itabirito avançou após vencer o Pérolas Negras.

    Agora, as Tigresas aguardam a equipe que sairá vencedora do confronto entre Atlético-PI e Doce Mel, que se enfrentam neste domingo (6), às 18h15, no Albertão, em Teresina. No jogo de ida, o Atlético-PI saiu na frente, vencendo por 3 a 0, o que significa que as anfitriãs avançariam mesmo em caso de derrota por dois gols de diferença. Por outro lado, o Doce Mel precisa vencer por quatro ou mais gols para seguir adiante.

    Durante a partida deste sábado, o Itabirito abriu o placar com um gol de Yonara aos 13 minutos do primeiro tempo. A resposta do Vila Nova veio na segunda etapa, também aos 13 minutos, quando Vânia empatou a partida com um pênalti, mantendo a esperança viva para as Tigresas. Com o resultado empatado após os 90 minutos, a definição da vaga ficou para as penalidades. A goleira Stefane brilhou ao defender a cobrança de Siméia, do Itabirito, e a decisiva batida de Idalana, com a camisa 8 do Vila, foi o que selou a marcação de um importante passo rumo à final. Esse triunfo é um reflexo da crescente competitividade e popularidade do futebol feminino no Brasil, que a cada dia ganha mais espaço e reconhecimento.

  • ECONOMIA –

    Haddad Propõe Reglobalização Sustentável em Discurso no Brics e Defende Tributação Justa para Super-Ricos

    No último sábado, durante a abertura da Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Banco Centrais do Brics, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a ideia de uma “reglobalização sustentável”. Ele propôs uma nova abordagem à globalização, que prioriza o desenvolvimento social, econômico e ambiental de forma inclusiva. A mensagem foi clara: a nova metodologia deve servir a toda a humanidade, e não apenas a uma elite privilegiada.

    Haddad também defendeu a criação de uma Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Cooperação Internacional em Matéria Tributária, com o objetivo de estabelecer um sistema tributário global mais justo. Ele ressaltou que este é um passo crucial para assegurar que os super-ricos contribuam adequadamente por meio de impostos. O ministro enfatizou que o grupo Brics, que reúne potências emergentes e representa quase metade da população mundial, é o fórum ideal para propor uma nova forma de globalização, que seja mais legítima e representativa.

    Ele recordou a liderança do Brasil no G20, onde o país lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Naquele momento, Haddad defendeu a tributação progressiva sobre os super-ricos. Para ele, a defesa do multilateralismo se tornou uma urgência, especialmente diante dos desafios globais contemporâneos. Ele argumentou que nenhuma nação, por mais poderosa que seja, pode enfrentar sozinha problemas como o aquecimento global ou as aspirações de dignidade de grande parte da população mundial.

    Haddad também discutiu a crise climática, afirmando que os países do Brics estão desenvolvendo mecanismos inovadores para promover a transformação ecológica. Entre as iniciativas mencionadas, destacou a proposta do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que visa movimentar economias de baixo carbono. Além disso, destacou que nações com um histórico de poluição devem assumir um compromisso maior para investir nesse fundo.

    Por fim, o ministro reiterou a capacidade do Brics de desempenhar um papel decisivo nessa área, com a expectativa de fazer um anúncio significativo durante a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Ele expressou a intenção de solidificar o Brics como um “porto seguro” em um cenário global cada vez mais instável. A presidência brasileira busca promover um ambiente de serenidade e ambição nas discussões sobre cooperação e desenvolvimento sustentável.

    O Brics, formado por países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é um grupo de grande relevância global, representando 39% da economia mundial e quase metade da população do planeta. A 17ª Reunião de Cúpula do Brics ocorrerá no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho, reunindo um total de 11 nações permanentes e vários países parceiros, evidenciando a crescente importância dessa aliança no cenário internacional.

  • INTERNACIONAL – Lula: Brics é o “fiador de um futuro promissor” e propõe nova era de desenvolvimento sustentável e governança em inteligência artificial.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso proferido durante a abertura do Fórum Empresarial do Brics neste sábado (5) no Rio de Janeiro, destacou que o bloco continua a ser um “fiador de um futuro promissor”. Essa declaração reflete a importância do Brics como uma plataforma de diálogo e cooperação entre as nações emergentes, especialmente em tempos de incertezas econômicas e políticas globais.

    Lula enfatizou que, diante do ressurgimento do protecionismo, é imperativo que os países em desenvolvimento se unam para defender um regime multilateral de comércio e trabalhar para a reforma da arquitetura financeira internacional. O Brics, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, se posiciona como uma força cooperativa que busca alternativas para o desenvolvimento sustentável e a prosperidade compartilhada.

    Segundo o presidente, os países do Brics estão na vanguarda da transição energética, com potencial significativo para expandir a produção de biocombustíveis, baterias, placas solares e turbinas eólicas. Ele observou que esses países detêm recursos minerais estratégicos essenciais para essa transição, uma agenda fundamental para o futuro da energia renovável.

    Outro ponto destacado por Lula foi a necessidade de fortalecer o complexo industrial da saúde, com o objetivo de melhorar o acesso a medicamentos e combater doenças socialmente determinadas que afetam os mais vulneráveis. A defesa de uma governança multilateral sobre inteligência artificial também foi mencionada, com o presidente alertando que, na ausência de diretrizes claras, os modelos impostos por grandes empresas de tecnologia podem dominar a área.

    Lula abordou, ainda, a questão dos conflitos internacionais, afirmando que a cúpula do Brics terá um papel relevante na busca de soluções para essas questões, insistindo na promoção da integração e solidariedade entre as nações, em detrimento de barreiras e indiferença.

    O Fórum Empresarial do Brics discute temas cruciais como comércio, segurança alimentar, transição energética, descarbonização, economia digital e inclusão financeira. Composto por países que representam quase metade da população mundial e 40% da economia global, o Brics é um importante ator no cenário internacional, controlando também uma significativa parte das reservas de recursos naturais, incluindo terras raras e combustíveis fósseis. O evento reflete o comprometimento do bloco em seguir como um agente transformador e inovador no contexto econômico e social global.

  • ECONOMIA –

    Empresários do Brics se Reúnem no Rio para Impulsionar Comércio e Inovação entre 11 Nações

    Neste sábado, 5 de agosto, empresários dos países que formam o Brics se reúnem no Rio de Janeiro. Este encontro, realizado um dia antes da cúpula dos líderes do grupo, tem como principal meta fortalecer e expandir os negócios entre os 11 membros do bloco. O Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, representando quase metade da população mundial e cerca de 40% da economia global.

    A Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que existe um enorme potencial para crescimento nas trocas comerciais dentro do Brics. Atualmente, o volume de comércio entre essas nações é relativamente baixo em comparação ao que elas realizam com o resto do mundo. O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou a necessidade de avançar nesse aspecto, sugerindo que o bloco busque cada vez mais oportunidades de colaboração.

    Francisco Neto, CEO da Embraer e coordenador do Conselho Empresarial do Brics (Cebrics), ressaltou a importância da integração das cadeias de suprimentos e do aumento do comércio entre os países. Entre as propostas do Cebrics estão a ampliação de rotas aéreas para conectar cidades menores, a melhoria do acesso ao capital e ao financiamento sustentável, além da modernização da logística comercial e do comércio digital.

    Além disso, o Brics concentra significativas reservas de recursos naturais, abrangendo 70% dos recursos de terras raras, mais de 40% da produção de petróleo e quase 80% da produção de carvão mineral. As exportações brasileiras para o bloco totalizam 121 bilhões de dólares.

    As prioridades discutidas pelos empresários também incluem inovação, transformação digital, transição energética e desenvolvimento sustentável. Neto mencionou a importância de garantir a segurança alimentar, promover a agricultura sustentável e explorar energias renováveis.

    O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, destacou que o Brics vem se consolidando como um protagonista da geopolítica mundial, representando mais de 40% do PIB global. Ele enfatizou a relevância do encontro empresarial para fomentar oportunidades de investimento recíproco e a inovação entre os membros do bloco.

    Outro ponto discutido na reunião é a busca por aumentar a participação das mulheres na economia dos países do Brics. Mônica Monteiro, presidente da Aliança Empresarial das Mulheres do Brics, apontou que apenas 15% das empresas que atuam globalmente são lideradas por mulheres, um reflexo da desigualdade no acesso ao crédito. Para que mulheres empreendedoras possam crescer e escalar seus negócios, é essencial que sejam criadas linhas de crédito específicas para elas.

    Com a soma de esforços e a busca pela inclusão, os empresários dos países do Brics visam não apenas fortalecer o comércio entre as nações, mas também moldar um futuro mais sustentável e igualitário.