O CBERS-5 irá integrar o programa China-Brazil Earth Resources Satellite (CBERS), representando uma nova etapa na colaboração entre as duas nações, marcada por uma evolução na tecnologia espacial, uma vez que é a primeira vez que essa parceria elabora um satélite geoestacionário. Este feito coloca o Brasil entre um seleto grupo de países – menos de dez – que têm a capacidade de desenvolver essa tecnologia avançada.
O satélite será posicionado estrategicamente sobre o território brasileiro, o que proporcionará ao país autonomia em relação aos dados espaciais nas esferas meteorológica e ambiental. Isso não apenas contribuirá para uma melhor previsão do tempo, mas também permitirá um aprimoramento na capacidade de resposta a desastres naturais, como secas e tempestades. Tais melhorias são fundamentais para a segurança e a proteção da população brasileira.
Além disso, os dados gerados pelo CBERS-5 serão disponibilizados gratuitamente para outros países da América Latina e do Caribe, o que fortalece a ideia de uma cooperação regional e o compartilhamento de informações. Essa iniciativa reforça o compromisso de ambos os países com o avanço científico e tecnológico, buscando, ao mesmo tempo, um desenvolvimento sustentável.
Adicionalmente, a parceria envolve a estipulação formal da transferência de tecnologia e de conhecimento, uma estratégia essencial para garantir que o desenvolvimento conjunto beneficie não apenas o Brasil e a China, mas também suas comunidades. No mesmo encontro, foram firmados acordos de cooperação estratégica financeira e a criação do Centro China-Brasil em Aplicação em Inteligência Artificial, que visam fomentar um intercâmbio ainda maior entre as duas nações.
A assinatura destes acordos acontece apenas dois meses após a visita de Lula a Pequim, onde mais de 30 acordos foram celebrados, destacando a crescente aproximação entre Brasil e China em diversas áreas estratégicas.