O plano, que foi aprovado em uma assembleia realizada em maio, contou com a participação do Sindicato dos Metalúrgicos e teve como um de seus principais proponentes a Brasil Crédito, uma das credoras mais significativas da Avibras. Entre as principais mudanças previstas, destaca-se a saída do atual proprietário, João Brasil Carvalho Leite, e a nomeação judicial de um interventor, que deverá assumir o comando da empresa para conduzir sua recuperação.
Os trabalhadores da Avibras, que estão em greve há mais de 1.000 dias e enfrentam a angustiante situação de estarem 26 meses sem receber salários, têm perspectivas mais esperançosas com a nova proposta. O plano prevê que os salários atrasados, incluindo 13º e FGTS, sejam parcelados ao longo de 48 meses. Além disso, aqueles que retornarem ao trabalho desfrutarão de estabilidade no emprego por um período mínimo de 90 dias, uma medida que busca garantir alguns direitos básicos aos colaboradores.
Em nota, a Avibras expressou seu comprometimento em respeitar a decisão judicial e destacou que a homologação do plano visa encontrar uma solução definitiva tanto para a situação precarizada de seus colaboradores quanto para os demais credores envolvidos. O plano de recuperação representa, portanto, não apenas uma chance de reverter a situação financeira da empresa, mas também um alívio para os trabalhadores que enfrentam um cenário de incerteza há longo tempo.
As próximas etapas da implementação desse plano serão cruciais para determinar o futuro da Avibras e de seus funcionários, e o sucesso dessa recuperação pode influenciar significativamente não apenas a empresa, mas todo o setor bélico no Brasil. A expectativa é de que, com uma gestão renovada e medidas efetivas de suporte aos colaboradores, a Avibras possa retomar sua posição no mercado e contribuir para a economia local e nacional.